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Vender mais e perder menos, por David Pérez del Pino (Checkpoint)

Por a 17 de Dezembro de 2015 as 12:57
David Pérez é o novo diretor da Checkpoint

David Pérez é o novo diretor da Checkpoint

Por David Pérez del Pino, Diretor Geral da Checkpoint Systems em Espanha e Portugal

Há cerca de 20 anos a utilização dos sistemas EAS [etiquetas eletrónicas] por parte dos retalhistas não era, de todo, o que se verifica nos tempos que correm. Com apenas alguns retalhistas a recorrerem a este serviço de prevenção de perda, as antenas eram equipamentos que ocupavam uma enorme parte da frente de loja, eram caracterizadas por não poderem detetar artigos corretamente – atingindo apenas cerca de metade dos mesmos numa loja – ao mesmo tempo que se encaravam apenas como um conjunto de antenas e etiquetas que atuavam em conjunto como alarmes de potenciais furtos.

Duas décadas volvidas, os sistemas EAS evoluíram de uma forma premente, dando cada vez mais informação aos retalhistas, contribuindo para um incremento nas vendas e diminuição das perdas. É um investimento de prevenção de perda desconhecida que se complementa, por exemplo, com os avanços em RFID [Identificação por radiofrequência] e que contribuem para prover os retalhistas de informação que de outra maneira não seria tão fácil recolher. Informação de hábitos de consumo dos clientes, de horários de afluência, de gestão de inventário, de localização de artigos, entre outras, que ajudam os retalhistas a dar mais rapidamente resposta às necessidades dos seus consumidores.

Ou seja, ao ser possível compreender os hábitos de consumo dos clientes, que são dados fornecidos por algumas das funcionalidades das antenas EAS, os retalhistas podem trabalhar em conjunto com as equipas de marketing e desenvolver campanhas mais direcionadas em loja e, até, através de aplicações para clientes habituais. Outra mais-valia, é saber exatamente em que secção da loja está determinado artigo – isto permite compreender se o mesmo está a ser alvo de furto, mas também ajuda os colaboradores a prestarem um melhor serviço de fornecimento ao cliente que procura aquele artigo especificamente.

Isto é, as aplicações de EAS vão além da prevenção da perda e dos alarmes. Ajudado pelo simples ato de eficiência dos colaboradores na hora de colocar as etiquetas nos artigos e retirá-los no momento adequado, estes sistemas combinam o contributo tecnológico dos provedores – que trabalham em conjunto com os retalhistas para desenvolver mais e melhores ferramentas –, com a envolvência dos colaboradores nas lojas, e a multidisciplinaridade da estrutura da empresa (combinando equipas de prevenção de perda com gestão em loja, marketing, entre outros), com o intuito de melhorar a experiência de compra do cliente, fidelizar os clientes e, como consequência, aumentar o consumo.
De um modo geral, é vender mais e perder menos, tomando decisões informadas e inteligentes para ganhar tempo nos processos e aumentar as vendas, sendo parte fundamental desta ação os sistemas EAS, atualmente bem mais do que um conjunto de antenas que disparam alarmes se um determinado artigo estiver a passar por estas inadvertidamente.

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