Estão os retalhistas a apostar na produção nacional de frutas e legumes?
Um estudo levado a cabo pela Zero (Associação Sistema Terrestre Sustentável) conclui que a produção nacional tem uma penetração de 50% na oferta de frutas e de 65% na de produtos hortícolas à venda nas superfícies da distribuição moderna

Ana Catarina Monteiro
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Um estudo levado a cabo pela Zero (Associação Sistema Terrestre Sustentável) conclui que a produção nacional tem uma penetração de 50% na oferta de frutas e de 65% na de produtos hortícolas à venda nas superfícies da distribuição moderna.
A investigação que tem como objetivo avaliar o esforço de incentivo à produção nacional comunicado pelas insígnias mostra que a produção agroalimentar local ainda tem espaço para crescer nos lineares das grandes superfícies do País.
No que diz respeito às hortícolas, o estudo verifica que mais de metade dos tomates, pimentos, curgetes, cebolas e batatas, entre outras bens com expressividade na cozinha portuguesa, são comprados a produtores estrangeiros, sendo que 19% dos vegetais vendidos nas superfícies comerciais instaladas em Portugal têm origem espanhola e 8% chegam de França. Enquanto isso, a totalidade dos produtos como a acelga, coentros, fava, grelos ou nabiça encontrados em super e hipermercados do País têm origem portuguesa.
Por sua vez, os frutos portugueses representam metade da oferta nesta categoria, sendo apenas os morangos e as amoras os únicos produtos nacionais com capacidade de abastecer toda a distribuição alimentar, de acordo com a amostra da Zebra. Acima dos 50% de origem lusa estão apenas a ameixa (82%), o figo (77%), a cereja (64%) e o pêssego (60%).
Pelo contrário, apenas 24% do limão e 23% da uva à venda são produzidos dentro de portas. “Algo que certamente não poderá ser facilmente explicado”, visto que “as principais origens destes produtos são países próximos, com climas similares, como Espanha e Marrocos”, contesta a associação.
O ananás e a banana (produtos característicos das regiões insulares, respetivamente, Açores e Madeira), de origem nacional, têm um respetivo peso de 25% e 27% na distribuição.
“A produção de alimentos é o setor económico que mais contribui para as alterações climáticas, representando quase 30% das emissões de gases causadores dos efeito de estufa”, lembra a Zebra, sugerindo a criação de “mecanismos de discriminação positiva da agricultura de proximidade” no sentido de encurtar as distâncias que os produtos percorrem até chegar às lojas para uma comércio mais sustentável.
O estudo baseia-se em 94 inquéritos realizados entre maio e junho deste ano e envolve as cadeias Continente, Lidl, Pingo Doce, Intermarché, Jumbo, Aldi, El Corte inglês, Minipreço, E-Leclerc, Miosotis, Supercor e Spar.