‘Internet das coisas’ acelera transformação digital nas organizações nacionais
A IDC defende que as organizações podem obter ganhos de competitividade elevados, ao adoptarem a Terceira Plataforma. Representando já quase 25% do total do mercado das TIC e praticamente 100% do crescimento, o novo paradigma tecnológico assenta em quatro pilares fundamentais: mobilidade, serviços Cloud, tecnologias sociais, e ‘big data’

Ana Catarina Monteiro
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A consultora IDC apresentou o relatório “Portugal no Ponto de Viragem da Transformação Digital”, no último dia 4 de Fevereiro, no Hotel Pestana Palace, em Lisboa, durante o evento IDC Predictions 2015.
A empresa, especialista na área de Market Intelligence, serviços de consultoria e organização de eventos, apresentou o conceito de Terceira Plataforma Tecnológica, que representa hoje já quase 25% do total do mercado das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) e praticamente 100% do crescimento. Ultrapassando a segunda Plataforma, o novo paradigma tecnológico assenta em quatro pilares fundamentais: mobilidade, serviços Cloud, tecnologias sociais, e ‘big data’.
A IDC defende que as organizações podem obter ganhos de competitividade elevados, com suporte nos processos de internacionalização, no aumento da eficiência operacional, na inovação ao nível da oferta de produtos e serviços, além de, através de uma maior agilidade, se adaptarem às condições evolutivas do mercado, ao estruturarem a empresa com base nestes contornos.
Enquanto os mercados associados à Segunda Plataforma “vão entrar em modo de recessão” em todo mundo, com “crescimentos de 0,4%” em 2015 e “declínio nos próximos anos”, os mercados ligados à Terceira Plataforma “vão crescer 13%” a nível mundial em 2015, considera a consultora.
As empresas nacionais preparam centros de dados para a Terceira Plataforma, tendo aproveitado o ciclo recessivo da economia nacional para adoptarem estratégias de consolidação e de virtualização da infra-estrutura tecnológica, além de iniciativas de optimização e de normalização dos processos do departamento de TI.
Uma vez concluídos os projectos, ou em fase de conclusão, as organizações nacionais vão aproveitar a mudança de ciclo económico para adaptarem os seus centros de dados à nova realidade tecnológica, iniciar processos de adopção das tecnologias da Terceira Plataforma e implementar o conceito de ‘IT-as-a-Service’.
“Segurança da informação não é uma prioridade das organizações nacionais”
Já a segurança é uma temática que vai regressar à agenda dos decisores nacionais apenas em finais de 2015. A generalidade das organizações nacionais já enfrentaram incidentes de segurança nos últimos anos, alguns deles com alguma gravidade. No entanto, e apesar deste cenário, “a segurança da informação não é uma prioridade das organizações nacionais”. A inversão do ciclo económico vai alterar esta realidade e a despesa com segurança vai crescer em 2015. E, as organizações nacionais começam a adoptar um novo paradigma de segurança, ao estarem mais preocupadas com a segurança dos dados, em detrimento da segurança dos equipamentos.
‘IoT’ vai acelerar a transformação digital nas organizações nacionais.
Em 2020, a IDC estima que existam mais de 68,1 milhões de equipamentos (incluindo PCs, smartphones, relógios e acessórios inteligentes, consolas, carros, electrodomésticos, equipamento electrónico, entre outros) ligados à Internet em território nacional (cerca de 6,4 equipamentos por pessoa). A adopção de estratégias que contemplem a ‘Internet of things’ (IoT) vai permitir que as organizações nacionais acelerem a transformação digital dos seus processos e iniciativas. Áreas como o ambiente, as redes energéticas, as cidades inteligentes, a gestão de activos, saúde e bem-estar poderão beneficiar da adopção de estratégias que incluam esta nova realidade.
Internacionalização continua na agenda das empresas portuguesas
Confrontadas com o ciclo recessivo da economia nacional, as empresas nacionais adoptaram estratégias de internacionalização das suas actividades como forma de ultrapassarem as dificuldades sentidas no território nacional. Ultrapassado o ambiente recessivo, a maioria das empresas continua a privilegiar a adopção e/ou consolidação das suas estratégias de internacionalização. Esta realidade tem vindo a influenciar positivamente o comportamento da despesa TI e permanece como um dos principais factores de crescimento em 2015.
Relacionamento com clientes é motor dos novos projetos de TI em Portugal
A maioria das organizações nacionais tem planos para reforçar a quota nos mercados em que actuam. Para tal, apostam no desenvolvimento e novos produtos e serviços e no desenvolvimento de iniciativas de captação e de fidelização de clientes. Neste contexto, não será de estranhar que a implementação, actualização ou expansão das aplicações de CRM sejam projectos mais referenciados pelas organizações nacionais para 2015. E, muitos deles com recurso a serviços de ‘cloud computing’, analítica de negócio, mobilidade e redes sociais.
A transformação digital começa a entrar na agenda das organizações nacionais
A IDC prevê que em 2020, a nível mundial, todos os sectores económicos, desde a indústria, passando pelo retalho, banca, seguros, energia, turismo e saúde, serão liderados por empresas com uma forte presença na economia digital. Em Portugal a IDC prevê que o tema da “Transformação Digital” começa apenas em 2015 a entrar de forma mais significativa na agenda dos decisores das principais organizações em Portugal, desde o CIO até ao CEO. Para o período de 2016 a 2020, a IDC prevê o início da fase mais crítica da 3ª Plataforma, caracterizada por uma explosão de soluções inovadoras e por uma grande criação de valor no topo dos quatro pilares que suportam este novo paradigma tecnológico. Esta fase é caracterizada por “aceleradores de inovação” que estendem radicalmente as capacidades e aplicações da Terceira Plataforma, como é o caso da Internet das Coisas (IoT), Wearable Computing, Drones, Robótica, Impressão 3D, Sistemas Cognitivos, Biologia Sintética, Interfaces Naturais de Computação, entre outras.