Inovação. “Cada produto deve ter uma missão na vida do consumidor”
“Há que desenvolver inovação que se centre numa única necessidade. Cada produto deve ter uma missão na vida do consumidor”, aconselha um estudo da Nielsen que procurou fazer um retrato da inovação na indústria de grande consumo
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Rita Gonçalves
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Os consumidores valorizam hoje produtos e serviços práticos e cómodos, que funcionem como elementos facilitadores do quotidiano e consigam dar resposta às suas verdadeiras necessidades.
A consultora Nielsen fez um estudo em Espanha, para assinalar o 50º aniversário, que procura fazer um retrato da inovação na indústria de grande consumo, os bens que consumimos todos ou praticamente todos os dias.
Produtos pequenos, práticos e eficazes, assim pede o consumidor moderno ao retalho e à indústria. Se antes os fabricantes vendiam produtos que procuravam satisfazer o bem-estar do indivíduo de uma forma generalizada e limitando-se a cobrir necessidades muito básicas e comuns, atualmente a procura pelo bem-estar é mais individualizada: há que identificar as necessidades particulares de cada consumidor e as frustrações que desenvolve com os produtos que habitualmente consome, lembra a consultora.
Um produto, uma missão
Nos últimos 50 anos, a oferta destes produtos multiplicou-se nas prateleiras mas nem todos vingaram. Não basta aumentar a oferta em loja e alargar gamas de produtos, o ‘shopper’ só levará para casa algo que considerar que vale mesmo a pena, sublinha a consultora. É cada vez mais difícil saltar para a cesta de compra, o consumidor espera certificar-se dos benefícios do produto antes mesmo de decidir a sua compra.
Depois, se decidir comprar, qual é a probabilidade de repetir a compra, numa altura em que as expetativas elevadas dificultam a principal tarefa das marcas: surpreender o consumidor?. Se corresponder às suas expetativas a possibilidade de compra aumenta. Metade dos consumidores está disposto até a mudar de marca.
“A inovação no grande consumo desempenha um papel fundamental no desenvolvimento da economia do bem-estar”, assinala Ana Barrio, diretora de Inovação da Nielsen Iberia, citada na infoRetail. “Há que desenvolver inovação que se centre numa única necessidade. Cada produto deve ter uma missão na vida do consumidor”.