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Estudo. Onde é que os portugueses reduziram gastos no último ano?

Por a 18 de Março de 2015 as 11:40

São cada vez mais os portugueses que estão a perder o hábito de almoçar e jantar fora.

De acordo com um estudo exploratório desenvolvido pelo IPAM – The Marketing School, três em cada quarto consumidores inquiridos (78%) admite que, ao longo do último ano, reduziu o número de refeições realizadas fora de casa.

O trabalho da escola de marketing revela onde é que, nos últimos 12 meses, os portugueses reduziram os seus gastos. Assim, às refeições fora de casa – que ocupam o primeiro lugar deste ranking – seguem-se as reduções na compra de calçado e vestuário (67%), de objectos de decoração para o lar (59%), de acessórios (58%), nas idas ao cinema (57%) e na realização de férias fora do País.

No que diz respeito à compra de alimentos, e apesar da qualidade dos produtos ser o factor mais valorizado por quase um terço dos consumidores (29%), para a esmagadora maioria a decisão de compra é influenciada por argumentos financeiros. Do total de inquiridos, 26% olha “somente para preço”, 21% privilegia a “gestão rigorosa” do orçamento e 17% admite que a escolha do local onde realiza a despesa é determinada pela realização de “campanhas e promoções”.

O estudo mostra também que, nos últimos tempos, os portugueses têm-se revelado mais contidos no que toca a gastos com bens duráveis – dos quais são exemplo os electrodomésticos e equipamentos electrónicos –, com 55% dos consumidores a admitirem ter comprado menos produtos desta natureza no último ano.

 

Mais poder de compra em 2015

 

O estudo – coordenado por Mafalda Ferreira, docente do IPAM – The Marketing School e especialista em Ciências do Consumo – traça as perspectivas dos consumidores para 2015. Quase metade dos inquiridos (46%) considera que a situação do país é “melhor” do que há um ano e que isso terá reflexos no poder de compra. Um em cada três antevê que a situação financeira do agregado familiar irá melhorar em 2015 e quase metade dos consumidores inquiridos considera que o seu poder de compra será maior do que o de 2014.

“A crise deixou marcas evidentes: apesar de os consumidores vislumbrarem uma melhoria da sua situação financeira, a dimensão económica assume hoje um impacto avassalador nas compras de todas as categorias de produtos”, conclui a investigadora.

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