Moda e restauração dominam comércio de rua nas duas maiores cidades do País
“Os próximos anos deverão trazer às ruas de Lisboa e Porto mais marcas internacionais, com maior ênfase no Porto, onde os operadores de entrada recente em Portugal ainda não têm presença garantida”

Rita Gonçalves
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As ruas de Lisboa e Porto são cada vez mais um destino de compras de primeira escolha para residentes e turistas.
O mix comercial mais atrativo e diversificado em ambas as cidades atrai clientes e novos operadores. O peso da oferta internacional tem vindo a evoluir positivamente nos últimos anos, assim como a presença de cadeias nacionais.
Este é o retrato do comércio de rua em Portugal, elaborado pela Cushman & Wakefield, na 4ª. edição do ‘Business Briefing’.
“Os próximos anos deverão trazer às ruas de Lisboa e Porto mais marcas internacionais, com maior ênfase no Porto, onde os operadores de entrada recente em Portugal ainda não têm presença garantida”.
Lisboa
A capita encabeça a diversificação do mix comercial, contando com 60% da área ocupada por marcas internacionais ou cadeias nacionais, o peso das unidades independentes conta ainda assim com 40%.
O comércio de rua do centro da cidade concentra-se na zona histórica da capital e divide-se em quatro subzonas que se estendem desde a Avenida da Liberdade até à zona da Baixa-Chiado e Praça do Comércio.
Atualmente a oferta total de comércio de rua no centro de Lisboa representa um total de 156.000 m2 distribuída por cerca de 950 unidades comerciais, representando um crescimento face a 2011 de 6.000 m2 e 70 unidades comerciais. Este aumento esteve relacionado essencialmente com a reabilitação de edifícios, que na sua maioria têm vindo a ser convertidos para o uso de retalho ao nível do embasamento.
A maior dinâmica da procura sente-se de forma generalizada nas diferentes zonas de comércio de rua da cidade, com exceção do Chiado, todas as outras zonas registaram um decréscimo da desocupação. Em termos médios a taxa de desocupação em 2015 situa-se nos 9%, correspondendo a uma área total de 14.000 m2 e 128 unidades.
A Baixa mantém-se a zona que conta com maior espaço disponível, 8.500m2 distribuídos por 93 unidades. Seguem-se o Chiado com cerca de 3.000 m2 desocupados e a Avenida da Liberdade com menos de 2.000 m2 por ocupar. Nos Restauradores e Rossio, apenas se encontram livres pouco mais de 500 m2.
Os setores da moda e da restauração são os que contam com maior peso na oferta comercial das ruas da capital, representando em conjunto 61% da área, 96.000 m2 em 470 unidades.
Porto
No Porto os retalhistas independentes têm um peso próximo dos 58%, seguindo-se as cadeias nacionais com 25% e só em último os operadores internacionais com 18% da área total.
O comércio de rua da ‘Invicta’ concentra-se no centro da cidade e divide-se em quatro subzonas que se localizam no centro histórico, Baixa, Cedofeita e Clérigos, e no centro de negócios da cidade, a Avenida da Boavista.
Atualmente a oferta total de comércio de rua na cidade ultrapassa os 170.000 m2 distribuída por um total de 846 unidades comerciais, representado um crescimento “nulo” da oferta face a 2011. A zona dos Clérigos, não consolidada em 2011 e por isso excluída desta análise comparativa, acresce a este volume cerca de 36.000 m2, distribuídos por 84 lojas.
Em termos médios, a taxa de desocupação em 2015 na cidade do Porto situa-se nos 12,5%, correspondendo a uma área total desocupada de 26.000 m2 e 156 unidades. Em termos absolutos a Baixa é a zona com maior volume de oferta disponível, 12.300 m2 distribuídos por 52 unidades. Seguem-se a Boavista com cerca de 8.000 m2 disponíveis, os Clérigos com 3.800 m2 e a Cedofeita com pouco mais de 2.000 m2.
À semelhança de um qualquer centro comercial, o setor da moda é o que tem maior representatividade nas ruas do centro do Porto, num total de 77.000 m2 e 281 unidades. Seguem-se os setores da restauração com um total de 30.000 m2 de oferta, e o do lar com mais de 100 lojas que totalizam 28.000 m2 e cultura tem também um peso representativo, com mais de 13.000 m2.
Notícia escrita de acordo com o novo acordo ortográfico