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Estudo. Retalhistas revelam em que tecnologias vão investir nos próximos anos

Por a 17 de Agosto de 2017 as 12:36

Para perceber quais as tendências tecnológicas que vão moldar o retalho nos próximos anos, a Zebra, empresa que produz conhecimento e tecnologia para este setor, conduziu o estudo global “2017 Retail Vision” junto de retalhistas europeus, americanos e asiáticos de vários setores de atividade.O estudo mostra que 70% dos retalhistas tenciona investir até 2021 em sistemas de Internet das Coisas (IoT), para “impulsionar a experiência de compra fornecida e alavancar a visibilidade sobre a cadeia de abastecimento”. 68% diz que vai, nos próximos quatro anos, apostar em “analítica e modelos preditivos que permitem personalizar” o serviço prestado e 57% prevê investir na automatização do embalamento, do envio de encomendas e do acompanhamento do inventário para ajudar os consumidores a encontrarem mais facilmente os produtos em loja. Eis as diretrizes sob as quais o retalho se irá transformar nos próximos anos:

1-    IoT vem reinventar cadeia de valor

Um total de 72% dos retalhistas planeia reinventar a sua cadeia de fornecimento através de sensores, automatização de processos e ferramentas de analítica. Com a missão de alavancar a experiência de compra e mitigar os pontos críticos para os colaboradores, os retalhistas estão a adotar soluções IoT, como sensores nas prateleiras para um melhor rastreamento e segurança dos produtos, que permitem verificar automaticamente o inventário.

Se, por um lado, os processos logísticos se automatizam, por outro, os colaboradores têm cada vez mais tecnologia em mãos, seja para prestar um melhor serviço na frente de loja seja para uma melhor gestão do armazém. Neste sentido, 87% dos retalhistas pretende até 2021 investir em dispositivos POS (point of sale) móveis através dos quais os colaboradores podem aceitar pagamentos através de cartão de crédito em qualquer parte da loja. 86% aponta para a introdução de computadores mobile com “scanners” para ler códigos de barras e verificar a disponibilidade dos artigos em tempo real.

Para os retalhistas, os fatores que mais impactam a satisfação dos consumidores são a falta de “stock”, a disponibilidade do mesmo produto com um preço mais baixo em outras lojas e a indisponibilidade do artigo quando o cliente o deseja comprar.

Com recurso ao RFID, tecnologia cujo preço tem vindo a descer e a ser encarada como “a próxima geração de códigos de barras” com um “elevado potencial de retorno de investimento”, os retalhistas podem fomentar em 95% a precisão do inventário e reduzir em entre 60% e 80% as situações de falta de stock, revela o estudo. Em loja, as etiquetas conferem um aumento de 19% no número de itens por compra e um crescimento de 6% no número de transações.

2-    Personalização da visita à loja 

Um total de 75% das lojas em 2021 terá capacidade para identificar o consumidor quando entra num espaço comercial e será capaz de customizar a visita, prevê o estudo. Através de sistemas de localização, como os sensores “beacons” embutidos em prateleiras, entre outros dispositivos, o retalhista pode ir ao encontro das necessidades do consumidor em loja, no preciso momento em que estas surgem, seja pela via mobile – enviando sugestões e ofertas para o smartphone que o cliente carrega no bolso – seja através de um colaborador – o qual recebe alertas no tablet ou outro dispositivo que tem em mãos.

Além disso, estes sistemas capturam dados sobre o comportamento do cliente, importantes para as decisões de negócio e iniciativas de marketing. O retalhista consegue saber quais os locais em loja que trazem maior visibilidade para cada tipo de produto, por exemplo.

3-    Recolha de encomendas onde o cliente desejar

A popularidade crescente do trajeto de “compra online e recolha em loja ou pontos ‘pickup’” ilustra a mudança dos padrões de consumo que o comércio digital tem provocado. Mas as possibilidades de um trajeto de compra cada vez mais omnicanal são várias. De acordo com o estudo da Zebra, 65% dos retalhistas estão a explorar serviços de entrega para que o consumidor encontre a encomenda onde quer que deseje: no local de trabalho, através de cacifos em loja, ao domicílio ou no parque de estacionamento, entre outros.

Com a demanda por conveniência a crescer, os distribuidores têm que ser ágeis. A integração entre ecommerce e experiência em loja, assim como a aposta no abastecimento e entrega de compras, feitas online ou no ponto de venda, são, assim, os objetivos estratégicos dos retalhistas para os próximos anos. Para isso, estes estão a migrar a partir de processos isolados para modelos de comércio unificado que lhes permitam uma visibilidade do negócio “ponta a ponta”.

*Excerto de um artigo publicado na edição de agosto do Jornal Hipersuper

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