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Distribuição

Parabéns à distribuição moderna

Em 1989, por esta altura, o jornal da distribuição e do retalho HIPERSUPER dava os primeiros passos. 26 anos depois, pretende apurar o que mudou nestes setores em Portugal. No entanto, é inevitável recuarmos até 1985, ano marcado pelo início da relação entre Portugal e a Comunidade Económica Europeia e em que a distribuição moderna chega para ficar

Ana Catarina Monteiro
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Parabéns à distribuição moderna

Em 1989, por esta altura, o jornal da distribuição e do retalho HIPERSUPER dava os primeiros passos. 26 anos depois, pretende apurar o que mudou nestes setores em Portugal. No entanto, é inevitável recuarmos até 1985, ano marcado pelo início da relação entre Portugal e a Comunidade Económica Europeia e em que a distribuição moderna chega para ficar

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Ana Catarina Monteiro
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Woman at the supermarket with trolleyEm 1989, por esta altura, o jornal da distribuição e do retalho HIPERSUPER dava os primeiros passos. 26 anos depois, pretende apurar o que mudou nestes setores em Portugal. No entanto, é inevitável recuarmos até 1985, ano marcado pelo início da relação entre Portugal e a Comunidade Económica Europeia e em que a distribuição moderna chega para ficar

A situação económica portuguesa em 1985 não está muito longe da realidade atual. Naquele ano, o País despede-se da intervenção do FMI (Fundo Monetário Internacional) e da austeridade aplicada depois da crise que vigorou no pós-revolução. Para fazer face ao saldo negativo, a principal solução passa pela desvalorização do escudo, o que impulsiona as exportações mas traz problemas ao nível da importação de bens alimentares essenciais.

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Como resultado, a inflação dispara para perto dos 30% e os portugueses perdem poder de compra. O que leva o Governo, liderado naquele ano por Mário Soares e, a partir de novembro, pelo ex-primeiro ministro Cavaco Silva, a aumentar os valores salariais em cerca de 22%, segundo o jornal Sol. Nesta altura, o salário mínimo geral em Portugal situa-se nos 95,8 euros mensais, de acordo com os dados da Pordata, muito longe dos 505 euros que hoje são garantidos. A desvalorização da moeda é visível quando convertemos a nota mais baixa, a de 20 escudos, para a realidade dos tempos modernos – 40 cêntimos. A nota foi retirada de circulação em 1986, quando se cumpre a promessa de adesão à CEE (Comunidade Económica e Europeia), que mais tarde se veio a designar União Europeia.

Adesão de Portugal à CEE

A entrada de Portugal na União Europeia é um marco importante na história da distribuição, uma vez que traz consigo a modernização das infra-estruturas de comércio e um aumento da concorrência.

Desde logo, as empresas internacionais ganham interesse pelo País. “Muitas multinacionais regressaram a Portugal com a adesão do País à CEE”, explica o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, João Vieira Lopes, por ocasião da conferência sobre a distribuição, realizada na feira Alimentaria&Horexpo 2015, em Lisboa. Em termos legais, a participação na Comunidade obriga o mercado nacional a adotar novas regras, destacando como prioridades a sustentabilidade das relações entre fornecedores e distribuidores, o reforço da transparência ao longo da cadeia de abastecimento e a resistência à volatilidade dos preços.

Ainda antes do tratado de adesão assinado, no final de bandeiras_europa_ue1985 abre o primeiro hipermercado português pela mão da Sonae. A partir daí, dá-se a proliferação da distribuição moderna. O setor começa a disponibilizar mais produtos e serviços, invertendo a dinâmica de muitas aberturas de lojas de pequena dimensão, verificada até àquela data. “Enquanto na Europa a tendência passava por reduzir o número de espaços comerciais aumentando, no entanto, a dimensão das lojas, Portugal navegava contra a corrente”, conta João Vieira Lopes. “Quando cheguei a este mercado, espantava o número de pontos de venda por habitante que existiam em Portugal”.

O responsável explica que o País detinha um grande número de lojas devido aos fluxos de emigrantes, que voltaram a Portugal depois da queda do Estado Novo, em 1974, e apostaram na abertura de pequenos espaços de retalho e restauração.

“Regressaram mais de meio milhão de portugueses e muitos, devido ao baixo investimento, criaram negócios no setor alimentar e na restauração. Além disso, deu-se o regresso de emigrantes portugueses em França que apostaram em força na abertura de minimercados. Por último, o fecho de grandes empresas, como as de siderurgia por exemplo, deixou muita gente no desemprego que, tirando partido do recebimento do subsídio de desemprego de uma vez só, aproveitou para também criar negócios no retalho”. Contavam-se “42 mil pontos de venda de comércio alimentar” no País e cerca de “mil lojas grossistas” no final dos anos 70. Número que contraiu para cerca de um terço atualmente.

Surgimento do formato ‘hiper’

retalhoApesar de já existir um “Pão de Açúcar em Cascais”, em Lisboa, foi a 10 de dezembro de 1985 que abriu portas o primeiro hipermercado em Portugal. Para a instalação do Continente em Matosinhos, a retalhista portuense conta com a experiência do grupo francês Promodès para que a loja respeite o conceito original de hipermercado, criado em França.

A inauguração representa um ponto de viragem na história do retalho português. “Tínhamos um comércio pequeno, atomizado, que assentava sobre modelos de negócio com tradição familiar. Não havia esta organização em rede e alargada a outros serviços que agora encontramos”, explica em entrevista ao HIPERSUPER Ana Morais, diretora-geral da APED (Associação Portuguesa das Empresas da distribuição).

Dada a excitação do público com uma loja onde podem comprar quase tudo o que necessitam, alimentar e não alimentar, a preços mais baixos do que lhes apresenta os mercados de bairro, os funcionários do primeiro ‘hiper’ viram as prateleiras esvaziarem rapidamente no dia de abertura. Tiveram até que fechar por alguns momentos para reposição dos produtos.

Diariamente, o espaço recebia cerca de “15 mil pessoas”, com um gasto médio de “dez contos (50 euros)”, apura o Dinheiro Vivo. O consumidor, habituado a uma “oferta orientada”, passou a ter uma “oferta muito diversificada”. Tendência que se mantém até hoje, visto que a loja foi alargada ao longo dos últimos 30 anos para os atuais 9 864 metros quadrados.

O conceito de superfície comercial com mais de 2 500 metros quadrados veio revolucionar a distribuição, encarando naturalmente alguns protestos por parte dos comerciantes tradicionais, que pensam que o seu negócio vai desaparecer. “Corria a ideia de que este formato iria ditar o fim dos já existentes. Não se concretizou. O mercado reparte-se. Tal como agora o mercado se vai repartir com a expansão do comércio eletrónico”, compara o presidente da Confederação do Comércio.

retalhoResponsável por “incluir nos passeios de família ao fim de semana a visita demorada às grandes superfícies”, o formato ‘hiper’ inspirou também a implementação de conceitos de loja distintos. “A grande diversificação de formatos rapidamente conquistou quota de mercado ao comércio tradicional, tanto no canal alimentar como no não alimentar”, de acordo com um estudo do Ministério da Economia, citado pelo Público.

