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Retalho alimentar: o mercado mais penalizado em 2014

Por a 7 de Maio de 2015 as 15:24

retalhoO volume de negócios no retalho alimentar caiu 1,2% no ano passado, face ao ano anterior, segundo o Barómetro de Vendas da APED.

As vendas foram penalizadas, em larga medida, pelo efeito da deflação, disse aos jornalistas Ana Trigo Morais, directora-geral da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição. “A deflação começou a sentir-se no início de 2014 e foi-se agravando até ao final do ano”.

“A deflação não é um fenómeno exclusivo dos produtos alimentares e preocupa-nos porque retira valor a todos os operadores. É importante dizer que a deflação não decorre directamente da actividade dos retalhistas mas é certo que contribui. A queda acentuada do preço do petróleo, e naturalmente, do preço do transporte e das embalagens, por exemplo, contribuiu para a deflação”.

Globalmente, o preço médio dos bens de consumo caiu 0,6%.  E os portugueses não só vão menos vezes à loja como gastam menos por cada acto de compra. “Continua a haver uma perspectiva de contenção no consumo” dos lares.

Os supermercados ganharam 0,9 pontos percentuais (pp) de quota e são o formato comercial mais dinâmico. Fecharam 2014 com um quota de 49,9%. Os hipermercados têm 25,3% de quota. E os discounters voltam a perder terreno e fecharam o ano com uma participação de 14,4%.

“Acreditamos que 2015 vai ser um ano com indicadores a variarem de forma intermitente. Os sinais de recuperação são tímidos e lentos, mas há indicadores positivos e um consumo mais estabilizado. Acreditamos que o consumo privado possa acompanhar a estimativa de crescimento para a economia”.

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