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Apple Pay chega ao Reino Unido em julho com vários obstáculos pela frente

Por a 11 de Junho de 2015 as 14:55

apple-payDesde o lançamento do Apple Pay no ano passado, menos de um quarto dos principais retalhistas dos Estados Unidos aceitam o serviço. Os especialistas dizem que falta versatilidade.

O sistema Apple Pay introduz no retalho a ideia revolucionária de pagamentos móveis, em que o cartão multibanco é substituído pelo telemóvel e a segurança não é assegurada através do código PIN, mas sim pela impressão digital do utilizador. No entanto, consumidores e especialistas no setor ainda questionam as suas vantagens, como dá conta o portal online Retail Systems, que recolheu opiniões de vários profissionais.

Nos Estados Unidos, país onde foi lançada em primeira instância, os retalhistas não aderiram à novidade da Apple tanto quanto era esperado, muito devido ao boicote por parte da Walmart que, em parceria com outras empresas, pretende lançar um sistema concorrente. Todas as envolvidas concordaram em não aderir ao sistema de pagamentos da Apple pelo menos até 2016. Segundo uma análise da Reuters citada pela fonte, menos de um quarto dos retalhistas que dominam o mercado norte-americano aceitam a solução, neste momento.

Preparando-se para entrar no próximo mês de julho no Reino Unido, o serviço já tem confirmada a aceitação em mais de 250 mil localizações e contará com suporte de várias entidades bancárias, como o Santander, por exemplo. Além de instalado nas 39 lojas da gigante de tecnologia no país europeu, insígnias como Liberty, Lidl, Marks & Spencer, McDonald’s UK, Starbucks e Subway já confirmaram a adesão ao serviço. Os transportes para a população de Londres também vão permitir este tipo de pagamento.

No entanto, “muitos retalhistas, sobretudo independentes”, não estão ainda convencidos com a tecnologia ‘contactless’. James Pepper, technical director at Vista Retail Support, considera que “a adesão de pagamentos ‘contactless’ por parte dos consumidores tem sido lenta. Por outro lado, os retalhistas estão a perder a paciência com os honorários das transações impostos pelos fornecedores, incluindo potencialmente a Apple”.

Na opinião do responsável, a empresa terá que tornar a solução “financialmente mais atrativa” para retalhistas, que resistem à emergente tecnologia de pagamentos e preferem “esperar até que exista uma única solução que acomode todos os principais sistemas aceites pelos consumidores”.

Por sua vez, Anthony Duffy, director of retail banking in UK & Ireland at Fujitsu, questiona a segurança dos pagamentos por meio da impressão digital. “Na Fujitsu, acreditamos que as tecnologias de reconhecimento do indivíduo através da íris oferecem atualmente uma melhor forma de proteção”.

Outro dos entraves é que as transações no país britânico, através do Apple Pay, são permitidas apenas para pagamentos de compras até 20 libras. “Apesar da intenção dos bancos de aumentarem a fasquia para as 30 libras, esta restrição vai definitivamente dificultar a difusão e integração da solução”, diz Deborah Baxley, principal, cards & payments at Capgemini Financial Services.

Porém, o maior desafio para a difusão dos pagamentos ‘contactless’ apontado ao retalho é a adesão dos consumidores. Maria Nottingham, executive vice president at Compass Plus, concluiu que “é claro que as atuais abordagens de pagamentos móveis carecem de versatilidade, comparativamente com os restantes métodos. Problema que precisa de ser resolvido”.

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