Uma década depois do arranque da distribuição moderna em Matosinhos, existiam quase 40 hipermercados, que já representavam 41% das vendas a retalho, segundo dados da consultora Nielsen. “Hoje, Portugal tem cerca de quatro milhões de metros quadrados de grandes superfícies e cerca de 3,5 milhões de metros quadrados de centros comerciais”, revela João Vieira Lopes.

O disruptivo código de barras 

Colocar o preço um a um nos produtos torna-se uma tarefa interminável num grande estabelecimento de comércio. Imagine-se, nos dias que correm, os operadores de loja etiquetarem uma média de 70 mil referências existentes nos grandes formatos de retalho alimentar. Foi este trabalho que a introdução do código de barras veio poupar.

retalho1.jpgMais uma vez, regressamos a 1985 e ao primeiro ‘hiper’. A primeira Caixa Automática da rede Multibanco, projeto da SIBS, entrou em funções em setembro do mesmo ano. A tecnologia começa a conquistar o seu terreno no campo competitivo dos negócios quando surge a codificação, pela mão da GS1, no mercado nacional da distribuição. O primeiro espaço de retalho a servir-se do código de barras foi precisamente o Continente de Matosinhos.

Além de optimizar o sistema de identificação e etiquetagem dos produtos na frente de loja, a introdução do código autonomizou a gestão do stock. O registo dos artigos em armazém acontece de forma automática, eliminando horas perdidas na contagem, feita com papel e caneta, dos artigos disponíveis para abastecer os lineares. Quando uma pasta de dentes é vendida, o inventário é automaticamente atualizado. Quer para os operadores de loja como para o consumidor, o processo de pagamento torna-se também mais veloz.

As linhas verticais constam também como a primeira ferramenta a permitir o rastreamento dos produtos ao longo da cadeia de abastecimento, abrindo caminho para uma cadeia de valor mais transparente. A sequência de 13 barras pretas afixada nos artigos traduz-se em informação sobre em que país o produto foi registado, a marca e a referência do próprio produto.

No entanto, para descodificar é necessária uma adaptação de equipamentos – leitores óticos, máquinas e novos métodos de trabalho – não só no retalho mas em toda a cadeia de aprovisionamento. Entre as partes, a indústria é a mais resistente à mudança. “Argumentavam que o código de barras iria tornar a embalagem mais feia, o que não fazia sentido. Pouco a pouco, foi-se conseguindo”, recorda ao Público, José Rousseau, professor e presidente do Fórum do Consumo. A indústria foi obrigada a emergir na codificação quando o Continente e o Pão de Açúcar exigiram aos seus fornecedores que o fizessem, indicando-lhes um prazo que, caso não cumprissem, perderiam aqueles clientes.

retalho3.jpgA Codipor (Associação Portuguesa de Identificação e Codificação de Produtos) nasce a 26 de novembro de 1985 e transforma-se mais tarde na GS1 Portugal. Hoje, a empresa apresenta ao mercado diversas soluções de codificação, normalizadas e globais, multiplicadas a partir do código de barras, que foi talvez a primeira mudança disruptiva a nível tecnológico no setor e ainda hoje é uma ferramenta indispensável para um retalhista. Está hoje presente em “111 países, dois milhões de empresas, contando com cinco mil milhões de leituras por dia”.

Três décadas depois, o sistema de barras deu origem a diversas soluções (físicas e desmaterializadas), abarcam uma alargada quantidade de áreas além da distribuição, como a Saúde, a Defesa ou ainda as Finanças. As ferramentas de codificação e etiquetagem permitem juntar cada vez mais informação sobre o percurso de “vida” dos produtos e dão mais eficiência e segurança às lojas.

Por sua vez, as marcas são gradualmente obrigadas, em termos legais, a reforçar a transparência com o consumidor. Longe vão os tempos em que as etiquetas continham apenas o preço e a validade dos produtos. Os rótulos dos produtos têm que conter informação detalhada sobre os componentes e aspectos como origem, riscos para a saúde, modo de conservação, entre outros. Para certificar a veracidade das informações, bem como regular a própria produção e bastidores das lojas, surge em 2006 (não apenas para esta área) a ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica.

Revolução na cadeia de valor

Mercado de VinhosA tecnologia foi uma das áreas de negócio incorporadas na distribuição moderna. “A distribuição trouxe não só um novo modelo de negócio para o comércio, como também uma data de negócios que têm que existir para que a cadeia de valor funcione. Esta cadeia inclui muitos intervenientes além da distribuição, como também a logística, a cadeia de fornecimento, a tecnologia, a sofisticação e segurança, entre outros. A distribuição é indutora do aparecimento de novos negócios, introduz novas práticas no mercado que favorecem a criação de outras empresas e indústrias que lhe prestam serviços”, explica a diretor-geral da APED. Por exemplo, a tecnologia de ‘check out’ de pagamento, a produção de bens alimentares dentro da loja, na hora, inovações para as quais “as pequenas e médias empresas” fornecedoras de equipamento têm um “papel importante”.

Um área que beneficiou muito com desenrolar do setor foi o negócio do frio e produtos de congelação, como exemplifica Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, associação portuguesa de marcas. “É facilmente percebido com as dificuldades, até à eclosão da moderna distribuição, das operações de produtos envolvendo redes de frio e do crescimento geométrico das suas vendas desde o surgimento dos espaços comerciais dos grandes grupos do retalho”.

“Hoje, 99% dos consumidores nacionais são clientes da distribuição moderna”, estima Ana Morais, acrescentando que “a melhoria da qualidade de vida no País nos últimos 30 anos muito se deve à modernização da distribuição”, que veio colocar o “consumidor no centro das decisões”. O setor da distribuição não sobrevive isolado e o vasto conjunto de agentes envolvidos permite uma “organização de formatos de comércio, de acordo com o padrão de vida que os portugueses vão escolhendo”.

Well's“Quando explodiram novos formatos e nasceu o retalho especializado, o hipermercado transformou-se numa loja alimentar, com cafetarias, zonas de preparação de alimentos e áreas de saúde e bem-estar. Deu-se uma revolução na cadeia de valor. Também os supermercados se renovaram, os primeiros vendiam tudo no mesmo espaço. Hoje, o conceito não faz sentido e foi ocupado pelos shoppings”. Palavras de Luís Reis, citado pelo HIPERSUPER, enquanto CCCO (Chief Corporate Center Officer) da Sonae SGPS à data de 2012, quando se registam “1 860 supers e hipermercados” abertos em território nacional.

Ao mesmo tempo que absorve várias áreas de negócio, a própria distribuição também se especializa em outros domínios, como na produção. Em 1992, o Continente lança a primeira gama de produtos de marca própria. A nível geral, atualmente as marcas da distribuição detêm uma “quota de mercado de 20%”.

“As marcas da distribuição são já uma longa história de grande sucesso, a nível mundial. Evoluíram muito. Primeiro, começamos por ter o fenómeno das marcas brancas, passamos pelas marcas próprias e depois surgem as marcas da distribuição. Hoje em dia, já estamos na fase de marcas de terceira geração. No início, o produto era fabricado pelo fornecedor e chegava à prateleira sem marca, depois tivemos os artigos de insígnia, com o nome do retalhista, e agora temos mais que isso. Temos retalhistas a desenvolverem, além das próprias, marcas com nomes distintos do da loja”, regista a responsável da associação dos distribuidores.

