Intermarché regride 2% em 2014

Patrick Renault, Administrador Delegado do grupo Os Mosqueteiros em Portugal.

Com as insígnias Bricomarché, Intermarché e Roady em Portugal, o grupo Os Mosqueteiros atingiu os dois mil milhões de euros em vendas em 2014, que representam cerca de 5% do volume de negócios global.

O grupo Os Moqueteiros encerrou o ano de 2014 com um volume de negócios total de 40,1 mil milhões de euros, dos quais 36,2 mil milhões de euros resultam da actividade no retalho.

No país de origem, em França, o grupo conseguiu uma facturação de 32,5 mil milhões de euros, enquanto o total para os restantes países europeus onde opera, Portugal, Polónia, Bélgica e Sérvia, situou-se nos 3,8 mil milhões de euros.

O resultado representa um crescimento de 1,3% em relação ao ano anterior, o que levou a que o grupo definisse uma estratégia de expansão até 2020, na qual prevê chegar a um volume de negócios de 50 mil milhões de euros.

O plano de expansão para os próximos anos foi revelado na reunião que o grupo agendou com a imprensa. No dia 25 de Março, os representantes dos vários departamentos, a operar no mercado português, reuniram-se em Lisboa para apresentar resultados e dar a conhecer os projectos para o futuro.

Quanto à insígnia alimentar, Vasco Simões, Administrador do Intermarché, destacou a proximidade como “elemento distintivo” da retalhista, que detém “um estabelecimento a cada 16 quilómetros”, em território nacional. A cadeia de supermercados possui uma quota de mercado de 9,9%, sendo que os frescos, que representam 40% das vendas, têm uma quota de 11% no mercado nacional.

O objectivo até 2020 é que a quota de mercado da insígnia suba para os 13, 5%, conquistando um volume de negócios de 2,9 mil milhões de euros. No último ano, entraram 1,5 milhões de clientes nas lojas Intermarché, por semana.

O responsável destacou a campanha Origens, que fez chegar ao linear da marca 300 produtos portugueses e 200 produtores locais, em relação à região onde os estabelecimentos se instalam, que impulsionou a produção de 2700 toneladas de produtos frescos. O objectivo nos próximos tempos é para que os produtos tradicionais pesem 30% no volume de negócio da insígnia, que pretende “criar um novo ambiente de loja”, privilegiando estes tipos de produtos.

No último ano não foram abertos novos supermercados da marca, que renovou os que já detinha, nos últimos dois anos. A loja de Avintes fechou em 2014, tendo reaberto hoje, precisamente no dia da apresentação de resultados aos jornalistas. A aposta da retalhista assenta também na optimização do serviço e-commerce em Portugal. “Estamos focados no e-commerce. As vendas online começam a ter um peso significativo nas vendas”, sublinha Vasco Simões.

Depois do primeiro ponto de venda, para apoio às vendas online, aberto em Lagoa, a empresa vai prosseguir com mais “implantações no parque de lojas”, no “segundo semestre de 2015”. Apesar de não revelar valores comparáveis, o responsável afirmou que a insígnia alimentar do grupo caiu 2% em volume de vendas, no último ano, em Portugal.

Neste sentido, Portugal recebe um investimento de 280 milhões de euros, nos próximos cinco anos, para aumentar o parque de lojas total do grupo para 405 pontos. No período assinalado, espera-se a abertura 106 lojas, das quais 63 Intermarché, 15 Bricomarché e 28 Roady. Na área de combustível, o grupo prevê acrescentar 90 pontos de venda. As 148 gasolineiras que opera em Portugal venderam 460 milhões de litros no último ano, que resultaram num volume de vendas de 540 milhões de euros. O progresso foi de 7%, relativamente a 2013.

Actualmente, contam-se 299 lojas nacionais, em três das quatro àreas de negócios que o grupo detém. “A única insígnia que falta entrar em Portugal é a da restauração”, disse Patrick Renault, Administrador Delegado do grupo em Portugal.

O responsável não revelou números concretos relativos à facturação no último ano, alegando que o grupo reparte-se em “vários empresários independentes”, que gerem o próprio negócio em regime de franquia.