Há cinco anos que portugueses não compravam tantos frescos (e não se deve às promoções)
Findo o terceiro trimestre do ano, os frescos pesam 36,6% do total de vendas, em valor, do mercado de grande consumo (FMCG) em Portugal, sendo esta a percentagem “mais elevada dos últimos cinco anos”, diz a Kantar Worldpanel
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As categorias de produtos frescos (frutas, legumes, pastelaria, peixe e carne) em Portugal registam um aumento do número médio de compradores na ordem dos 2% ao longo deste ano.
Findo o terceiro trimestre do ano, os frescos pesam 36,6% do total de vendas, em valor, do mercado de grande consumo (FMCG) em Portugal, sendo esta a percentagem “mais elevada dos últimos cinco anos”, explica em comunicado a empresa de estudos de mercado Kantar Worldpanel. “A recuperação dos frescos, apesar de estar associada à reaproximação dos lares ao comércio tradicional, é feita sobretudo via distribuição moderna”.
Frutas, legumes e pastelaria surgem como as categorias que lideram o crescimento da procura no mercado de frescos. As frutas e legumes são compradas por “quase a totalidade das famílias portuguesas”, enquanto a pastelaria chega agora a 51% dos lares, um aumento de dois pontos percentuais face a 2015.
A procura de produtos frescos cresce à boleia da tendência de uma maior preocupação com a alimentação saudável entre os portugueses, destacando-se um aumento das compras de “cereais muesli, Iogurtes funcionais, massas integrais, congelados não preparados, bolachas saudáveis, sumos de fruta, entre outros”. Sobretudo nos lares mais jovens, assiste-se a uma “priorização da confeção de alimentação caseira” em Portugal, em detrimento da comida embalada.
Promoções de frescos não levam obrigatoriamente ao aumento da compra
36,3% das ocasiões de compra de frescos em Portugal este ano foram efetuadas com promoção. Na alimentação embalada, a percentagem de compras com promoção sobe para os 58,7%.
Os produtos frescos promocionados em loja apresentem um nível de desconto mais baixo em relação ao total do grande consumo (24% face a 32%). Ainda assim, na distribuição moderna “metade das ocasiões de compra no mercado de frescos já inclui pelo menos um produto em promoção”.
As promoções não são um “driver” de compra no mercado dos frescos, que “raramente são comprados exclusivamente por se encontrarem em promoção”, com exceção das “categorias de compra mais esporádicas, como o bacalhau, pastelaria, peixes e mariscos”, nas quais se verifica uma “maior percentagem de compras” impulsionadas pelos descontos oferecidos. No caso do bacalhau “chega mesmo a atingir valores a rondar os 7%”.
“O comprador reage de forma diferente às promoções em cada uma das categorias de frescos, mas em nenhuma delas, à exceção do bacalhau, se regista um aumento da compra apenas por existirem promoções”, explica a Kantar.
A atividade promocional, no entanto, tem impacto nas compras de categorias “mais caras” ou “premium”, adquiridas com menor frequência devido ao preço. Entre estes produtos estão as frutas “exóticas”, que normalmente apresentam um preço 37% acima do valor médio das frutas, os legumes de quarta gama, cujo preço é por norma 56% superior à média, opções de pão mais saudável e produtos de charcutaria (ver imagem). A média de lares compradores dos produtos em destaque na atividade promocional destas categorias verifica até final de setembro um aumento na ordem dos 10% face ao mesmo período de 2015.
A empresa de estudos de mercado prespetiva para 2017 uma continuação do aumento das compras de frescos, impulsionado pela “adoção de um regime alimentar mais saudável.