Serviços e horários alargados

Além da produção, o setor alargou a outros negócios, como as gasolineiras ou os medicamentos não sujeitos a receita médica, conseguindo aos poucos “agarrar” a confiança do consumidor nos seus artigos. “Havia uma carência de confiança nos combustíveis da distribuição que hoje em dia é líder de mercado em vendas neste segmento. Neste aspeto, há uma evolução quase disruptiva do mercado neste setor. Nos medicamentos, só há dez anos, por questões regulatórias, foi possível vender medicamentos não sujeitos a receita médica nos espaços de saúde da distribuição. E isso também foi uma revolução. As pessoas passaram a ter acesso, no mesmo sítio, a uma série de produtos de que necessitam e que são úteis no seu dia a dia”.

retalho_aberturasOutro marco importante na história do retalho, destacado pela diretora-geral, é o alargamento dos horários e a evolução conceito de conveniência. “Demorou 14 anos até que se pudesse reformar o enquadramento regulatório legislativo para que todas as lojas pudessem abrir ao domingo”. Já os formatos mais pequenos tinham essa possibilidade, quando, “no dia 24 de outubro de 2010, foi revista a legislação que previa a abertura das grandes superfícies”.

“Passamos de uma época em que só se podia fazer compras nos horários regulares e tradicionais de comércio para uma época em que as pessoas podem fazer as suas compras depois do trabalho e também ao domingo, em todos os formatos. Passamos de uma época em que estava tudo fechado para, hoje em dia, todos os retalhistas quererem estar sempre abertos para o consumidor escolher quando quer comprar”.

Guerra dos formatos

Olhando para trás, em 1995 o formato ‘hiper’ detinha 41% das vendas no canal alimentar. “Era o formato do futuro e de repente, sem o mercado estar a contar com isso, apareceu o formato ‘discount’. Começou a abrir muitas lojas, com uma política de expansão muito agressiva, em Portugal e na Europa, e conseguiu crescer a um ritmo acelerado. Pensávamos que este formato iria continuar a crescer, até por causa da crise que se fez sentir em 2008, e contra todas as expectativas, não foi isso que aconteceu”, por uma razão muito simples: “o fator preço nem sempre é o que mais interessa para os consumidores”, aponta Ana Paula Barbosa, Retailer Services Director da Nielsen.

retalho.jpgA consultora está “há dez anos” a realizar um estudo para tentar perceber quais os atributos mais importantes na experiência em loja. “Invariavelmente, aparecem sempre os mesmos – a experiência de compra agradável, boa relação qualidade-preço e a loja com tudo o que preciso. Os ‘discount’ nem sempre têm uma experiência de compra agradável. Cada vez mais  vão tendo mas no passado não. Tinham uma boa relação qualidade-preço mas depois não tinham tudo o que o consumidor precisava, faltava parte do sortido. Tendência que os ‘discount’ hoje estão a tentar reverter. O segredo é tentar conciliar estes três fatores para otimizar a experiência de compra do consumidor”.

Além disso, o supermercado “acabou por ser também muito dinâmico, com algumas cadeias a voltarem a sua estratégia para este modelo, e a partir dos anos 2000 torna-se o formato dominante”. Refletindo sobre algumas coisas que mudaram, vê-se ainda que o retalho tradicional há 30 anos representava “88% das vendas alimentares e hoje representa 10%”.

No entanto, o retalho de proximidade, “que teve a decrescer estes anos todos e a perder importância”, em 2015 “cresce e é o mais dinâmico”, segundo os dados da consultora. O presidente da Confederação do comércio explica o fenómeno. “Estamos numa nova fase de valorização do comércio de proximidade, fruto de uma população que continua a envelhecer, a perder mobilidade e valorizar a comodidade e de uma geração de jovens que não querer perder tempo do seu fim de semana nos espaços comerciais”.

retalho_2.jpgAlém da dinâmica dos espaços físicos, assistimos ao advento das lojas online com a democratização da internet entre os consumidores. Em 2001, nasce o primeiro hipermercado online português. A inovação surge mais uma vez com o cunho da Sonae, que atualmente tem mais de 400 mil clientes online registados e 12 milhões de visitas anuais à plataforma. Em 2004, surge o serviço de compras online de supermercado do El Corte Inglés, que conta com 15 mil produtos e o Jumbo é o terceiro retalhista a aderir ao ‘e-commerce’ em Portugal, em 2007.

O comércio eletrónico apresenta grandes desafios e oportunidades para a distribuição. Dá origem a novos operadores, com negócios direcionados exclusivamente para o online, e os retalhistas físicos procedem a investimentos no canal digital para não ficarem para trás. O que vem intensificar ainda mais a competitividade do mercado.

Distribuição e contexto económico

Para João Vieira Lopes, o desenvolvimento do comércio “reflete a evolução económica do País e da sua mentalidade”. Ana Paula Barbosa diz que “não é bem assim”. Até que ponto a evolução do retalho está intrinsecamente ligada à da economia?

retalho2.jpg“Se olharmos para a evolução do PIB [Produto Interno Bruto] nacional nos últimos cinco anos e olharmos para a evolução das vendas em valor, deparamo-nos precisamente com tendências opostas. É claro que o contexto económico tem impacto direto no retalho mas, nos anos piores da crise, houve um maior consumo para dentro de casa e agora há mais consumo fora de casa. Desta forma, o retalho alimentar está neste momento com tendências mais negativas. Muitas vezes no meio de um contexto económico negativo, as insígnias tendem a antecipar um decréscimo de vendas e a apostar em estratégias muito agressivas, em termos de preços e promoções, sem muitas vezes haver muita necessidade disso. Neste aspeto, a evolução do retalho está mais dependente daquilo que o retalho e as marcas fazem do que propriamente do contexto económico”, explica a responsável da Nielsen.

Atualmente, cada ‘shopper’ visita “em média três a quatro insígnias diferentes e escolhem o formato consoante a sua missão de compra”. Assim, a disputa entre formatos “não faz muito sentido”. Se for para abastecer a dispensa vai a uma loja maior. Se for uma compra mais pequena vai a uma loja de conveniência. “Por isso, são complementares. No futuro, acho que nenhum formato vai desaparecer mas cada um vai ocupar um espaço na escolha dos consumidores. É importante segmentar os consumidores pela idade, pelas missões de compras, entre outros aspetos que serão determinantes para as escolhas que fazem”.

Mas a dinâmica da distribuição “está muito longe de estar esgotada”, conclui o diretor-geral da Centromarca. “Há múltiplos formatos com que nos confrontaremos no curto-médio prazo, a começar por todo o universo omnicanal, com a digitalização das transacções, com conceitos mistos como os do ‘drive through’ e do ‘click and collect’, com as ‘store-in-store’ ou com o melhoramento das entregas capilares associadas aos modelos digitais de negócio”.

