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Tecnologia EAS. A inteligência no retalho, por David Pérez del Pino (Checkpoint)

Por a 7 de Julho de 2017 as 12:16

Por David Pérez del Pino, diretor-geral da Checkpoint Systems em Espanha e Portugal

 

As sociedades contemporâneas são herdeiras de uma evolução histórica ligada à tecnologia inalienável aos comportamentos de consumo. Mais do que ser um consumidor informado, assistimos no retalho ao crescendo de existência de clientes exigentes e conectados eletronicamente.

De facto, a evolução a que é possível assistir de forma perene na indústria de retalho, e na prevenção de perdas, nomeadamente ao nível da EAS [Electronic Article Security], está intrinsecamente ligada à crescente informação e, até, engenho dos clientes. Com consumidores mais e mais informados, que procuram sempre os melhores produtos e nas melhores condições, torna-se fundamental ao retalhista que procure soluções que contribuam para uma melhor experiência de compra.

Neste sentido, o que temos assistido no mundo do retalho é uma atualização cada vez mais assídua dos sistemas EAS. O retalhista não procura apenas uma forma de identificar os seus produtos ou de mantê-los seguros – há cerca de 20 anos atrás nem todos os produtos estavam protegidos, assim como nem todos os retalhistas consideravam importante manterem-se protegidos -, procura também formas de integração dos seus sistemas, isto é, uma solução que mantenha os produtos protegidos, dê visibilidade exata de stocks, ajude na gestão do inventário e ainda contribua para uma estética aprazível da loja. Então, essa será a solução ideal a implementar.

O retalhista procura cada vez mais reunir e integrar nas suas soluções de prevenção de perdas reunir pessoas, processos e produtos, isto é, manter os seus produtos seguros, agilizar os processos – desde o ponto da etiquetagem na origem até à telemanutenção dos equipamentos – e ainda conseguir dados dos seus clientes para posterior adequação de campanhas e promoções. Esta versatilidade é apenas possível com soluções inteligentes, quer ao nível do hardware quer software dos sistemas, que integram as lojas físicas com os pontos de produção, distribuição, etiquetagem, segurança ou “omnichannel”, que anteriormente não era possível encontrar.

Estamos, pois, perante uma loja cada vez mais inteligente, que permite centralizar não apenas os dados recolhidos – as antenas têm sistemas inteligentes de contagem de clientes que permitem analisar hábitos de consumo –, mas também levar os diferentes departamentos das empresas retalhistas a trabalharem em conjunto na prossecução de mais vendas, maior eficiência e, como tal, mais lucro.

Os colaboradores deixam de ser apenas assistentes na compra dos clientes. São, também eles, parte ativa da gestão da loja. Os seguranças evoluem da ideia de policiamento da compra do cliente para uma situação de maior assistência aos processos em loja. O departamento de marketing deixa de ser apenas o que faz a publicidade para ser um ator muito ativo na forma como os inventários estão disponíveis, quando e dirigidos a quem. O retalhista deixa de ser apenas um fornecedor de produtos, para ser o amigo que, ciente dos hábitos de consumo do seu cliente, consegue dar-lhe o que ele precisa, quando precisa e ao preço que precisa.

Em cerca de 20 anos de massificação de utilização dos sistemas EAS, o que podemos observar e concluir é uma evolução estratégica e inteligente dos sistemas que, quando centralizados na mão do retalhista e dos seus colaboradores, pode funcionar em prol do cliente e da melhoria das vendas ao alcance de um clique.

 

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