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Dicotomia “saúde e prazer” dá primeiros passos no consumo fora de casa

Por a 5 de Janeiro de 2017 as 12:16

Em média, por semana, cerca de 2/3 dos portugueses consomem algo fora de casa, gerando 893 mil ocasiões de consumo por dia, com um gasto por ato ligeiramente acima de €1

Análise da Kantar Worldpanel

Todos os portugueses consumiram algo fora de casa nos primeiros 11 meses do ano (até 6 novembro 2016) gerando 893 mil ocasiões de consumo por dia e com um gasto por ato ligeiramente acima de €1. Porém, dois em cada três portugueses consomem algo fora de casa de forma mais regular, isto é, semanalmente.

A forte presença do café justifica o baixo gasto por ocasião de consumo fora de casa já que só esta categoria representa mais de 50% do total de ocasiões de consumo no Out-Of-Home (OOH).

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Elevadas temperaturas alteraram a dinâmica do mercado OOH

 As elevadas temperaturas que se fizeram sentir este ano alteraram a dinâmica do mercado OOH. Porém, as bebidas quentes (sobretudo café) sofrem com o tempo quente, sobretudo a partir de abril deste ano.

Os Snacks Gelados, as Bebidas Alcoólicas (nomeadamente Cervejas, Sidras e Espirituosas/ Mixers) e os Refrigerantes com e sem Gás são categorias que saem reforçadas, sobretudo nos momentos de maior socialização: meio da tarde, momentos noturnos e fins-de-semana.

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A dicotomia “saúde e prazer”

Começamos o dia de forma “saudável”, mas logo confiamos no “prazer” como recompensa. É na categoria das bebidas refrescantes (com e sem álcool) que os portugueses mudam substancialmente o propósito de consumo.

Globalmente, oito em cada dez vezes que bebemos bebidas refrescantes fora de casa, consumimos por prazer, por ser uma alternativa saudável, para acompanhar refeições ou simplesmente por ser a nossa bebida favorita.

Porém, este ano os portugueses reforçam razões de favoritismo, prazer e alternativa saudável em detrimento das demais, no consumo de bebidas refrescantes.

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É um facto que os portugueses estão cada vez mais preocupados com o consumo dentro de casa, valorizando os fatores de saúde e bem-estar.

Mas no mercado fora de casa essas preocupações começam a dar os primeiros passos sobretudo em momentos de consumo matinais. Mas, se é verdade que na primeira metade do dia, procuramos “alternativas saudáveis” (sumos naturais, iogurtes líquidos e águas), na segunda metade procuramos compensar o dia de trabalho com categorias ligadas ao puro prazer (cerveja, bebidas espirituosas, vinho e refrigerantes).

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O canal de compra e o momento do consumo

Para cada momento e razão de consumo parece existir um canal de compra específico. Do lado “saudável”, no pequeno-almoço as pastelarias/padarias são os canais preferidos para o consumo de sumos caseiros e no lanche da manhã é na distribuição moderna que o iogurte líquido tem maior expressão.

Do lado do “prazer”, são essencialmente os espaços mais “sociais”, como as esplanadas, os restaurantes e canais noturnos, os canais privilegiados.

Curiosamente, o canal “fast food” é o único canal capaz de satisfazer a dicotomia de “prazer” e “saudável” na categoria de bebidas refrescantes, já que é igualmente o canal que tem vindo a diversificar mais a sua oferta na (re)criação de bebidas caseiras proprietárias (ex. H3, Vitaminas, entre outros) e isso tem tido impacto na procura exterior.

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