O complemento de segurança RFID

No ano de 2011, o RFID está em fase de amadurecimento em Portugal. É um dos mais recentes métodos de identificação dos artigos, que funciona com identificação por radiofrequência. “Não é um substituto dos códigos de barra mas um complemento”, sobretudo ao nível da segurança. Comparado com os códigos de barra tradicionais, o RFID “não necessita de linha de vista para identificar o objeto, ou seja para catalogar 100 peças de roupa inseridas numa caixa não é preciso abri-la. Além de a identificação ser automática, a tecnologia identifica ainda as dimensões de cada uma das peças (M, L, XL). Permite ainda inventários online para definir a exata localização de um artigo no armazém”, explica numa entrevista realizada naquele ano António Pinto, da Sybase.

rfidComo detém uma maior capacidade de armazenamento de informação, a tecnologia eleva o comércio a novos patamares de segurança e experiência do consumidor, quer no ponto de venda quer nos canais online e mobile. “São as novas armas dos produtores e retalhistas para responder às exigências legais e às tentativas de furto”.

Segundo a opinião de Mariano Tudela, diretor-geral da Checkpoint para o Sul da Europa e França, publicada no HIPERSUPER em 2013, “as etiquetas RFID, com elevada resistência e durabilidade e aplicáveis quer em produtos, quer caixas e paletes, permitem manter a contagem e identificação de todos os artigos em qualquer ponto da distribuição, seja desde o fabrico/saída da fábrica, seja na em loja/compra. Esta valência só é possível através da complementaridade que a RFID atribui aos sistemas de segurança que se tornam assim, também, sistemas de contagem e manutenção de inventário”.

Apesar da evolução, neste momento, as soluções mais utilizadas pelas empresas portuguesas continuam a ser as “impressoras e leitores de códigos de barras”, por “uma questão de custos”, dá conta, por sua vez, o Marketing Manager da Zetes Burótica, João Carlos Coutinho. Todos os dias em Portugal passam pelos leitores de códigos de barras mais de dez milhões de artigos. Alternativas em ascensão no mercado não faltam, como por exemplo o QR Code, que recorre à fotografia.

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“Liberta-te dos Monstros” é a nova campanha de sensibilização ambiental da ERP Portugal

Com o objetivo de sensibilizar a população para a importância do descarte correto e reciclagem responsável destes equipamentos, especialmente de grande porte, como monstros, a ERP Portugal incentiva os cidadãos a contactarem as juntas de freguesia de forma a agendar a recolha e contribuir para a economia circular.

tagsERP

A ERP Portugal – Entidade Gestora de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE) e Resíduos de Pilhas e Baterias (RB) lançaram a 31 de outubro a campanha “Liberta-te dos Monstros”. A iniciativa, que se insere no programa da ERP Portugal “Junta na Freguesia” inspira-se na temática de Halloween para incentivar o cidadão a entregar os seus velhos elétricos e eletrónicos nas juntas que já estão inscritas no programa e tem como inspiração a temática assustadora do Halloween.

Com o objetivo de sensibilizar a população para a importância do descarte correto e reciclagem responsável destes equipamentos, especialmente de grande porte, como monstros, a ERP Portugal incentiva os cidadãos a contactarem as juntas de freguesia de forma a agendar a recolha e contribuir para a economia circular.

Na campanha, os monstros têm sombras ameaçadoras – monstros que representam as consequências negativas do incorreto encaminhamento de REEE e RB. A campanha “Liberta-te dos Monstros” estará disponível nas redes sociais da ERP Portugal e será amplificada nas juntas de freguesia aderentes ao programa “Junta na Freguesia”, através de publicidade out of home.

“O descarte incorreto de monos/ monstros, onde se incluem os eletrodomésticos, pode ser um problema com elevado impacto ambiental se não for bem gerido. Quisemos, por isso, aproveitar o imaginário associado do Halloween para iniciar este reforço e para abordar de forma criativa um tema tão importante. Com esta campanha, pretendemos sensibilizar os cidadãos para a importância do correto encaminhamento de resíduos e, também, divulgar o programa “Junta na Freguesia”, que facilita o processo de descarte responsável em todo o país”, afirma Rosa Monforte, Diretora Geral da ERP.

O projeto “Junta na Freguesia” tem como objetivo sensibilizar as comunidades para a importância do correto encaminhamento de REEE e RB, contribuir para o conforto dos cidadãos e aumentar a recolha e reciclagem deste tipo de resíduos, através da criação de pontos de recolha nas juntas de freguesia aderentes.

A submissão de candidaturas e regulamento encontram-se no https://eureciclo.pt/junta-freguesia/

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Está a IA a revolucionar a forma como as empresas encontram e selecionam talentos?

Vanda Santos, diretora de serviço e qualidade da Adecco, responde…

Os sistemas de Inteligência Artificial (IA) estão a transformar profundamente a gestão de recursos humanos nas empresas, trazendo mudanças significativas em várias áreas chave, nomeadamente no recrutamento, na gestão de talento ou na automação de tarefas. 

Vanda Santos, diretora de serviço e qualidade da Adecco, responde:

Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) tem-se afirmado como um catalisador de mudanças no mercado de trabalho. Não só está a redefinir funções e tarefas, mas também está a revolucionar a forma como as empresas encontram e selecionam talentos. Na Adecco reconhecemos que esta transformação é uma oportunidade ímpar para melhorar o processo de recrutamento, tanto do ponto de vista da eficiência do recrutador como também da experiência do candidato.

Os assistentes de recrutamento virtuais, cada vez mais utilizados na fase inicial do processo, são um dos melhores exemplos em como a IA melhora significativamente a rapidez do processo e a adequação entre o perfil do candidato e a vaga de emprego.

Por exemplo, a triagem de currículos, um dos processos mais demorados e desafiadores, pode agora ser otimizada através de algoritmos de IA. Estes sistemas analisam currículos em frações de segundo, identificando os candidatos que melhor correspondem às especificações da vaga. Possibilitam também o envio automático de testes de conhecimentos e aptidões, que complementam a análise das capacidades dos candidatos em aspetos identificados como críticos para uma função (por exemplo o nível de conhecimento de um idioma estrangeiro).

Outra tendência na utilização de IA no recrutamento são as entrevistas virtuais, onde a empresa define perguntas-chave, os candidatos gravam as suas respostas (em qualquer lugar e a qualquer momento) e a IA analisa as gravações, comparando-as com os critérios definidos.

Com base na informação gerada é possível disponibilizar rankings de adequação dos candidatos que responderam a um anúncio de emprego, o que não só economiza tempo, mas acima de tudo permite que as equipas de recrutamento se concentrem na avaliação qualitativa dos candidatos, em particular das suas competências comportamentais.

Estas tecnologias não só agilizam o processo, mas também ajudam a garantir uma avaliação mais imparcial, minimizando enviesamentos característicos de decisões humanas.

Além disso, a IA é reconhecida pela sua incomparável capacidade de análise de dados aportando informações relevantes na gestão do processo de seleção. Informações como o passado profissional de colaboradores bem-sucedidos, permite às empresas identificar padrões e características comuns, ajudando a prever quais novos talentos têm mais potencial para se destacar. Também a informação sobre as fontes de recrutamento que aportaram melhores resultados, permite planear os recrutamentos futuros de forma mais assertiva e direcionada.

Outro aspeto importante é o impacto positivo destes sistemas na experiência do candidato. Sistemas automatizados podem enviar feedback instantâneo, por exemplo do status de uma candidatura, responder a perguntas e até fornecer recomendações de desenvolvimento de carreira.

