IBM cria nova unidade de consultoria: ‘Cognitive Business Solution’
A IBM anunciou a criação da uma unidade de consultoria, dedicada a ajudar as empresas a transformarem o seu negócio com base em um modelo ‘cognitivo’. A nova unidade, designada Cognitive Business Solution, utiliza tecnologia exclusiva da multinacional e tira partido da experiência e liderança da Companhia em analítica de negócio
Ana Catarina Monteiro
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A IBM anunciou a criação da uma unidade de consultoria, dedicada a ajudar as empresas a transformarem o seu negócio com base em um modelo ‘cognitivo’. A nova unidade, designada ‘Cognitive Business Solution‘, utiliza tecnologia exclusiva da multinacional e tira partido da experiência e liderança da Companhia em analítica de negócio.
A nova divisão da empresa de tecnologia vai incorporar mais de 2 000 profissionais de consultoria especializados em áreas como analítica avançada, ciência dos dados e ‘machine learning’, que irão colaborar com especialistas de cada indústria por forma a levar as melhores práticas aos clientes.
A computação cognitiva representa um novo modelo de computação que inclui uma série de inovações em analítica, processamento de linguagem natural e ‘machine learning’. A IDC (International Data Corporation ) prevê que, até 2018, mais de metade dos consumidores irão interagir regularmente com serviços baseados em tecnologia cognitiva.
“A nossa experiência com clientes de vários setores indica que a computação cognitiva é o caminho para as próximas grandes oportunidades de negócio”, sublinha Bridget van Kralingen, vice-presidente sénior IBM Global Business Services. “Os clientes recolhem e analisam mais dados hoje do que nunca, mas 80% de todos os dados disponíveis – imagens, voz, literatura, fórmulas químicas, interações sociais – continuam fora do alcance dos sistemas de computação tradicionais. Estamos a elevar-nos a um nível de especialização sem precedentes por forma a ultrapassar essa barreira e ajudar os nossos clientes, sejam bancos, retalhistas, fabricantes de automóveis, seguradoras ou prestadores de cuidados de saúde, a tornarem-se empresas cognitivas.”
Um estudo com mais de 5 000 executivos de todo o mundo, que será lançado em breve pelo Instituto for Business Value (IBV) da IBM, reforça que as empresas com melhor desempenho estão a olhar para as capacidades cognitivas como uma prioridade.
“No Retalho, 60% dos executivos não acreditam que a sua empresa esteja suficientemente capacitada para oferecer o nível de experiência que o cliente está à procura, e 95% dizem que vão investir em soluções cognitivas nos próximos cinco anos”.
Em todos os setores os executivos entrevistados pelo IBV referem a escassez de capacidades e de conhecimentos técnicos como as principais barreiras para a adoção de soluções cognitivas – superando as preocupações com a segurança, a privacidade ou a maturidade da tecnologia.
Vários setores já estão a avançar nesta nova era cognitiva. A multinacional está a colaborar com organizações de saúde em todo o mundo por forma a aplicar a tecnologia à área da genómica na luta contra o cancro, acelerando a análise de ADN para opções de tratamento personalizado.
Nos serviços financeiros, está a trabalhar com alguns clientes onde estão a ser implementadas soluções cognitivas para gerir o risco financeiro de forma mais eficiente e eficaz e oferecer opções de orientação e de investimento personalizadas.
Por último, na educação a tecnologia cognitiva está a ser usada para personalizar a formação académica e melhorar os currículos escolares para alunos e professores.
Desde o ano passado que a IBM tem vindo a estabelecer parcerias estratégicas com a Apple, Twitter, The Weather Channel e Facebook, todas elas destinadas a extrair mais conhecimento e novas fontes de dados.