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Indústria portuguesa de bicicletas cresce 10% por ano

Por a 10 de Agosto de 2015 as 16:01

image001(3)Portugal chegou ao pódio europeu da produção de bicicletas, com Alemanha e Itália à frente. A produção no setor está a crescer em média 10% por ano desde 2011.

Em 2014, foram produzidas mais de 1,6 milhões de unidades e as exportações nacionais chegarem aos 315 milhões de euros, a partir dos cerca de 247 milhões de euros registados no ano transato. O crescimento coloca o País em terceiro lugar no ‘ranking’ de produtores europeus.

A ABIMOTA – Associação Nacional dos Industriais de Bicicletas, Ciclomotores, Motociclos e Acessórios, estima um crescimento a ordem dos 10%, mantendo a média anual, no final de 2015.

“O setor nunca deixou de funcionar em Portugal, ao contrário do que aconteceu em vários outros países da Europa. O País dispõe de um ‘cluster’ organizado com um grande número de produtores de componentes para bicicletas que, além de uma capacidade de resposta flexível e de qualidade, integra ainda capacidade industrial para novas necessidades e tendências do mercado, nomeadamente o uso de fibra de carbono, microtecnologias, ferramentas, mobilidade elétrica e Tecnologias de Informação”, explica Paulo Rodrigues, secretário-geral da ABIMOTA.

Assistindo ao desenvolvimento da produção nacional, a entidade que representa a indústria portuguesa de bicicletas leva a cabo o projeto Portugal Bike Value, com o objetivo de alargar a fronteira tecnológica das empresas envolvidas, promovê-las internacionalmente e captar investimento direto estrangeiro.

A iniciativa, que agrega 37 empresas portuguesas, conta com o apoio das autoridades públicas no que diz respeito a impostos e procedimentos para a instalação de empresas estrangeiras. Para colocar em prática o projeto, a associação representante da indústria de bicicletas apresentou recentemente candidatura a fundos da estratégia Portugal 2020, no valor de cerca de 4,2 milhões de euros.

“Desde o lançamento do projeto, o número de propostas de investimento internacional de países como Espanha, Canadá, Taiwan, China e EUA aumentou. As abordagens visam essencialmente recolher informações sobre competências dos potenciais fornecedores, condições para arrendar ou construir novas instalações em Portugal, legislação, entre outras”, explica o secretário-geral.

Até ao momento foram conseguidos três novos investimentos, um espanhol e dois nacionais, que totalizaram os “35 milhões de euros”, os quais sugerem a criação de “400 empregos diretos”.

A espanhola Orbea encerrou a sua fábrica localizada na Ásia e ampliou a operação em Portugal, a partir das instalações em Oliveira do Bairro. Entre as produtoras portuguesas, a RTE aumentou a sua unidade em Vila Nova de Gaia e as empresas Rodi, Miranda e Irmão e Ciclo Fapril uniram-se para criar a Triangles e produzir quadros em alumínio para bicicletas. A construção da nova empresa deve arrancar no próximo mês em Águeda

Se a proposta de valor se materializar em projetos concretos serão criados “entre 750 a 800 novos empregos diretos”, estima o responsável, que acredita ser possível “duplicar o valor das exportações em 2018 relativamente a 2011, para os 450 milhões de euros”. Em 2011, o valor das exportações ascendeu aos 226 milhões de euros e Portugal ocupava o quinto lugar no ‘ranking’ dos produtores europeus.

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