Newsletter Opinião

RFID lado-a-lado com o ROI, por David Pérez del Pino (Checkpoint)

Por a 10 de Maio de 2016 as 14:10
David Pérez é o novo diretor da Checkpoint

David Pérez é o novo diretor da Checkpoint

Por David Pérez del Pino, diretor geral da Checkpoint Systems em Portugal e Espanha

Os hábitos de consumo das novas sociedades estão intrinsecamente ligados com plataformas digitais, disponibilidade de informação e diversidade de produtos que tornam os consumidores cada vez mais críticos e exigentes no processo de compra de qualquer produto. Neste sentido, o ‘omnichannel’ apresenta um dos mais exponenciais crescimentos no retalho e é uma ferramenta essencial a cada consumidor que se preze.

Estas evoluções levam, paulatinamente, os retalhistas a procurarem aperfeiçoar cada vez mais e melhor os seus stocks, não só em termos de qualidade e diversidade de produto, mas também, e acima de tudo, em termos de quantidade disponível em loja e em toda a cadeia de distribuição. Papel fundamental neste processo desempenha a tecnologia RFID (Identificação de produto por Radiofrequência). Com capacidades únicas de visibilidade e gestão de stock, os retalhistas aderiram em massa a esta tecnologia que lhes permite saber onde está determinado artigo com determinadas características, sendo possível dar resposta às exigências dos clientes em tempo real, efetivando vendas com maior rapidez.

Contudo, e apesar dos benefícios de que o setor faz eco para com a RFID, a verdade é que aos retalhistas a decisão de evoluir para estas ferramentas se toma de forma muito ponderada e baseada, essencialmente, em valores de ROI (Return On Investement) e benefício comercial de cada nova implementação. Assim, é fundamental tomar um conjunto de medidas antes mesmo de implementar RFID, procurando compreender exatamente qual o estado da empresa para melhor adequar os passos a dar. Essencialmente, será necessário recolher dados consolidados e reais de todos os departamentos – sendo a RFID uma ferramenta transversal aos diferentes departamentos, é essencial ter informação fidedigna de todos estes –, elaborar auditorias a todas as lojas da empresa – sejam poucas ou muitas, é necessário compreender como funcionam e não assumir que todas possuem os mesmos processos –, assim como falar diretamente com os funcionários, compreendendo os recursos que têm disponíveis e quais as vulnerabilidades e potenciais de cada loja. Por fim, e depois de analisados todos os dados, será possível compreender quais os custos efetivos que as ruturas de stock têm para a própria empresa e para as suas lojas e, assim, adequar as melhores ferramentas RFID a cada loja e até a cada artigo do inventário.

A RFID é uma solução que está para ficar no sector do retalho, mas a sua implementação terá sempre que ser levada cabo de forma ponderada, assumindo o seu papel não só enquanto ferramenta de gestão de stocks e inventários, mas também como fator fundamental para aumentos de ROI e vendas efetivas.

Deixe aqui o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *