Brainstorm. Como contornar o ‘zapping’ nos intervalos dos programas televisivos?
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Pergunta do leitor Paulo Silva
A proliferação de canais de televisão reduz cada vez mais o impacto da publicidade tradicional. O público faz ‘zapping’ nos intervalos dos programas e, por isso, os ‘shares’ de audiência de publicidade são muito diferentes daqueles que são calculados para os programas. Como é que as marcas estão a reagir a este facto?
Resposta de Paula Mota, Diretora de Media da Opal Publicidade (ver imagem)
Na realidade, o ‘share’ de audiência dos blocos publicitários é, habitualmente, inferior ao dos programas.
A tendência, quase generalizada, que o telespetador tem para fazer ‘zapping’ deve-se, em primeiro lugar, à duração – em média de cerca de 14 minutos – dos blocos publicitários que passam nos canais de televisão privados (SIC e TVI) e, de cerca de 8 minutos, na RTP1. Em segundo lugar, a possibilidade de gravação de programas também contribuiu para esta questão.
Para tentar ultrapassar este efeito, os anunciantes estão, cada vez mais, a optar por comprar blocos exclusivos (exibidos dentro dos programas), ‘spots’ isolados (no inicio ou fim do bloco publicitário) ou localizados (nas três primeiras ou duas últimas posições).
Para uma maior eficácia, a compra de ‘softsponsoring’ dentro das novelas permite a integração/demonstração do produto de uma forma natural.
O patrocínio de programas é também uma opção viável para aumentar a notoriedade das marcas, através da localização de cartões de 5” e de spots no início e fim dos blocos publicitários.