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Mais de 50% dos CIO diz que empresas não têm prioridades de inovação e tecnologias disruptivas

Por a 27 de Dezembro de 2016 as 17:35

Os Chief Information Officers (CIO) estão hoje mais focados nos clientes que no desempenho do negócio, traduzindo uma mudança de prioridades. Ainda assim, existem lacunas “substanciais” entre as expetativas de negócio e as competências ao nível das Tecnologias de Informação (TI) em áreas chave que incluem a inovação e a cibersegurança.

As conclusões são do estudo Global CIO Survey 2016-2017, publicado pela consultora Deloitte, que auscultou 1217 líderes tecnológicos em 48 países.

Enquanto na edição anterior do relatório, a percentagem de CIO que indicavam os clientes como primeira prioridade fixou-se nos 45%, em 2016 o valor subiu para os 52%. Os líderes dos departamentos de informação de oito dos dez setores analisados no estudo apontam para o cliente enquanto principal foco no setor.

Para três quartos dos profissionais, o sucesso do negócio passa sobretudo pelo alinhamento das TI com a estratégia e objetivos da empresa, sendo que a execução de projetos tecnológicos e visão estratégica estão também entre as principais competências dos departamentos de TI para o bom desempenho da atividade. No entanto, apesar de cada vez mais focados nas interfaces digitais que envolvem o cliente, apenas 45% dos CIO afirma que a área das TI está envolvida na melhoria da experiência do cliente e 28% considera que a organização para a qual trabalha se situa abaixo da média em matéria de competências digitais.

O Global CIO Survey deste ano encontrou assim “diferenças substanciais entre as expetativas dos negócio e as competências das TI, em áreas chave que incluem a inovação e a cibersegurança”. Cerca de 57% dos CIO afirma que as áreas de TI esperam obter apoio na inovação e no desenvolvimento de novos produtos e serviços. Mais de metade diz que não existe na sua empresa prioridades em matéria de inovação e tecnologias disruptivas, ou então estão ainda em processo de definição. Da mesma forma, 61% dos CIO identifica a cibersegurança como uma “expetativa fundamental” mas apenas 10% assinala a cibersegurança e a gestão de risco nas TI como uma “grande prioridade”.

Além disso, o estudo nota uma diferença “considerável” entre a perceção dos CIO sobre como acrescentar valor à empresa e as prioridades e expetativas da mesma organização. As lacunas referidas estendem-se ao nível da inovação, disrupção e cibersegurança.

70% dos CIO inquiridos indica que é esperado que baixem o custo das operações e melhorem o nível do serviço em simultâneo.

Por fim, o estudo verifica que as personalidades dos CIO são semelhantes, com 75% a partilhar sete traços predominantes de personalidade/estilos de trabalho. Estes traços incluem uma fácil adaptação a novos ambientes (90%), o enfoque no objetivo ao invés da emoção ao trabalhar com terceiros (81%), uma adoção precoce da tecnologia (81%), a assunção de responsabilidades (78%), uma visão de conjunto (76%), a tolerância ao confronto (75%) e a tolerância ao risco (75%).

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