Distribuição cresce em vendas para consumo fora de casa
O retalho alimentar “tem vindo a ganhar terreno nas compras de produtos para consumo fora de casa”, captando em 2016 um total de 8% das ocasiões de consumo “out of home”, apontam os dados da consultora Kantar Worldpanel
![Ana Catarina Monteiro](https://backoffice.hipersuper.pt/app/uploads/2024/06/silhueta-120x120.jpg)
Ana Catarina Monteiro
Nova colheita do clarete da Bairrada com o icónico Bruno Aleixo
Melom e Querido Mudei a Casa Obras reforçam rede de lojas
Pescanova lança Filetes forno de tomilho e sal marinho
26º congresso da Associação Portuguesa de Logística realiza-se em outubro
Locky instalou 23 cacifos em vários supermercados Intermarché
Mais de 20 expositores internacionais confirmados nos World Cheese Awards em Portugal
Pingo Doce abre nova loja em Lisboa
Nova gama de gelados familiares Olá
Carrinhos Surpresa em todos os hipermercados Auchan
Izidoro já faz entregas refrigeradas em todo o território de Portugal Continental
Numa altura em que Portugal está na moda e a confiança dos portugueses está em alta (bateu em junho o máximo de quase 20 anos), o consumo fora de casa representa atualmente uma oportunidade de crescimento para as marcas. Esta foi a conclusão de Hugo Baptista, OOH (Out Of Home) e Media Project Manager da Kantar Worldpanel, durante a conferência “Prontos a crescer”, organizada pela consultora por ocasião a Alimentaria & Horexpo Lisboa.
Este ano, os portugueses estão a consumir mais fora de casa, sendo que no primeiro trimestre as ocasiões de compra neste canal “out of home” cresceram 4% e o gasto por cada ato subiu 7%. O Horeca (hotéis, restaurantes e cafés) detém grande parte da totalidade das ocasiões de consumo “out of home”, no entanto, o retalho alimentar “tem vindo a ganhar terreno nas compras de produtos para consumo fora de casa”, captando em 2016 8% das ocasiões de consumo “out of home”, apontam os dados da Kantar.
Na categoria de Bebidas e Snacks, apesar de 82% das vendas totais geradas em 2016 se atribuírem ao consumo “in home” (no lar), o canal “out of home” (fora do lar) gerou mais “seis milhões de ocasiões de compra por semana” que o canal alimentar. Dentro da categoria, a cerveja é o produto com mais compradores exclusivos no canal “out of home”. No extremo oposto, ou seja, com mais consumidores a comprarem exclusivamente no canal “in home”, estão as batatas fritas.
Então, qual o segredo para crescer no consumo “out of home”?
Ainda dentro da categoria de Bebidas e Snacks, as águas minerais e os chás gelados são dois segmentos da categoria que estão a crescer no canal “out of home”, impulsionados pelas tendências de consumo saudável e prática de desporto.
Segundo Hugo Baptista, a “diversificação do investimento em inovação maximiza a performance” dos produtos. As marcas de água mineral têm-se associado a eventos desportivos, o que está a puxar pelas vendas. Ao mesmo tempo, as inovações que introduzem estão a permitir “diversificar cada vez mais os momentos de consumo ao longo do dia e em mais canais”. Por outro lado, no canal “in home”, as promoções – que não têm a mesma incidência no consumo “out of home” – são responsáveis por 45% das vendas de água mineral, gerando meio milhão de ocasiões de compra no último ano.
As vendas de chás gelados, por sua vez, estão a perder penetração no canal “in home”, ganhando novos consumidores no canal “out of home”.
Ainda assim, os novos compradores representam menos consumo que os já retidos. No segmento de sumos e néctares, nota-se entre 2014 e 2016 uma “crescente proximidade entre o consumo fora e dentro de casa”, com a redução das compras “out of home”, canal no qual os novos consumidores fizeram menos 11% de ocasiões de compra que clientes regulares.
Já no canal “in home”, os sumos e néctares crescem através de novas “propostas para acompanhar refeições familiares”. As promoções contribuem para “25% das vendas destas bebidas no canal alimentar (valor abaixo da média da indústria de cerca de 40%) e a publicidade é responsável por 7% das compras efetuadas entre 2014 e 2016 (valor acima da média de 5% de contribuição da publicidade para as vendas das marcas em geral)”.