Por fim, é importante ressaltar que a IA não substitui a interação humana; antes, complementa-a. A verdadeira essência do recrutamento ainda reside no entendimento das necessidades dos candidatos e na construção de relações cada vez mais humanizadas. Na Adecco, continuamos a priorizar essa humanização, utilizando a IA como uma ferramenta para melhorar os nossos serviços e garantir que cada candidato se sente valorizado.

A inteligência artificial está, sem dúvida, a transformar o panorama do recrutamento. Ao abraçar estas tecnologias, estamos não só a encontrar talentos de maneira mais eficaz, mas também a oferecer uma experiência de recrutamento que coloca o candidato no centro de tudo. Esta é uma jornada que apenas começou, e estou entusiasmada com as possibilidades que nos aguardam.

Artigo publicado na edição 427

 

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ESG

30 entidades assinam manifesto pela água no Sudoeste Alentejano e no Algarve

O documento será assinado esta terça-feira, 05 de novembro, durante o primeiro encontro do movimento ‘Água ao Serviço de Futuro’, que vai decorrer em Odemira.

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O primeiro encontro do movimento ‘Água ao Serviço de Futuro’ é organizado pelas câmaras municipais de Odemira, Aljezur e Ourique, em parceria com a Lusomorango e realiza-se durante a manhã desta terça-feira, dia 5 de novembro.

Culmina com a apresentação e assinatura do manifesto ‘Água ao Serviço do Futuro’, subscrito por três dezenas de entidades, entre as quais câmaras municipais, empresas e associações empresariais de setores como indústria, turismo e agricultura, das regiões do Sudoeste Alentejano e do Algarve, e também associações setoriais nacionais.

Durante a sessão será apresentado ainda o estudo ‘Interligação Alqueva – Santa Clara – Odelouca: Reforço do abastecimento do Sudoeste alentejano e do Algarve com base em caudais derivados do sistema do Alqueva’, documento que consubstancia as propostas e reinvindicações do movimento.

A organização do evento revela que o movimento ‘Água ao Serviço de Futuro’ é uma iniciativa multisetorial “que tem como principal objetivo evidenciar a mobilização dos agentes económicos destas regiões para a urgência de concretizar soluções que assegurem a disponibilidade de água para os seus diversos usos, garantindo a sustentabilidade destes territórios e das suas populações”.

O primeiro encontro do movimento ‘Água ao Serviço de Futuro’ terá lugar no Santa Clara Country Hotel, em Santa Clara-a-Velha, município de Odemira, com início agendado para as 10 horas.

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Logística

Grupo Paulo Duarte leva água potável às populações afetadas na região de Valência

“Estamos empenhados em garantir que as populações recebam o apoio necessário para enfrentarem este momento crítico e para restabelecerem a normalidade o mais rápido possível”, afirma Gustavo Paulo Duarte.

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O Grupo Paulo Duarte, através da empresa espanhola Hur Trans, especializada no transporte de líquidos alimentares, mobilizou-se para garantir o abastecimento deste recurso essencial às populações afetadas  pela depressão DANA, que atingiu a comunidade valenciana, em Espanha.

Desde a última sexta-feira, a HurTrans iniciou a entrega de água portável nas zonas mais críticas da comunidade valenciana, onde a depressão DANA trouxe chuvas intensas e inundações, comprometendo o acesso à água portável para inúmeras famílias. Esta ação de apoio conta com o empenho direto de colaboradores do Grupo Paulo Duarte, que se voluntariaram para auxiliar na logística da distribuição de água, assegurando que a ajuda chega o mais rapidamente possível aos locais afetados, sublinha o o Grupo Paulo Duarte em comunicado.

“A depressão DANA criou uma situação de emergência e sentimos o dever de colocar a nossa experiência e capacidade logística ao serviço da comunidade”, afirma Gustavo Paulo Duarte, CEO do Grupo Paulo Duarte. “Estamos empenhados em garantir que as populações recebam o apoio necessário para enfrentarem este momento crítico e para restabelecerem a normalidade o mais rápido possível”, acrescenta.

Com esta iniciativa, o Grupo Paulo Duarte reforça o seu compromisso com a responsabilidade social e a capacidade de resposta em situações de crise, demonstrando que o setor dos transportes e logística pode desempenhar um papel fundamental no apoio humanitário.

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Retalho

Associação Coração Delta angariou mais de 6000 kits de higiene para idosos carenciados

A 11ª edição da iniciativa ‘É Tempo de Ajudar’ decorreu em 70 lojas Intermarché de seis distritos, e contou com a participação de 55 municípios e mais de dois mil voluntários

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A campanha ‘É tempo de ajudar’ decorreu entre 26 e 27 de outubro e angariou mais de 6000 kits de higiene que serão entregues a idosos carenciados. Dinamizada pela Associação de Solidariedade Social Coração Delta, decorreu em 70 lojas Intermarché, nos distritos de Portalegre, Évora, Beja, Setúbal, Faro e Castelo Branco e contou com a participação de 55 municípios e mais de dois mil voluntários.

No total foram recolhidos 6282 kits com produtos de higiene pessoal fundamentais para a saúde e bem-estar que serão entregues aos idosos destes distritos.

Ao longo das suas 11 edições a campanha solidária da Associação Coração Delta, em parceria com o Intermarché e com o Corpo Nacional de Escutas, já impactou mais de 18000 idosos, sendo que no futuro o propósito é abranger a totalidade do território nacional.

“É inspirador ver como, com o apoio de voluntários e parceiros, podemos transformar a vida de quem mais precisa. A cada edição, reafirmamos o nosso compromisso com a população sénior carenciada do nosso país, que frequentemente enfrenta desafios no acesso a bens essenciais de higiene. No futuro, queremos continuar a fazer a diferença e a apoiar cada vez mais idosos em situação de vulnerabilidade económica”, sublinha Rita Nabeiro, presidente da Associação Coração Delta.

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Entrevista

Ângela Sarmento: “O atendimento ao cliente é uma das nossas prioridades”

Ângela Sarmento, diretora de marketing e comunicação do Grupo Apolónia, enaltece a aposta numa oferta diversificada, que combina produtos premium e básicos, e sublinha que esta tem sido essencial para o crescimento sustentado da marca. Em entrevista ao nosso jornal não tem dúvidas: a inovação e a satisfação do cliente continuam a ser pilares fundamentais para o sucesso do Apolónia.

Ângela Sarmento, diretora de marketing e comunicação do Grupo Apolónia, enaltece a aposta numa oferta diversificada, que combina produtos premium e básicos, e sublinha que esta tem sido essencial para o crescimento sustentado da marca no competitivo mercado do retalho alimentar. Além dos planos de expansão para Lisboa, Porto e Espanha, o grupo reforça o seu compromisso com a sustentabilidade, através de iniciativas como a redução de emissões de CO2 e o combate ao desperdício alimentar, enquanto mantém uma forte ligação à comunidade local. E não tem dúvidas: a inovação e a satisfação do cliente continuam a ser pilares fundamentais para o sucesso do Apolónia.

