Três perguntas a… Óscar Galvão Teles, director-geral da Kaffa

Óscar Galvão Teles, director-geral da Kaffa

A estratégia este ano é consolidar nos países onde já vendem café ou apostar em novas geografias?

Em novas geografias, em mercado emergentes, nalguns o café até tem muita tradição mas a cápsula não, como o Brasil. É o maior consumidor do mundo, muito perto do primeiro, os EUA. Montámos no Brasil uma unidade fabril. O desempenho está muito acima das expectativas iniciais, estamos a fabricar desde junho 2014 e o crescimento da cápsula de café no Brasil foi de 28% em volume. Estamos muito animados para crescer nestes mercados. Na Europa, o mercado está a estabilizar e não há crescimentos de dois dígitos.

No Brasil o modelo de negócio é diferente. Apenas trabalhamos o produto do nosso cliente. Recebemos o café torrado do cliente e fazemos a transformação e o encapsulamento para produtores e torrefactores de café. Estamos numa fase final da instalação de uma unidade de torrefacção para os clientes que nos entreguem o café cru. Em seis meses já devemos prestar esse serviço. O negócio no Brasil valerá 30 milhões de cápsulas no final do ano.

Como está a correr o negócio em Portugal?

Esperamos aumentar muito as vendas este ano. Estivémos a preparar a empresa em termos de organização porque temos perspectivado em 2015 praticamente duplicar a produção face a 2014. Como? Com novos projectos, como o das cápsulas compatíveis com a Delta Q, um novo segmento onde vamos sempre crescer. Estamos a apostar muito na nossa marca Kaffa com o sistema fechado, no segmento doméstico, um produto com qualidade e que vai ao encontro daquilo que o consumidor português quer. E queremos crescer também via exportação. Estimamos chegar ao final do ano com 200 milhões de cápsulas, mais 50% de facturação.

Qual o posicionamento em preço da marca Kaffa?

O produto Kaffa está nos 28 cêntimos, entre 20 a 30% mais barato do que a concorrência. As marcas brancas custam cerca de €0,22, são mais baratas.