Furto no retalho cai em Portugal em 2015, por David Pérez del Pino (Checkpoint)
Os comerciantes portugueses fazem, na sua maioria, contagens de inventários trimestralmente (45%), mas são cada vez mais sensíveis às potencialidades das novas tecnologias RFID para gestão de stocks, que se tornam fundamentais para o recurso generalizado ao ‘omnichannel’
Rita Gonçalves
Produção nacional de azeite poderá chegar às 180 mil toneladas
STEF com volume de negócios de 1.217 milhões de euros no 3º trimestre
Nova Red Bull Winter Edition acaba de chegar ao mercado português
Grupo Iskaypet expande presença em Portugal com a aquisição de sete lojas da cadeia PetOutlet
Grupo Bacalhôa apresenta edição exclusiva de Aguardente XO 50 Anos
FNAC abre nova loja em Castelo Branco
Sogrape lança o Série Ímpar Palhete
Inflação volta a acelerar
ID Logistics registou 827,3 milhões de euros de receitas no 3º trimestre
Já são conhecidos os 459 projetos vencedores do Programa Bairro Feliz do Pingo Doce
David Pérez del Pino
Diretor Geral da Checkpoint Systems em Portugal e Espanha
Com a contínua crise económica e financeira que se faz sentir em todo o mundo, e que em Portugal se está infelizmente a encontrar com alguma instabilidade política, o sector do retalho enfrenta algumas dificuldades, já seja por algum decréscimo em venda seja pelo potencial aumento na perda desconhecida.
Em contra ciclo com esta situação, a verdade é que a nível mundial a perda desconhecida representa, e de acordo com o mais recente Barómetro Global do Furto 2014-2015, 1,23%. Esta é uma tendência também observada em Portugal, que coloca o país no ranking dos seis países a nível mundial com menor índice de furto, representando 301 milhões de euros em vendas, isto é, 127 euros por família ao ano.
De um modo geral, esta é uma situação animadora para os retalhistas portugueses, que conseguem ver as suas perdas reduzidas, mas não se constitui apenas por uma mudança de comportamentos, mas sim pelo incremento das tecnologias de prevenção de perda que, acompanhadas das melhorias significativas constantes, contribuem para esta tendência.
O custo em prevenção de perda em Portugal corresponde a 1,63% das vendas, ou seja, 671 milhões de euros. Para combater esta realidade, os retalhistas nacionais investem essencialmente em sistemas CCTV, etiquetas e antenas EAS e, também e cada vez mais, em etiquetagem em origem e RFID. Na verdade, RFID e a gestão de inventário são as principais prioridades dos retalhistas de um modo geral.
Os comerciantes portugueses fazem, na sua maioria, contagens de inventários trimestralmente (45%), mas são cada vez mais sensíveis às potencialidades das novas tecnologias RFID para gestão de stocks, que se tornam fundamentais para o recurso generalizado ao ‘omnichannel’, e também para um claro aumento das vendas – uma boa gestão de stock é fator essencial ao sucesso das vendas e à uma excelente experiência de compra por parte do cliente.
Os resultados desta edição do Barómetro Global do Furto, do “The Smart Cube”, alcançaram-se com inquéritos a retalhistas de 24 países de todo o mundo, concluindo ainda que, no que à Europa diz respeito, os artigos com maior índice de furto continuam a ser essencialmente smartphones, tablets, acessórios de telemóveis, lâminas de barbear, sapatos e acessórios de moda, bebidas alcoólicas e carnes frescas – todos estes por serem fáceis de ocultar, e ao mesmo tempo que possuem um potencial de revenda bastante elevado e rápido.
Este relatório, além de nos providenciar uma perspetiva clara da tendência mundial, é também um ponto de partida para nós, provedores de soluções de prevenção de perda e visibilidade de mercadoria, na hora de sentar e conversar com os retalhistas, ouvindo as suas necessidades e procurando mais e melhores soluções para as suas questões – contribuindo de maneira clara para a diminuição dos valores do furto, ao mesmo tempo que procuramos formas de aumentar o sucesso de vendas dos retalhistas.