Como é que o grupo Apolónia tem conseguido manter-se relevante e diferenciado no mercado do retalho alimentar, especialmente num segmento que combina produtos premium e básicos?
Precisamente por isso, por combinarmos produtos distintos não só entre si, mas dos restantes players do mercado. Somos conhecidos por termos produtos diferenciadores e de qualidade superior, o que está diretamente ligado ao nosso principal foco que é a satisfação dos nossos clientes. Para isso, temos de responder não só às suas expectativas, mas também às suas necessidades de consumo.

Quais os principais resultados em 2023? Esperam crescer este ano?
Temos tido um crescimento sustentável ao longo dos anos e acreditamos que este ano não será diferente.

A presença de serviços como o sushi preparado na hora são elementos que diferenciam o Apolónia. Como surgiu a ideia de introduzir este tipo de serviços e como tem sido a aceitação por parte dos clientes?
É verdade que fomos o primeiro supermercado em Portugal a ter sushi preparado na hora e, na altura, isso foi altamente inovador, algo que está no nosso ADN. Gostamos de inovar, de trazer serviços distintos para os nossos clientes. A nossa equipa está constantemente à procura de soluções para inovar e acrescentar valor aos nossos clientes e é sempre com esse objetivo que vamos desenvolvendo os nossos serviços. A aceitação é geralmente boa, pois os nossos clientes já estão habituados ao nosso serviço diferenciador e, sobretudo, a serem ouvidos quando nos fazem sugestões.

Ângela Sarmento, diretora de marketing e comunicação do Grupo Apolónia

O conceito baseia-se na oferta de uma variedade única de produtos, tanto básicos como gourmet. Como é que conseguem equilibrar a variedade com a rentabilidade?
A nossa prioridade é a satisfação dos nossos clientes, pelo que a nossa preocupação principal é garantir uma oferta variada e de qualidade. Porém, na seleção de produtos e fornecedores, tentamos sempre garantir que as escolhas que fazemos são benéficas para os clientes, mas também para a empresa.

Os produtos estrangeiros desempenham um papel importante no Apolónia, desde a fundação. Como fazem a seleção destes produtos para garantir que respondem às necessidades e expectativas dos clientes?
Esta seleção é feita de várias formas. Começa na nossa equipa comercial, que procura ativamente por novos produtos, quer seja pelo meio dos fornecedores que temos, ou de novos, ou mesmo pelas viagens que faz para conhecer o que há lá fora. Passa também pela pesquisa que fazemos de tendências, mas sobretudo por escutarmos os nossos clientes e irmos ao encontro daquilo que procuram. Temos muitos clientes a sugerirem produtos, ou a pedirem-nos especificamente para termos determinadas referências e sempre que possível respondemos a esses pedidos.

Apesar da oferta de produtos de gama alta, rejeitam o rótulo de “supermercado gourmet”? Como define o posicionamento da marca em termos de oferta e público-alvo?
Durante muitos anos usámos a assinatura “O Verdadeiro Supermercado”, porque é isso que somos, um supermercado que tem os produtos que todos nós precisamos para o nosso dia-a-dia. Claro que temos produtos de gama alta, mas nas nossas lojas tanto é possível encontrar os produtos mais básicos e das marcas mais comuns, disponíveis em qualquer superfície comercial, como produtos de gama superior, ou mesmo exclusivos, e que respondem às preferências mais exigentes. Esta é uma característica intrínseca ao nosso objetivo de termos a maior variedade de produtos possível.
É verdade que temos um posicionamento de marca superior, muito ligado à qualidade dos nossos produtos e serviços, e claro que isso se reflete no nosso público-alvo que corresponde a indivíduos com um poder económico mais elevado. No entanto, acreditamos que o nosso supermercado pode ser para todos e tem produtos para todas as necessidades.

A expansão para o resto do país é um objetivo conhecido. Quais os planos? O conceito será diferente ou querem manter a mesma oferta de produtos e serviços?
Temos o objetivo de expandir para as zonas da grande Lisboa e do grande Porto, mas só irá acontecer quando surgir a oportunidade que responda não só às nossas exigências logísticas, mas também às necessidades do nosso target. Quando acontecer, a ideia será manter o nosso conceito, pois é por isso que somos conhecidos e é por isso que os nossos clientes de fora do Algarve nos pedem para abrirmos fora da região.

Expandir para Espanha é uma hipótese? Quais os principais desafios e oportunidades que vê neste mercado?
Sim, a expansão para o Sul de Espanha e Madrid é um objetivo a médio prazo. Estamos a falar de um mercado forte e diversificado, onde há uma procura crescente por experiências mais exclusivas e produtos de qualidade superior, o que está bastante alinhado com o nosso posicionamento. É uma boa oportunidade para expansão da marca, mas sabemos que teremos alguns desafios, como outros players já bem consolidados no mercado.

Que papel desempenha a comunidade estrangeira residente e os turistas no sucesso do Apolónia?
Todos os nossos clientes são importantes, então não fazemos distinção entre eles. Todos contam para o nosso sucesso e a estratégia é a mesma para todos: a sua satisfação. Isso passa por garantirmos que oferecemos produtos de qualidade, uma variedade inigualável e um serviço distinto. Claro que estamos atentos às nacionalidades que se têm vindo a destacar em termos de ocupação no Algarve e temos tentado responder às necessidades específicas das mesmas. Por exemplo, com o aumento do público americano temos vindo a notar um aumento da procura de produtos consumidos pelo mesmo, especialmente em alturas como o Thanksgiving, que já fez com que adaptássemos o fornecimento de perus para essa altura do ano.

Os clientes do Apolónia são conhecidos por sugerir produtos que gostariam de ver nas lojas. Como é que a empresa integra este feedback no processo de seleção e introdução de novos produtos?
Faz naturalmente parte da nossa estratégia. Talvez já tenham ouvido o lema do nosso fundador, o Sr. Avelino Apolónia, “Se não temos hoje, arranjamos para amanhã.”, e essa tem sido a base de resposta a esses pedidos. Sempre que algum cliente nos pede um produto em específico, avaliamos a viabilidade de comercializarmos o mesmo e só não o fazemos se não for possível.


O Apolónia trabalha com produtores locais para oferecer produtos frescos e regionais nas suas lojas? Considera que esta parceria é importante para reforçar a identidade da marca e responder às expectativas dos consumidores que procuram produtos de origem local?

A nossa vasta gama de produtos inclui, naturalmente, produtos locais e regionais. Sempre que possível, priorizamos a comercialização destes produtos, até porque tem sido uma tendência na procura.

Iniciativas como a Feira do Vinho e Queijo Apolónia são importantes? Qual o objetivo e qual o balanço que fazem?
Essas iniciativas são o que dá dinamismo às nossas lojas e promovem a nossa variedade de produtos, pelo que são naturalmente importantes. Não só porque nos ajudam a divulgar produtos de qualidade muitas vezes desconhecidos do público, como nos permitem mostrar a ampla variedade de referências que temos nas diferentes secções e categorias. O balanço é positivo, sobretudo nesta última Feira do Vinho e Queijo, em que promovemos a harmonização de dois produtos em que somos especialistas e que temos uma variedade inigualável no país. Houve uma boa adesão, os clientes gostaram e recebemos vários elogios pela iniciativa.

