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Visibilidade em cadeia, por David Pérez del Pino (Checkpoint)

Por a 7 de Julho de 2016 as 17:50

Por David Pérez del Pino, Diretor Geral da Checkpoint Systems em Portugal e Espanha

O crescendo multicanal dos comportamentos de compra dos consumidores a nível mundial apresenta um conjunto de novos desafios aos retalhistas que exigem uma atenção mais adequada à visibilidade dos seus inventários ao longo de toda a cadeia de distribuição. De um modo geral, o consumidor atual procura informação em diferentes plataformas antes de adquirir um produto, tornando-se mais exigente nas escolhas que faz. Contudo, é também através dessas mesmas plataformas que toma, em muitas circunstâncias, a decisão de compra de determinado artigo. A possibilidade de, na comodidade da sua casa, adquirir os artigos, tornou-se o reflexo da sociedade de consumo atual. Esta situação traz ao retalhista a necessidade de gerir os seus stocks não só do armazém à loja e da loja ao consumidor, mas também do armazém a todas as formas de distribuição direta ao consumidor que possa ter – seja em recolha na loja, ponto de recolha independente ou até entrega em casa. Nesta circunstância, saber onde tem localizados os produtos em todo o momento é fundamental. Um fator ainda mais determinante em marcas cujo número de artigos é muito elevado.

A visibilidade dos stocks sempre foi uma preocupação para os retalhistas – saber onde estão os diferentes artigos, se há ou não ruptura de stock, em que zona da loja estão os artigos, entre outros, sempre foram preocupações fundamentais para o retalhista e informações que, na sua falta, podem revelar-se em perdas de vendas. Deste modo, a evolução das tecnologias de identificação e localização de artigos foi no sentido de ir ao encontro das necessidades do retalhista. Para tal, a RFID apresenta-se como um dos mais importantes avanços das últimas décadas, e o caminho futuro a seguir. Com a tecnologia é possível saber onde estão os artigos em toda a cadeia de distribuição desde a origem, qual o seu valor exato, e ao mesmo tempo contribuir para uma boa experiência de compra do cliente – tudo o que o retalhista procura.

É nesta visibilidade e gestão que grandes marcas com elevados volumes de artigos se centram a hora de optar por implementar novas soluções. É esse o caso da Decathlon que desenvolveu uma estratégia concertada de etiquetagem na origem a milhões de produtos em todas as suas lojas ao redor do mundo: 400 lojas em 19 países. A etiquetagem na origem com RFID permite que os artigos cheguem à loja prontos para o linear, libertando os empregados de ter que comprovar manualmente as entregas ou de aplicar etiquetas na mercadoria antes de a colocar à venda. A proteção em origem, que se baseia em etiquetas EAS ou RFID aplicadas nos produtos durante o processo de fabrico, ajuda os retalhistas a incrementar a rentabilidade através de uma maior eficiência.

Com cadeias como a Decathlon a investir neste futuro fica patente que a etiquetagem na origem com RFID é um passo importante e inalienável do futuro do retalho, não só enquanto parte integrante de soluções concertadas de prevenção de furto, mas também e  acima de tudo, como fundamento para artigos mais bem geridos, visibilidade de stock completa, eficiência e eficácia de funcionários, e, claro, reflexo no incremento das vendas com clientes mais satisfeitos em todos os canais de compra.

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