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Melhorar os negócios sem perder o rumo, por David Pérez del Pino (Checkpoint)

Por a 3 de Março de 2016 as 18:12

 

David Pérez é o novo diretor da Checkpoint

David Pérez é o novo diretor da Checkpoint

Por David Pérez del Pino, diretor geral da Checkpoint Systems em Portugal e Espanha

Os primeiros meses do ano são sempre dedicados a balanços e projecções do que é possível e necessário melhorar face ao novo ciclo que se inicia. Perceber o que se passou nos doze meses anteriores e projetar o que se pode e deve fazer nos que estão para vir, tornou-se basilar para conseguir incrementar resultados e desenvolver estratégias de crescimento.

Neste sentido, é fundamental aquelas que foram as novidades tecnológicas e não só, de ferramentas e soluções que surgiram nos últimos tempos, mas também aquelas que estão prestes a sair e a entrar no mercado e que permitem apresentar planos de acção concertados e de investimento adequados.

Para o setor da prevenção da perda este é um tema essencial e de grande destaque, pois a velocidade com que as melhorias se apresentam no mercado exige que o investimento que a elas se dedica seja cada vez mais ponderado. Assim, existem diferentes maneiras de encarar este departamento, sendo que a cooperação entre com outros departamentos dentro das empresas se torna transversal em todos os planos desenvolvidos.

Numa primeira instância, a prevenção da perda não pode ser encarada de uma forma simplista de “prevenção”, mas deve-se tentar ir além do que sejam as soluções antifurto, vendo as ferramentas como um todo para lograr ter informação de movimentos de stock, vendas e similares, de maneira a perceber exactamente como se movimenta o negócio e estar um passo à frente da concorrência. Por outro lado, procurar soluções escaláveis e que combinem quer a proteção dos artigos, quer a visibilidade dos produtos, ou seja, que as soluções se adeqúem aos artigos que protegem, mantendo a informação necessária ao consumidor bem à vista, assim como tornar claro que o artigo está, em si, seguro – assim consegue-se um entorno seguro em que o cliente se sente em segurança nas suas compras e o retalhista contra o furto.

Ao mesmo tempo, desenvolver estratégias de quantificação ROI EAS, isto é, qual o retorno em termos de redução de perda, controlo de stocks e aumento de vendas advém do investimento que seja feito em EAS. Estar atendo às necessidades dos clientes e adaptar novas e existentes lojas às novas tecnologias é outro ponto a ter em linha de conta, sobretudo no que diz respeito aos pontos de saída das mesmas, pois são um dos momentos fulcrais para uma boa experiência de compra.

Quando se detetam perdas particulares em determinados sectores, é também importante fazer uma análise com as soluções “dual tag” RF-RFID, isto é, combinando capacidade de gestão de inventário e localização apurada dos artigos, esta solução pode ser implementada a pequena escala, recolhendo não só informação face às perdas, mas irá também ajudar a compreender se o investimento necessário para larga escala se justifica. Ainda no que ao RFID diz respeito, deverá ser tido em conta que esta é uma solução de larga escala que pode, e deve, ser encarada mais além do que a prevenção do furto em loja, mas também como maneira de gerir perdas internas, essencial ao “omnichannel” e às relações com fornecedores – pois possibilita um conjunto de dados que de outra maneira não seria possível recolher de forma fidedigna. Esta informação terá, também, que ser tida em conta como uma das principais ferramentas disponíveis para o setor do retalho nos últimos anos, sendo de suma importância que os gestores tenham disponíveis todas as informações possíveis que lhes permitam tomar as decisões mais adequadas para as suas lojas e empresas e clientes.

De um modo geral, estas medidas terão sempre que ser acompanhadas de uma realidade que marca o século XXI: a velocidade de evolução das novas tecnologias. Este é um ponto fundamental e basilar para os retalhistas – estar na vanguarda do que o setor da prevenção da perda tem para oferecer, pois é aqui que se encontram as melhores e mais adequadas ferramentas para lutar contra o furto, mas também onde é possível combinar estas com soluções de recolha de dados, tendências e consumo essenciais para o desenho de planos de acção concertados que permitam reduzir a perda e aumentar as vendas, contribuindo para uma melhoria significativa da experiência de compra.

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