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Investimento em imóveis de retalho na Europa totaliza €20,7 mil milhões no 1º semestre

Por a 22 de Agosto de 2016 as 11:55

O investimento direto em imobiliário de retalho dos primeiros seis meses do ano alcançou os 20,7 mil milhões de euros, uma descida de 19% face ao desempenho registado no primeiro semestre do ano passado, de acordo com os últimos dados apurados pela consultora imobiliária JLL.

A descida do investimento em ativos de retalho na Europa reflete o abrandamento do investimento imobiliário no Reino Unido e na Alemanha, uma vez que, excluindo estes dois mercados, o total de volume investido na Europa cresceu 14% de forma agregada. A consultora imobiliária lembra também que o primeiro semestre de 2015 foi um período “excecional”, em que os volumes transacionados ascenderam a 25,5 mil milhões de euros, “influenciados pela concretização de cinco negócios de valor superior a 500 milhões de euros cada e outros 17 com valores individuais acima dos 300 milhões de euros”.

Ainda assim, “apesar da descida generalizada no investimento em imobiliário de retalho na Europa em termos homólogos, o volume transacionado continua 15% acima da média dos últimos cinco anos”, explica em comunicado a JLL. Na análise do mercado imobiliário europeu, a consultora destaca a atividade registada em França que, na primeira metade do ano, observou uma evolução de 40% face ao mesmo período do ano passado.

“O fluxo de capital institucional que está atualmente a selecionar o segmento de retalho é relevante e deverá ainda ser reforçado, o que significa que mais geografias irão ser beneficiadas”, afirma Jeremy Eddy, diretor de Retail Capital Markets da JLL para a Europa. “O número de parcerias e joint-ventures entre players capitalizados, com um custo baixo no acesso ao capital, e os operadores com conhecimento local do retalho está em níveis sem precedentes, sendo esta a alteração mais significativa do mercado na última década”.

Em Portugal, o investimento em ativos imobiliários de retalho ascendeu a 400 milhões de euros no primeiro semestre do ano, mantendo-se como o segmento de maior peso (45%) no volume total transacionado no mercado imobiliário. O montante evidencia uma queda de cerca de 40% face ao volume investido em retalho no mesmo período do ano passado (665 milhões de euros). Não obstante, “à semelhança do que se verifica na Europa, o primeiro semestre de 2015 foi também excecional para o investimento neste segmento em Portugal”, sublinha a JLL na sua análise, notando que apenas nos primeiros seis meses de 2015, foi aplicado 70% do volume investido em ativos nacionais de retalho no total do ano (972 milhões de euros).

Na Europa, os maiores negócios de investimento no primeiro semestre de 2016 envolveram ativos de retalho urbanos, os quais beneficiam de indicadores económicos robustos e boas acessibilidades. No primeiro trimestre do ano, o Forum Block, em Helsínquia (Finlândia), adquirido pela Sponda Oyj por 576 milhões de euros foi a maior transação, seguida da venda do Grand Central em Birmingham (Reino Unido), comprado pela Hammerson e pela Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) por 441 milhões de euros. No segundo trimestre, a lista de negócios é dominada pela compra do Blanchardstown, em Dublin, à Green Property, operação protagonizada pela Blackstone. “Este centro de cariz regional, que é o maior da Irlanda, tem ainda um potencial de desenvolvimento muito expressivo, com capacidade para acomodar cerca de 148 500 metros quadrados de espaço adicional de uso misto”, lê-se no comunicado da consultora, observando uma “crescente atratividade de ativos de uso misto, que sejam urbanos, dominantes, com boas acessibilidades e com bons indicadores, localizados no seio de cidades em crescimento”.

“Qualquer impacto do Brexit no mercado de investimento ficará confinado ao Reino Unido, com baixa contaminação dos restantes mercados da União Europeia”, comenta James Brown, Head de Research Europeu na JLL.

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