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“Discounters” conquistam mais 36% dos gastos das famílias britânicas até 2022

Por a 1 de Setembro de 2017 as 17:14

As vendas das cadeias “discounters” a operar no Reino Unido, como as alemãs Lidl e Aldi, devem crescer 36,1% nos próximos cinco anos para um total de 32,5 mil milhões de libras (35,3 mil milhões de euros), revela o estudo “UK Discounters 2017-2022e” da GlobalData.

Depois de registarem um crescimento de 75,1% desde 2012, atingindo este ano os 23,9 mil milhões de libras (cerca de 26 mil milhões de euros), o mercado de retalho “discount” no Reino Unido deve absorver uma fatia extra de nove mil milhões de libras até 2022. Subida que deve beneficiar sobretudo as cadeias Aldi, Lidl e B&M Bargains, as quais dominam o canal com uma quota agregada de 70% do total das vendas do mercado de retalho “discount” no país que se prepara para abandonar a União Europeia.

À medida que a inflação de preços sobe e se verifica uma consequente contenção de gastos por parte dos consumidores, os formatos de “discount” estão a ganhar terreno no retalho britânico, não apenas face às tradicionais cadeias de supermercados mas também às retalhistas especializadas. Segundo o estudo, as categorias de “Do it Yourself” e jardinagem, saúde e beleza e artigos para casa registarão os maiores crescimentos.

Com 89,4% da população britânica a admitir ter comprado em lojas de distribuidores “discounters” nos últimos 12 meses, as vendas de produtos de mercearia nestes espaços devem crescer 37,9% nos próximos cinco anos, passando a valer 21,8 mil milhões de libras (atualmente vale 15,7 mil milhões de libras). O que fará as vendas agregadas das tradicionais cadeias de supermercados, entre as quais as líderes Tesco e Sainsbury’s, encolherem em seis mil milhões de libras até 2022.

“Os discounters têm feito um trabalho excecional para ganhar quota de mercado no que diz respeito aos items de compra frequente, mudando a perceção das suas marcas próprias”, explica Molly Johnson-Jones, Senior Food & Grocery Analyst da GlobalData Retail. “Mesmo em tempos de crise, as compras de mercearia são essenciais, pelo que o consumidor vai sempre comprar. Os discounters souberam aproveitar estas ocasiões ao longo dos anos, alargando o sortido para dar resposta a todas as necessidades dos clientes, além de aumentarem as referências premium e de frescos para serem reconhecidos como um espaço onde os clientes podem comprar tudo o que necessitam”.

As vendas das categorias de “Do it Yourself”/jardinagem e artigos para casa devem crescer  46,6% e 42,6%, respetivamente, nos espaços “discounters”, que devem ganhar quota de mercado aos retalhistas especializados nestes artigos oferecendo soluções para casa de menor custo. A redução do rendimento das famílias prevista no estudo para os próximos cinco anos deve levar a menos investimentos nas casas e à preferência de “pequenos upgrades”, o que deve beneficiar também a venda de artigos para o lar.

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