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Digital e Retalho: Aproximar marcas e pessoas, por Conceição Pinheiro (UP Partner)

Por a 6 de Abril de 2015 as 11:44

Por Conceição Pinheiro, Directora Comercial UP Partner

 O mercado do retalho, como todos os outros, tem vindo a adaptar-se à crescente presença do digital nas diferentes fases do processo de negócio. O entendimento de como as novas tecnologias podem influenciar tendências e ser capazes de colocar o retalho num patamar mais próximo do cliente, para perceber as suas necessidades, as abordagens das marcas, e outras questões são hoje objecto de análise, a que juntamos as nossas ideias sobre o tema.

O digital é uma ferramenta que permite às marcas uma proximidade real com os consumidores, pois melhora a comunicação, sobretudo de forma personalizada, a que o consumidor pode aceder a cada produto ou serviço.

As marcas tentam estudar e antecipar formas de angariar novos clientes e manter os actuais através de acções capazes de motivá-los a conhecer o produto nos seus pontos de venda onde podem analisar, com eficácia, as reacções dos clientes, e assim ajustar formas de comunicação.

Isto porque, por um lado, o comportamento de compra dos consumidores está a mudar com a utilização da Internet, exponenciado pela existência de múltiplos canais e pela crescente exigência deste comprador. Assistimos a uma crescente procura de informação online para compra posterior ‘on’ ou ‘offline’, associada a uma partilha de opiniões que podem influenciar a escolha de um determinado produto.

Mais importantes que as inovações tecnológicas são as pessoas. Conteúdos relevantes que permitam uma maior personalização e interacção com as pessoas e os dispositivos que utilizam é o grande desafio. Nesse campo, o digital tem um papel único, devido à aceitação crescente desta forma de comunicar, por si só individual. Compreendendo a necessidade desse conhecimento, temos uma ferramenta, denominada “My Observer”, que nos permite perceber o que as pessoas valorizam online em relação a determinado mercado, marca ou produto, o que procuram, quais as suas motivações e receios, o que constitui uma base fundamental para desenvolver estratégias concertadas e obter resultados.

Algumas das preocupações do comprador são a conveniência e a proximidade, pontos em que lojas online assumem um papel fundamental, uma vez que possibilitam “aumentar” a variedade de produtos e serviços disponíveis através de plataformas digitais, chegando a consumidores que de outra forma não teriam acesso a marcas e produtos, de forma rápida e prática.

Dentro da loja esta dimensão digital e tecnológica assume já um papel importante em diferentes áreas, desde suportes que facilitam a compra a suportes que interagem com os telemóveis dos próprios compradores, além do pagamento propriamente dito, com informação relevante para a compra. Outros exemplos são destaques de promoções, sugestões de receitas, validação e impressão de cupões de desconto ou mesmo a própria compra assistida, em que cada cliente pode fazer e registar automaticamente as suas compras, reduzindo o tempo de pagamento.

Noutra vertente, é possível analisar de forma constante o tempo despendido em loja pelos consumidores e que acções realizam, o que fornece indicações para se poder modificar formas e conteúdos de loja, questões como a adequação do ambiente no ponto de venda, a criação de passatempos ou oferta de valor acrescentado através do mobile.

Actualmente, os suportes digitais são já menos dispendiosos e embora obriguem a um investimento inicial significativo, podem ser facilmente recuperados, se utilizados de forma eficiente. A evolução tecnológica e a crescente preocupação pela sustentabilidade irá permitir chegar a uma espécie de normalização da utilização do digital no sector, que será bem diferente do retalho que hoje conhecemos.

A maioria das inovações visa facilitar a compra acrescentando valor e experiência, potenciando a interacção com o consumidor. As crescentes disciplinas do digital possibilitam exponenciar e tornar essa experiência mais significativa, incentivando a uma maior ligação com a marca, facilitar a compra, envolver e ligar as pessoas, antes, durante e após a compra, maximizando a sua experiência, são sem dúvida tendências actuais, em que o digital é, cada vez mais, uma ferramenta eficaz de proximidade e comunicação entre marcas e consumidores.

 

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