O Apolónia investe significativamente no atendimento ao cliente? Que tipo de formação recebem os colaboradores para assegurar esta experiência de topo? É diferenciador no contato com o cliente?
O atendimento ao cliente é uma das nossas prioridades, pelo que tentamos garantir que a nossa equipa está sempre ao nível que os nossos clientes estão habituados. Todos os colaboradores, assim que integram a equipa, na Formação de Acolhimento têm um módulo dedicado só ao atendimento ao cliente, onde aprendem a nossa filosofia de atendimento, os procedimentos gerais de atendimento e os procedimentos específicos. E sim, estamos certos de que somos diferenciadores no contacto com os nossos clientes. Quantos supermercados conhece em que existem colaboradores dedicados a ajudar os clientes a ensacar as compras e a levá-las ao carro? Ou que acompanham os clientes para aconselhar determinados produtos sempre que solicitado? Podia dar diversos exemplos de como o nosso contacto com o cliente é diferenciado e distinto. Não só porque estamos sempre disponíveis, mas porque sabemos aconselhar os nossos clientes, somos atenciosos e nunca descuramos o profissionalismo que nos caracteriza.

A aposta no mercado online é cada vez mais relevante no setor de retalho. O Apolónia tem planos para desenvolver as vendas online? Como é que trabalham a integração desta oferta na experiência de compra dos clientes?
Já há vários anos que temos loja online e que fazemos entregas em toda a região do Algarve. Recentemente, disponibilizámos as entregas em todos o país através da nossa loja online, de produtos não frescos, apesar de já o fazermos por pedido direto (por telefone ou email) desde sempre. Esta aposta faz parte do crescimento natural da marca, mas também da procura que existe pelos nossos produtos. Estamos naturalmente a trabalhar no desenvolvimento das vendas online e o próximo passo será encontrar uma alternativa para a entrega de produtos frescos em todo o país, garantindo a mesma qualidade que é possível encontrar nas nossas lojas físicas. A importância do desenvolvimento desta área de negócio está diretamente ligada à satisfação dos nossos clientes, pois enquanto não abrimos fisicamente fora do Algarve, esta é a forma que temos de fazer chegar os nossos produtos a todos os nossos clientes espalhados pelo país.

A sustentabilidade e a responsabilidade social são temas de grande importância para os consumidores. Que iniciativas tem o Apolónia em curso para garantir práticas sustentáveis e contribuir para a comunidade local?
Ao longo do ano, colaboramos com várias iniciativas de cariz social de instituições e grupos pertencentes às áreas envolventes das nossas 3 lojas físicas (Almancil, Galé e Lagoa). Somos uma empresa algarvia e consideramos importante contribuirmos para as diferentes causas e necessidades existentes na comunidade. Contribuímos essencialmente com a doação de bens ou cabazes alimentares, quer seja para iniciativas de apoio humanitário, animal, ou desportivo, pois é a melhor forma que temos de ajudar.
No que diz respeito à sustentabilidade, também temos várias iniciativas em curso nesse sentido: todos os dias combatemos o desperdício alimentar ao doarmos excedentes alimentares para instituições como a Refood ou o Banco Alimentar; temos painéis fotovoltaicos nas três lojas, que desde que foram instalados já nos permitiram evitar a emissão de 1360 toneladas de co2, o equivalente a 1860 árvores plantadas; estamos empenhados na promoção de uma mobilidade mais sustentável, com o alargamento do serviço de carregamento de veículos elétricos nas nossas lojas. Atualmente já estão disponíveis em Almancil e Lagoa, e até ao final do ano o serviço ficará também disponível na loja da Galé e temos disponíveis depósitos próprios para que os clientes possam depositar pilhas usadas, lâmpadas ou pequenos equipamentos elétricos.
Temos colaborado sempre com a APED na divulgação de campanhas de sensibilização com vista à promoção da cidadania ambiental e um consumo consciente, como foi o caso da campanha dos Resíduos Equipamentos Elétricos, que teve o intuito de mobilizar os cidadãos para a entrega destes equipamentos nos canais certos de forma a garantir a sua reciclagem; da campanha Datas Validade, para ajudar o consumidor a interpretar e distinguir as diferentes indicações e rentabilizar o consumo dos alimentos para evitar o desperdício; ou a campanha Plásticos, com foco no descarte adequado do plástico e o uso de alternativas reutilizáveis.

Qual é a sua visão para o futuro do Grupo Apolónia em Portugal? Onde vê o Grupo, por exemplo, daqui a cinco anos?
Vejo o Grupo Apolónia como uma empresa bem consolidada no mercado, mesmo estando fisicamente presente apenas no Algarve, pelo que o futuro só pode ser próspero. Tenho consciência de que o retalho alimentar é um mercado altamente competitivo, mas também sei que estamos à altura dos desafios que se avizinham, graças ao compromisso e dedicação da nossa equipa. Cinco anos é tempo suficiente para expandirmos a nossa presença de forma sustentável, com pelo menos mais uma ou duas lojas, e podemos alcançar o crescimento não só através das lojas físicas, mas também do fortalecimento das nossas plataformas digitais, oferecendo aos nossos clientes uma experiência omnicanal cada vez mais fluida. Se mantivermos a nossa essência, com foco no cliente e nos mantivermos atentos às suas necessidades e expectativas, o futuro só pode ser promissor.

Entrevista publicada na edição 427 do Hipersuper

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Bebidas

Adega do Cartaxo lança Tejo para homenagear a região

Adega do Cartaxo Tejo Fernão Pires branco 2022 e Adega do Cartaxo Tejo Castelão tinto 2023 são as novidades da Adega do Cartaxo.

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A Adega do Cartaxo estreia uma marca com o Tejo em destaque nos rótulos de um branco de Fernão Pires e de um tinto de Castelão. Do Tejo, nascem dois vinhos com perfis bastante diferentes do que a Adega do Cartaxo e o enólogo Pedro Gil tem criado: um branco com maceração pelicular, feita a frio, e um tinto com pouca extração e perfil assumidamente glu glu.

“A Adega do Cartaxo é um dos maiores players da região dos Vinhos do Tejo, assumindo, de forma honrada e comprometida, o seu papel socioeconómico. Raro – ou até único no país –, aposta na certificação da totalidade dos vinhos que produz, ultrapassando a barreira dos 10 milhões de litros. Assim, todos os vinhos envergam selos de garantia de qualidade e origem Tejo – Denominação de Origem (DO) ou Indicação Geográfica Protegida (IG) – no (contra)rótulo. Esta nova marca é mais um passo no compromisso com a região, homenageando o terroir e o rio que a atravessa. Da autoria do designer Renato Costa, do Bisarro Studio, os vinhos Adega do Cartaxo TEJO têm uma imagem clean e desprovida de elementos gráficos, mas marcante, com destaque dado ao Tejo e aos gradientes de cores com que nos brinda ao longo do dia.”, afirma Fausto Silva, diretor comercial da Adega, em comunicado.

Tal como no Douro, o rio Tejo teve um papel muito importante para os vinhos da região. Os vinhos produzidos no Cartaxo eram encaminhados para o rio Tejo, em Valada, de onde partiam nos barcos varinos, até Lisboa e de lá para as ex-colónias. Durante muito tempo, a capital foi alimentada com produtos e vinhos do Cartaxo, algo que a Adega acalenta voltar a ver ‘realizado’. Ter um Tejo à mesa deverá ser um privilégio, sublinha em comunicado.

