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FMCG

Especial Embalagem. Formatos mais pequenos levam à venda imediata

Muito enraizada na cultura portuguesa, a charcutaria ocupa lugar de destaque nos supers e hipermercados de norte a sul do país

Rita Gonçalves
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Especial Embalagem. Formatos mais pequenos levam à venda imediata

Muito enraizada na cultura portuguesa, a charcutaria ocupa lugar de destaque nos supers e hipermercados de norte a sul do país

Rita Gonçalves
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As famílias portuguesas gastam em média 3,61 euros na compra de presunto, de cada vez que visitam o ponto de venda. O produto é consumido por 64% dos lares em Portugal continental, segundo os dados da consultora Nielsen, relativos ao ano de 2014.

Dentro do segmento, o fiambre é a categoria mais vendida, sem contar com os queijos, com 82% das famílias portuguesas a comprarem o produto em cada ida ao supermercado. As qualidades produzidas a partir da carne de porco são as mais vendidas, com 70% da quota mercado. Já os de frango e peru detêm 7% e 23% das vendas, respectivamente.

Ao longo do último ano, “cresceram os produtos com maior valor acrescentado e de maior conveniência”, tendência que Mário Dias, Director Comercial da A. Pires Lourenço & Filhos, S.A. considera ser a mais forte nos produtos de charcutaria. Responsável apenas pela venda de presunto, a marca revelou que “sentiu um aumento da procura”, apesar dos entraves que condicionaram as vendas.

“A taxa de IVA a 23%, os custos energéticos e a grande dependência de matérias-primas, provenientes de Espanha, continuam a criar vários constrangimentos ao sector”. A taxa aplicada à charcutaria está muito acima de outros países da Comunidade Europeia, mas “a elevada dinâmica promocional e os preços agressivos das principais cadeias retalhistas minimizaram o seu impacto, dando aos consumidores, permanentes possibilidades de aquisição a preços muito competitivos”, considera Rui Carvalho, Director Comercial da Porminho Alimentação S.A., que está presente em todos os segmentos do sector.

As marcas portuguesas, no geral, apostaram na qualidade dos produtos para responder à procura, mas o preço é um factor relevante na hora da decisão de compra, o que levou a que o mercado fosse invadido por marcas importadas, com preços bastantes reduzidos. Bruno Costa, Director-Geral da Iguarias de Excelência, confirma que “existiu uma contínua pressão de produtos e marcas espanholas de baixa qualidade a colocaram o mercado sob pressão e com os preços a reflectirem isso”.

Porém, o maior entrave para o crescimento do sector tem sido o facto de os mercados internacionais, com grandes oportunidades de crescimento para as empresas portuguesas, “se encontrarem fechados”. “Parece-nos, no mínimo, escandaloso que alguns países (dos quais Portugal até importa carne), mantenham fortes barreiras à importação de conservas de carne, como o presunto”, disse o responsável da Pires Lourenço.

Preocupada com o preço e com a saúde, a população nacional tem seguido a tendência de cortar no sector da charcutaria, relacionando-o com níveis altos de gordura e sal. Em 2014, acentuou-se a procura pela informação nutricional “nos produtos de fatiados comercializados em superfícies comerciais”, sublinha Bruno Costa, o que levou os produtores a tomarem medidas quanto à confecção dos produtos. Como a Iguarias de excelência mantém o core business na venda presuntos em peças inteiras para restauração e hotelaria, no sector “a questão não é tão comentada”, uma vez que, a relação mais próxima com os profissionais de cozinha leva a que a “preocupação pela qualidade dos ingredientes e a sua composição seja um tema permanente e de constante monitorização”. O segmento, no qual “a qualidade e o prestígio são os factores de escolha”, voltou a sentir uma evolução considerável com o volume de vendas a “crescer acima de dois dígitos” e o número de clientes a “aumentar proporcionalmente”.

