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O que a tecnologia ‘big data’ pode fazer por uma cidade

Por a 25 de Agosto de 2015 as 13:43

StratumseindChama-se “Stratumseind” e é uma das rua mais badaladas da cidade de Eindhoven, com mais de 50 pubs e clubes noturnos que recebem cerca de 20 mil visitantes todos os fins de semana. Uma verdadeira dor de cabeça para as autoridades holandesas.

“Controlar, mantendo segura” esta e outras ruas desta cidade é o objetivo do consórcio de entidades, liderado pela especialista em serviços digitais Atos, que está a desenvolver uma “solução inovadora” que visa aumentar a segurança nas ruas da cidade de Eindhoven, através da utilização da tecnologia “Big Data”.

O projeto piloto “CityPulse”, desenvolvido em parceria entre o Instituto de Proteção e Segurança Holandês (DITSS) e a Intel, utiliza os “espaços públicos para o desenvolvimento de ideias novas”. “O CityPulse está a ajudar-nos a tornar a rua Stratumseind num local mais seguro e divertido para todas as pessoas”, explica Bianca van Kaathoven, vice-presidente da cidade de Eindhoven.

‘big data’ com “privacidade”

O projeto que combina análises de dados recolhidos e tratados graças às tecnologias de ‘big data’, em tempo real e com “garantia de privacidade”, fornece “dados aos cientistas para trabalharem determinados indicadores, criando padrões inteligentes”. Posteriormente, informam as autoridades, “para que estas possam tomar decisões e desencadear ações específicas”. Além de “analisar dados de vídeo e som, através de câmaras e microfones de vigilância, as redes sociais também são utilizadas como fontes para criar uma imagem completa do cenário. Estas soluções vão ajudar as autoridades a dar resposta a situações desagradáveis e evitar o aumento das mesmas”.

Albert Seubers, responsável de Estratégia Global & Business Development SmartCity na Atos, sublinha que a ideia de utilizar o “Big Data Analytics” em dados provenientes de diversas fontes poderá ser alargada a muitas outras áreas – por exemplo, dar o alerta aos cidadãos quando os níveis de poluição superam  determinado valor ou automaticamente redirecionar o trânsito quando os parâmetros de estacionamento e de congestionamento são atingidos. Não há limites para esta solução, nem para o que esta poderá fazer por uma cidade”.

Como funciona o CityPulse

  • Os dados são recolhidos a partir de três fontes diferentes: vídeo, áudio e social media. Combina-se a informação “local” com indicadores obtidos online, de forma a criar uma imagem real da rua ou local. Esta análise ajuda as autoridades na prevenção e resposta a problemas, bem como na diminuição do nível de perigo de cada incidente.
  • As cinco entradas para a rua pedonal estão equipadas com câmaras e microfones, que passam a informação em tempo real ao comando da polícia e centro de controlo na cidade;
  • O Big Data Analytics assegura que qualquer anomalia ao que é considerado um padrão de dados “normal” pode ser cruzada com as outras fontes de dados. São utilizados os mais modernos equipamentos, nomeadamente, sistema de som 3D, sensores e tecnologia em câmaras;
  • O respeito pela privacidade é garantido, uma vez que nos vídeos recolhidos as caras aparecem desfocadas, o que exclui de imediato o reconhecimento individual ou facial das pessoas;
  • O recurso à tecnologia da Intel possibilita que se possam recolher dados de uma enorme variedade de fontes sem a necessidade de sensores específicos;
  • Os cientistas de dados criam padrões inteligentes a partir da informação obtida, para que possam informar as autoridades a despoletar ações específicas;
  • Assim que as fontes de dados confirmam um incidente, o painel do CityPulse avisa os técnicos na sala de controlo, permitindo-lhes tomar decisões sustentadas em qualquer ação que possa ser iniciada, por exemplo, ajuste nos níveis de luz da rua, ou mesmo aumentar o número de polícias durante uma patrulha

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