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Lojas portuguesas entre as mais seguras do Mundo

Por a 20 de Dezembro de 2016 as 10:24

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Portugal ocupa a 6ª posição no ranking dos países do mundo onde a perda de valor é menor, em resultado de furtos e erros. A taxa de quebra desconhecida não chegou no ano passado a 1% das vendas do setor

Em matéria de segurança no ponto de venda, os retalhistas portugueses dão cartas e são um exemplo a seguir. O índice de quebra desconhecida não chegou no ano passado a 1% do total de vendas do setor e tem vindo a cair ano após ano. Portugal ocupa a 6ª posição no ranking dos países do mundo onde a perda de valor é menor, em resultado de furtos externos e internos, mas também de erros administrativos ou de inventário, por exemplo, segundo dados do Barómetro Mundial do Furto no Retalho.

Estes bons resultados não são certamente fenómenos do acaso. Os retalhistas portugueses, sobretudo os de maior dimensão, investem em projetos de prevenção de quebra tecnologicamente avançados e muitos têm inclusive departamentos próprios dedicados exclusivamente à análise das perdas e à definição de estratégias de combate às novas técnicas de furto que também vão evoluindo no sentido de contrariar os mais recentes e inovadores sistemas de segurança.

O mercado de segurança no retalho deverá movimentar entre os 20 e 25 milhões de euros por ano em Portugal, nas contas de João Fanha mananging partner da 2PROTECT, especialista em soluções anti-furto para o retalho. Segundo o barómetro mundial, os gastos em prevenção de quebra reduziram de 1,66% para 0,82% das vendas, no biénio 2013-14.

Mais de metade (52%) das perdas no mercado nacional são resultado de furtos externos. Há muitos anos que assim é e, por isso, os amigos do alheio têm sido o principal alvo na estratégia de prevenção dos lojistas. Por outro lado, os retalhistas têm despertado nos últimos anos para o impacto que o furto interno tem no negócio. Segundo o barómetro mundial, representa um total de 29% das quebras.

É um problema mais difícil de resolver, considera João Fanha. “Não podemos esquecer que o staff é conhecedor do ciclo das lojas e das suas principais debilidades. E muitas vezes opera os próprios sistemas de segurança, podendo geri-los em seu benefício. Esta é uma realidade a não negligenciar até porque o valor médio do furto interno é deveras superior ao furto externo, que muitas vezes é ocasional”.

O Natal é um dos períodos mais difíceis de gerir no que diz respeito à prevenção de furtos. Um estudo mais recente sobre a perda no setor de retalho na campanha de Natal de 2016, prevê um incremento de 28% nas quebras durante este período festivo. Portugal mais uma vez fica bem na fotografia. As previsões para o nosso País situam-se nos 28%, abaixo da média europeia, que regista 35%.

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RFID dá passos no setor alimentar

Há mais de 50 anos que a tecnologia RFID (Identificação por Radio frequência) está disponível no setor do retalho, mas nos bastidores, concretamente na gestão da operação logística. Começa agora a dar os primeiros passos no setor alimentar em Portugal. “As soluções de ponta já disponíveis no mercado português estão ligadas à RFID. Capaz de gerir stocks, conferir visibilidade adequada aos artigos, auxiliar na reposição, integrar sistemas de segurança e prevenção de quebra, essencial para a estratégia omnicanal, para a etiquetagem na origem e até para construir estratégias de marketing, a tecnologia de identificação por radiofrequência apresenta-se assim como uma forma eficaz de colmatar as necessidades que os retalhistas apresentam para oferecer um serviço mais eficaz ao cliente”, descreve David Pérez del Pino, diretor-geral da Checkpoint Systems em Portugal e Espanha . Depois de se tornar uma ferramenta de gestão de lineares e stocks para o retalho têxtil, começa a surgir em projetos de retalho alimentar para dar resposta a um dos principais desafios do setor: o controlo eficaz das datas de caducidade de produtos frescos.

O acesso remoto às soluções de segurança é mais uma das principais tendências no mercado português. A telemanutenção é atualmente um fator de decisão para os retalhistas na hora de investir em segurança. Trata-se da possibilidade de oferecer remotamente assistência nos equipamentos, como antenas. “Diagnosticar e solucionar os problemas, sem demora e necessidade de intervenção de uma equipa técnica no terreno, é um fator cada vez mais apelativo para os retalhistas”, remata o responsável da Checkpoint.

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