 

 

 

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Retalho

Tiendanimal inaugura loja no Real Retail Park em Matosinhos

O Departamento de Retalho da Savills foi responsável pela colocação desta nova loja, que se situa no Real Retail Park, numa zona em fase acelerada de reabilitação urbana e que tem apresentado grande dinâmica com a abertura recente de vários supermercados e lojas, bem como com a instalação de escritórios de várias empresas.

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A nova loja da Tiendanimal, com cerca de 850 m², no Real Retail Park em Matosinhos, é a segunda loja da marca em Matosinhos e a décima na zona norte do país. A consultora atuou em representação da Monteiro & Monteiro,  proprietário deste espaço comercial.

O Departamento de Retalho da Savills foi responsável pela colocação desta nova loja, que se situa no Real Retail Park, numa zona em fase acelerada de reabilitação urbana e que tem apresentado grande dinâmica com a abertura recente de vários supermercados e lojas, bem como com a instalação de escritórios de muitas empresas.

A Savills tem apoiado a estratégia de crescimento do grupo Iskaypet em Portugal, nomeadamente com a abertura de uma loja Kiwoko em 2023, no Liz Shopping em Leiria, com cerca de 1200m2 e agora com a abertura deste novo espaço da Tiendanimal em Matosinhos.

“Estamos entusiasmados com a nova abertura em Matosinhos, que nos permitirá oferecer a todos os visitantes um espaço moderno e repleto de produtos para o cuidado e bem-estar de todos os animais.”, referem os responsáveis da Tiendanimal, em comunciado.

“Estamos muito satisfeitos por acompanhar o grupo  Grupo Iskaypet no plano de expansão das suas insignias em Portugal. Esta nova abertura da Tiendanimal em Matosinhos, numa área de rápido crescimento e grande dinâmica, permitirá à marca continuar a expandir a sua base e chegar a novos clientes. É um prazer acompanhar o crescimento das marcas deste grupo, referência no seu setor. Esta operação e outras que o Departamento de Retalho da Savills tem vindo a desenvolver na região têm contribuído para o aumento do dinamismo de diversas zonas, com a colocação de diversas marcas de renome.”, sublinha Rita Vasconcelos, senior consultant da Savills.

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ESG

Campanha solidária “Reciclar Alimenta” da Tetra Pak de regresso

Nova edição da iniciativa “Reciclar Alimenta” da Tetra Pak apela à solidariedade dos portugueses para apoiar mais de 550 crianças e simultaneamente contribuir para o aumento das taxas de reciclagem das embalagens de cartão para bebidas no ecoponto amarelo.

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Pelo terceiro ano consecutivo, a Tetra Pak lidera a ação “Reciclar Alimenta”, uma iniciativa de incentivo à reciclagem em Portugal, que vai apoiar mais de 550 crianças das Aldeias de Crianças SOS. Durante todo o mês de novembro, por cada 100 toneladas de embalagens de cartão para bebidas (ECAL) recicladas no ecoponto amarelo, serão doadas 2 000 refeições às Aldeias de Crianças SOS, uma organização de Cuidados Alternativos e Fortalecimento Familiar.

“A ideia subjacente é simples. Quanto mais reciclar, mais está a ajudar, tendo em conta que a participação dos portugueses é convertida em refeições para serem doadas às Aldeias de Crianças SOS. Ao longo das últimas edições da ação ‘Reciclar Alimenta’, a Tetra Pak tem contribuído para aumentar os números da reciclagem de embalagens de cartão para bebidas no ecoponto amarelo, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Estamos convictos de que a população portuguesa vai voltar a responder em grande escala a este apelo, podendo fazer uma enorme diferença na vida destas crianças e simultaneamente contribuir para um futuro mais sustentável”, sublinha Ingrid Falcão, responsável de sustentabilidade da Tetra Pak Iberia, explica:

“A parceria com a Tetra Pak é fundamental para assegurar refeições diárias às centenas de crianças e jovens que apoiamos,
General atendendo uma das nossas necessidades mais urgentes: a alimentação. Esta colaboração vai além de uma relação corporativa – representa um compromisso de responsabilidade social que exemplifica o impacto positivo que empresas podem ter em Portugal. Graças a esta parceria, podemos reforçar a nossa missão de garantir que cada criança sob os nossos cuidados tenha a nutrição necessária para crescer de forma saudável. Por outro lado, esta parceria com a Tetra Pak permite-nos redirecionar recursos antes dedicados à alimentação, ampliando assim o nosso apoio em outras áreas essenciais, como a saúde, educação e o desporto.”, acresenta Emerson Marques, coordenador de digital, marca e comunicação das Aldeias de Crianças SOS.

A ação “Reciclar Alimenta” está inserida na campanha ”Escolha Natureza. Escolha Cartão. Escolha o seu futuro” e faz parte da estratégia de circularidade da Tetra Pak em Portugal.

Segundo a Tetra Pak, no ano passado, a solidariedade dos portugueses garantiu 112 mil refeições à Refood, e em 2022, o parceiro escolhido da iniciativa “Reciclar Alimenta” foi a Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, que recebeu 35.000 litros de leite.

 

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Alimentar

Produção nacional de azeite poderá chegar às 180 mil toneladas

A Olivum – Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal estima que possa ser alcançada, na próxima campanha, a “segunda maior produção de azeite de sempre”.

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A campanha oleícola 2024-2025 arrancou no início de outubro e a Olivum antecipa, num comunicado, que a produção nacional deverá atingir este ano entre as 170 mil e as 180 mil toneladas de azeite.

A estimativa da Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal é a de que se registe “um aumento de 10 a 15% em relação ao ano anterior”, quando foram produzidas 150 mil toneladas de azeite, o que significa que venha a ser alcançada “a segunda maior produção de azeite de sempre”.

Os lagares associados da Olivum antecipam “conseguir cerca de 830 milhões de quilos de azeitona, que poderão originar cerca de 125 mil toneladas de azeite”. Este valor avançado pelo associados representa um aumento de cerca de 12% e “consolida a relevância destes lagares para o setor em Portugal”, destaca a Associação.

“Estamos muito satisfeitos com as previsões para a campanha do azeite 2024-2025, que antecipam um incremento na produção a nível nacional”, assume a diretora-executiva da Olivum.

Susana Sassetti diz que esta evolução “é o reflexo das novas plantações de olival, mas também do compromisso” dos associados, e do setor como um todo, “em adotar práticas inovadoras e sustentáveis que permitem garantir não só a quantidade, mas também a qualidade que já é característica do azeite produzido em Portugal, posicionando cada vez mais o nosso país como um dos maiores produtores no mercado global de azeite”.

O aumento esperado na produção de azeite nesta campanha resulta da entrada em produção de novos olivais em sebe e, também, por ser um ano favorável para o olival, com condições climatéricas mais estáveis e com menos fenómenos extremos, conclui a Associação no comunicado.

A OLIVUM é atualmente a maior associação de olivicultores e lagares do país, com 49 mil hectares de olival, 130 grupos associados, mais de 300 explorações e 18 lagares.

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