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Nasceram 37 698 empresas nacionais em 2015. “Há nove anos que não nasciam tantas”

Por a 11 de Janeiro de 2016 as 17:47

acordo_rescisao_trabalhoEm 2015 nasceram 37 698 empresas em Portugal, mais 5,2% do que em 2014. Há nove anos que não nasciam tantas empresas, segundo a Informa D&B.

Em 2015, nasceram 37 698 empresas no universo empresarial português, segundo o Barómetro Informa D&B, que analisa a dinâmica do universo empresarial português (nascimentos, encerramentos e insolvências). Desde 2007 que não surgiam tantos novos negócios durante um ano.

As 37 698 novas empresas criadas em 2015 representam um aumento de 5,2% face ao ano anterior, que se estendeu à “maioria dos setores e a quase todos os distritos”. O setor dos Serviços lidera a constituição de novas empresas com um total de 11 705 negócios criados, uma subida de 4% face a 2014. O setor do Retalho surge na segunda posição, com 5 688 constituições, o que representa um acréscimo de 2,2% em termos homólogos. Seguem-se os setores de Alojamento e restauração, com 4 297 constituições, mais 11,3% face ao ano transato.

Em termos de maior crescimento, destacam-se as Telecomunicações (+19,8%; 1 065 constituições), Atividades imobiliárias (+17,5%; 2 657 constituições), a Agricultura, pecuária, pesca e caça (16,0%; 1 961 constituições) e o Alojamento e restauração (+11,1%; 4 297 constituições).

O relatório mostra que o aumento do número de nascimento de empresas deu-se em “quase todos os distritos” em 2015, sendo que os distritos Lisboa, Porto e Braga representam mais de metade dos nascimentos de empresas.

A consultora explica que a presença estrangeira no país influenciou o aumento de novas empresas, uma vez que 615 das constituições incluem participação estrangeira no capital, uma subida de 38% em relação a 2014. Também no que diz respeito à instalação de sucursais de empresas estrangeiras em Portugal, em 2015 constituíram-se 180, 10,4% acima do valor registado em 2014.

Por cada uma empresa que fechou portas no ano passado, abriram 2,4 novos negócios. Em 2015, encerraram 15 541 empresas e outras organizações, o que representa um aumento de 3,6% em comparação com o ano anterior, sendo que o setor do Retalho teve o maior número de insolvências em 2015 (747), representando, porém, uma descida de 8,5% face ao anterior. Seguiu-se a Construção, com 735 insolvências, menos 19,6% do que em 2014, as Indústrias transformadoras (706 insolvências; -2,6%) e os Serviços (654; -2,1%). Os Processos Especiais de Revitalização de empresas (PER) tiveram início em Abril de 2012. Em 2015, registaram-se 972 empresas com PER iniciado, valor acima do registado em 2014 (mais 69 empresas).

Uma outra dinâmica verificada pelo estudo foi de que empresas foram no último ano “mais cumpridoras dos prazos de pagamento”, com 19,9% entre elas a pagarem dentro do prazo, o que representa uma melhoria de 2,5 pontos percentuais face ao ano anterior. Por outro lado, 28 190 empresas efetuaram alterações aos seus órgãos sociais, o que representa 6,5% do tecido empresarial ativo e a mobilidade de gestão tem-se vindo a reduzir desde 2013, indiciando uma maior estabilidade na gestão das empresas.

“Em 2015, a constituição de sociedades com dois ou mais sócios, na forma de sociedade por quotas, voltou a ganhar relevância face às iniciativas individuais (sociedades unipessoais), cujo aumento dos nascimentos se destacou nos últimos anos”. 48% das constituições de empresas foram sociedade por quotas, representando um crescimento de 8,8% face a 2014. Por sua vez, 49% dos nascimentos foram de empresas com apenas um sócio (sociedades unipessoais), mais 3,2% do que em 2014.

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