Metro em posição finceira para investir “mais que nunca”
“Estamos em posição financeira para investir, agora mais que nunca. Talvez em 2017 possamos expandir o nosso portefólio internacional com novos negócios”, disse Mark Freese, CFO do grupo Metro, na conferência anual que já não acontecia desde 2009
Ana Catarina Monteiro
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“Estamos em posição financeira para investir, agora mais que nunca. Talvez em 2017 possamos expandir o nosso portefólio internacional com novos negócios”, disse Mark Freese, CFO do Grupo Metro, na conferência anual, ontem em Berlim.
O grupo Metro mudou a sua estratégia em 2012. Depois de um período de estagnação, o negócio começou a “perder atractividade e os lucros caíram”. Agora o foco principal é o consumidor.
Admitindo não ter acompanhado a evolução das tendências no retalho, no ponto de venda e na forma de consumo, o grupo alemão, dono do modelo Cash & Carry Makro e da insígnia Media Markt, deixou de se concentrar nas vendas e na expansão como sinónimo de abertura de lojas e transformou a política de investimento num eforço mais assertivo.
Para uma optimização das operações de acordo com a realidade de cada mercado, dá-se um “desisvestimento” em mercados mais concentrados onde não há espaço para crescimento, como Itália, França e Alemanha. “Não faz sentido investirmos em mercados muito saturados. O investimento tem que ser direccionado consoante as diferentes oportunidades de crescimento existentes em cada país”, explicou, por sua vez, Olaf Koch, que assumiu o cargo de Chairman of Management Board em 2012 do grupo, que levou a cabo a iniciativa “Field Trip 2015” para dar a conhecer a sua nova estratégia. O encontro com a imprensa internacional, que já não acontecia desde 2009, decorreu no dia 6 de Maio em Berlim.
A expansão do grupo vai privilegiar os “booming markets” como China e Índia. Na Europa, as maiores oportunidades de investimento estão na Rússia e Turquia.
Para criar valor, o grupo decidiu arriscar em novos produtos e modelos de negócio, para proporcionar uma melhor oferta ao consumidor, que passou a ser o foco principal do grupo. “Não dizemos ao consumidor o que ele tem que compar. A nossa função é servir da melhor forma os nossos clientes, consoante as necessidades de mercado de cada país, onde estamos presentes”, disse o Chairman.
Durante o dia, a empresa alemã deu a conhecer dois exemplos de lojas que ostetam as inovações introduzidas para proporcionar um melhor serviço ao cliente, quer no modelo Cash& Carry quer na insígnia de tecnologia Saturn, que diferencia da Media Markt pelo posicionamento de preços e pelo modo de como as lojas são geridas.
O formato Cash & Carry obteve vendas no valor de 30,513 milhões de euros entre 2013 e 2014. A nova estratégia trouxe uma preocupação acrescida em relação aos produtos frescos e a tecnologia permitiu ao grupo uma maior transparência com o consumidor, que pode saber tudo sobre os produtos, desde o nome dos barcos de pesca, por exemplo, até ao rastreamento de todo o percurso feito até à loja. Também a comunicação entre clientes e fornecedores se tornou mais fácil e directa com a tecnologia que a retalhista aliou ao modelo de negócio, direccionado principalmente para o canal Horeca.
Com aposta no aumento da oferta e na diferenciação, este formato teve o seu maior crescimento (2%) no terceiro trimestre do ano fiscal entre 2013 e 2014.
“O online ajudou a melhorar as contas. Desde 2010 até 2014 a redução da dívida foi de 3,3bn de euros”, explica o CFO. “A política de investimento passou a privilegiar outros aspectos, além dos que tradicionalmente já atendia, e é aplicável a todas as áreas”.
Com base numa nova cultura coorporativa, que passa pelo compromisso dos empregados e dirigentes, o grurpo prevê um crescimento do LfL – “Like for Like” – das vendas para mais de 2% a médio prazo, até 2020.