Economia noturna. Oportunidade para os retalhistas?
Os horários comerciais noturnos estão na moda e podem representar uma oportunidade de crescimento para os centros comerciais, revela um estudo levado a cabo pela FootFall
Rita Gonçalves
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Os horários comerciais noturnos estão na moda e podem representar uma oportunidade de crescimento para os centros comerciais, revela um estudo levado a cabo pela FootFall. Um total de 63% dos compradores está disposto a abraçar horários comerciais ampliados.
Os centros comerciais foram os formatos comerciais que mais rapidamente se deram conta das potencialidades da economia noturna, “adaptando a oferta para dar resposta a este tráfego emergente no retalho”, sublinha Lyanne Earls, da consultora FootFall, citado pela imprensa internacional.
“Isto deve-se em parte à necessidade de sobreviver aos concorrentes e em parte à ideia de que alterações substanciais na oferta podem levar a um aumento significativo do gasto médio”.
A FootFall indica que alguns shoppings contam desde há décadas com horários de abertura alargados, com mais impacto nos últimos cinco anos, quando se começa a observar uma clara tendência para as compras mais tardias dando resposta ao apetite dos consumidores.
Também as compras espontâneas levadas a cabo ao final do dia estão a aumentar, revela a mesma fonte. “Este tráfego surge de forma natural quando o consumidor dispõe de mais tempo livre e, como se trata de tempo despendido em ócio, é mais provável que jante fora ao vá ao cinema”.
Assim, a grande oportunidade para os centros comerciais está em tirar partido desta maior apetência para jantar fora e outros caprichos relacionados com o estilo de vida, que aumenta o investimento em comida, bebidas e atividades de ócio e lazer. É o movimento que a consultora Nielsen designou em 2010 como ‘shoppertainment’ e que deu origem à tendência de converter os shoppings em núcleos de retalho e ócio.