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Inovação no retalho: a loja ubíqua  

Por a 16 de Junho de 2015 as 12:41

painel 4No Retail Meeting 2015, o último painel da Conferência do HIPERSUPER foi dedicado à competitividade, no contexto atual de mercado e futuramente. Paulo Magalhães, CEO da Tlantic, Nuno Ribeiro, country manager da Fabernovel Portugal, João Cabecinhas, diretor PT Empresas, e Mara Ferreira, retail sales lead da Microsoft, debateram as tendências sobre as práticas mais tecnologicamente avançadas para agilizar as operações no retalho. Uma conversa mediada por Pedro Durães, jornalista do Meios & Publicidade.

 

Banalização da tecnologia – dos smartphones à realidade virtual

 

Analisando os processos de introdução da tecnologia no retalho, o responsável da PT Empresas, João Cabecinhas, explica como “as tecnologias são mais úteis quando se banalizam e passam a ser utilizadas em termos individuais. Regra geral, surgem em espaços de utilização pública ou lojas porque são tecnologias pouco acessíveis e tem um efeito de curiosidade, mais nuns segmentos de público do que noutros. Numa segunda fase, verifica-se que essas tecnologias são incorporadas no consumo e as pessoas passam a fazer da sua utilização uma realidade quase normal. E aí sim, começam a ter de ser plenamente integradas no processo de planeamento das experiências de compra”.

Por sua vez, Mara Ferreira, da Microsoft, destaca a dinâmica do retalho especializado. “No retalho alimentar, a experiência e a tecnologia aplicam-se de forma diferente. Nas lojas de roupa e eletrónica, hoje em dia já se pode, por exemplo, utilizar tecnologias que fazem o reconhecimento da pessoa e, em vez de experimentar todas as peças, vejo como é que me fica. O mesmo exemplo para escolher maquilhagem. Esta tecnologia já existe, mas não em Portugal. Também os [óculos da Microsoft] Hololens vão trazer o potencial de podermos ver como é que pode ficar um determinado protótipo no qual estamos a trabalhar, vão deslocar-me para outra realidade, mas penso que não vão tirar as pessoas da loja física. Há coisas que vão querer continuar a experimentar. Vamos ter de complementar a experiência física com a virtual”.

Prevendo que a realidade virtual amadureça nos próximos anos, Nuno Ribeiro defende que, daqui a alguns anos, o desafio para os retalhistas será pensar de que forma é que podem aplicar esta nova realidade ao seu negócio. “Vamos cruzar a parte social, eu vou às compras com os meus amigos e experimento aquela roupa. Vai haver uma experiência social dentro da realidade virtual. E vai ser rápido. O desafio é adaptarem-se”. Uma outra transformação importante no retalho para o responsável da Fabernovel prende-se com a área dos beacons. “Ter emissores nas lojas, como o Continente já faz, proporciona uma experiência verdadeiramente diferente. Permitem comunicar através do ecrã que o consumidor usa no dia a dia, oferecendo uma promoção, por exemplo. Esta visão de que o consumidor é um elemento único, e não vários segmentos de consumidores, permite uma experiência personalizada”.

 

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