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Beacons: como retalhistas podem tirar partido da tecnologia de localização

Por a 20 de Fevereiro de 2015 as 13:01

Foto: UX Magazine

Hoje em dia, o Marketing encontra estratégias de sucesso no cruzamento do físico com o digital. Neste sentido, os retalhistas podem tirar mais proveito dos transmissores beacons, que comunicam com dispositivos móveis via ‘bluetooth’ e revelam a localização dos consumidores.

Uma vez dentro do alcance dos beacons, os utilizadores de smartphones e tablets recebem anúncios e conteúdos, através de aplicações que são automaticamente activadas. Os dispositivos recebem a informação acerca do comércio e das oportunidades promocionais, ao dispor na área envolta da sua localização. Assim, a experiência de compra torna-se uma questão de conveniência para o consumidor.

Segundo o portal de notícias Mashable, em 2014, a tecnologia beacon foi activada em 30 mil localizações diferentes, desde restaurantes e áreas de desporto, até aeroportos.

No Retalho, marcas como Kenneth Cole, Macy’s e Timberland estão a usar a tecnologia para fazer chegar notificações sobre promoções aos clientes que circulem nas proximidades dos pontos de venda.Em 2016, prevê-se que 3,5 milhões de localizações, entre as quais 85% dos “grandes retalhistas” nos Estados Unidos da América, usem os beacons.

Para o Marketing, o portal norte-americano sugere cinco ideias para os profissionais conferirem mais valor à experiência de compara, evitando que os consumidores recebam anúncios indesejados.

1. Sistema Opt-in preserva confiança

Os consumidores não se mostram muito receptivos quanto á ideia de partilhar informações pessoais, como a sua localização, com as marcas. A fonte revela que 69% dos consumidores “não confia” os dados nas ‘mãos’ os retalhistas.

Para combater este receio e preservar a confiança dos clientes, as empresas podem optar por implementar sistemas “opt-in”, que servem para que as mensagens de marketing ou de carácter comercial só sejam enviadas para quem expresse consentimento.

Assegurar a transparência com o utilizador promove a lealdade à marca, além de permitir que o próprio escolha a experiência que quer ter.

2. Criar oferta relevante e personalizada com beacons

Nos entanto, os sistemas opt-in condicionam a livre comunicação dos retalhistas e seus produtos. A melhor forma de convencer os consumidores a interessarem-se por certo conteúdo surge dos beacons. O problema a combater está na percepção do público em relação à utilização da informação por parte das empresas.

Mais de 60% dos consumidores pensam que os retalhistas irão usar os dados disponíveis para benefício próprio. As marcas têm que garantir aos clientes que a tecnologia adiciona, de facto, mais valor à experiência de compra, demonstrando que a partilha de dados beneficia as duas partes, já que os dados de localização permitem uma oferta relevante e personalizada.

Ajudar os consumidores a navegar pela loja, com um mapa do espaço, é um dos exemplos. O retalhista britânico House of Fraser, instalou beacons nos manequins que fornecem aos consumidores informações sobre um artigo em destaque e onde encontrá-lo na loja. A Macy’s, por sua vez, também dispõe de mapas no piso para facilitar a procura por produtos. Outras medidas para garantir mais valor às operações passam pela oferta de ‘coupons’, através da tecnologia, como fez a Hillshire Farms’s, verificando que nesta situação, a probabilidade de compra é “20 vezes superior”.

3. Colaboradores sabem o que clientes precisam

Os beacons podem também melhorar o desempenho dos colaboradores, tirando partido da informação sobre os clientes. A Virgin Atlantic instalou a tecnologia nos espaços ‘outdoor’ que detém no Heathrow Airport, onde a tecnologia permite comunicar a temperatura do espaço aos colaboradores, que providenciam cobertores aos passageiros, caso necessário.

A Starwood Hotels é outra empresa que utilizam os beacons para alertar os funcionários quando os quartos estão vazios, a fim de serem limpos. A Urban Outfitters, por sua vez, criou o programa “Space Ninety 8” para alertar a equipa cada vez que clientes, que demonstrem um historial de lealdade com a marca, incluindo no online, entrem na loja da marca em Brooklyn (EUA), para lhes garantirem uma melhor experiência.

4. Beacons permitem ‘feddback’ instantâneo

Os beacons são uma forma das marcas obterem mais ‘feedback’ dos clientes, em tempo real, sem terem que procurar pelos comentários

A McDonalds, por exemplo, está a experimentar cumprimentar os que entram nos espaços com coupons, inquéritos e até informações sobre ofertas de emprego, através da tecnologia, seleccionando as ofertas que melhor se aplicam às exigências de consumidores em determinada localização.

5. Pensar em produtos para fora da loja

A marca de cuidados para a pele, Nivea, é outra das empresas a inovar com os beacons. Pela altura do Verão, a marca lançou uma campanha, proporcionada pela tecnologia, distribuindo pequenas pulseiras em anúncios de revistas, que permitem aos pais saberem onde estão os filhos. Para tal, os pais necessitam da aplicação StickNFind e podem ainda impor os limites por onde circulam os filhos. Caso se afastem da zona delimitada, a aplicação alerta os responsáveis e ajuda-os a encontrar as crianças.

Cada vez mais dispositivos, incluídos os ‘wearables’, estão a ser produzidos já com o sinal de ‘bluetooth’ incorporado. Pelo que, ao utilizarem a criatividade na utilização dos beacons, as marcas podem alavancar o número de clientes.

 

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