Consumidores chineses dispostos a pagar até €4,5 mais por vinho com rolha de cortiça
A China é um “mercado muito exigente em termos de consumo de vinho”, representando oportunidades para setores vinícola e de cortiça nacionais
Ana Catarina Monteiro
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Os vinhos portugueses ocupam a 12ª posição no que diz respeito às importações do setor vinícola na China, segundo um estudo da consultora Nielsen. A lista é dominada pela França, seguida da Austrália e do Chile nas segunda e terceira posições, respetivamente.
A China, que detém a segunda maior área de produção de vinho, é um “mercado muito exigente em termos de consumo de vinho” e, dada a sua dimensão, representa uma oportunidade para as produtoras vinícolas portuguesas, que não surgem no Top 100 dos vinhos mais vendidos naquele mercado, dos quais 65 são chineses. A França é o país estrangeiro melhor representado, com 23 néctares na lista.
Além disso, a indústria lusa da cortiça pode também beneficiar da exigência dos consumidores chineses, os quais estão dispostos a pagar até 4,5 euros mais por um vinho com rolha de cortiça, de acordo com o mesmo estudo. 95 dos 100 vinhos mais vendidos naquele País asiático estão vedados com rolha de cortiça.
“Estamos a falar de milhões de consumidores que buscam produtos de qualidade”, explica João Rui Ferreira, presidente da Associação Portuguesa Cortiça (APCOR) que, desde 2010, desenvolve ações de comunicação para promover a cortiça na China. O vinho é “um presente popular naquele mercado para negócios ou ocasiões especiais. Por isso, os consumidores escolhem os que têm rolha de cortiça, que são percepcionados como vinhos de qualidade superior”.