Por outro lado, para a Pires Lourenço, enquanto produtora exclusiva de presunto para o retalho, os “consumidores estavam afastados do consumo, por manterem ainda a mesma noção de este ser um produto salgado”, pelo que a empresa tem vindo a baixar cada vez mais as dosagens de sódio no produto final. O Director Comercial considera que o panorama “está a alterar-se”, sendo que o presunto é o “produto de charcutaria mais saudável por não ser de produção complexa, recorrendo‐se apenas à cura da perna através da salga, e como tal contém um teor proteico muito acima de outros produtos da mesma ‘classe’”. Neste momento, o produto traz “mais benefícios que perigos” e os clientes sabem “identificar essa evolução”, o que se revê no crescimento de “11,5% em valor, face a 2013”, registado pela fornecedora.

A acompanhar esta temática com interesse, Rui Carvalho defende que “o sabor é uma característica distintiva deste género de produtos, a qual se irá manter”, não sendo “líquido” que estes “sejam prejudiciais à saúde”. A Porminho não sentiu a influência da preocupação com a saúde no número de vendas, mas toma a posição que “cabe às autoridades competentes definir quais os parâmetros exigíveis na produção dos vários produtos, parâmetros esses que desde sempre cumprimos escrupulosamente”.

No entanto, há outras medidas para combater a quebra nas vendas, frente à crescente preocupação do consumidor com o bem-estar físico, além do reforço da qualidade. “Adaptar à procura e aprender a comunicar os atributos do produto” é a estratégia defendida pela Pires Lourenço.

“A actividade física é normalmente associada a uma preferência de consumo de alimentos com alto teor proteico para o fortalecimento muscular, e nesse aspecto o consumo de um produto que contém 28% de proteína só pode ser uma oportunidade para as empresas que se dedicam à produção de presunto”, defende Mário Dias. No que respeita a produtos de charcutaria mais “elaborados”, o Director acredita que, “com um consumidor que cada vez mais quer saber como o produto é feito e quais os ingredientes presentes na composição, seja necessário adaptá‐los a estas novas preocupações”.

Além das estratégias de comunicação, a tendência é para a criação de formatos mais convenientes para o consumidor. No ano anterior, “foram lançadas embalagens de fatiados (presunto e enchidos) com menor gramagem” pela Iguarias de Excelência, seguindo “uma tendência global e com sucesso, visto que o consumidor aprecia uma redução do preço unitário, mesmo sendo aplicado o mesmo valor por quilograma, ou mesmo superior nalguns casos”. O mercado acolheu bem as soluções com menor gramagem da produtora. O Presunto Ibérico de Bolota Joselito Gran Reserva, continua a ser o mais vendido.

Para a Porminho, embora que os formatos fatiados de “150 e 200 gramas continuem a liderar as vendas, há espaço de crescimento para formatos mais pequenos”. Para o Director Comercial da empresa, a tendência tem a ver principalmente com dois factos. “Por um lado as pessoas compram cada vez mais para consumir de imediato, não guardando ou armazenando produtos frescos, e por outro, os agregados familiares médios tem cada vez menos indivíduos, havendo cada vez mais pessoas a viver sós”. Esta é uma realidade que influência “decisivamente” a procura de formatos mais pequenos. No ano que completou 30 anos de existência, a Porminho realizou um volume de negócios global de “41 milhões de euros, registando um crescimento de 15%” em 2014. Na área de negócios de charcutaria “o desempenho foi mais relevante tendo crescido cerca de 22%”, revela o responsável.

O consumidor continua com dois focos muito distintos, segundo o Director Comercial da Pires Lourenço, para a qual os “fatiados com menos de 200 gramas e pedaços com menos de 500 gramas” foram os produtos mais vendidos. “Por um lado, o consumidor vive na busca por produtos com baixos teores de gordura e açúcares. No entanto, tem o lado emocional, que apela à procura por produtos tradicionais e com o mínimo de aromatizantes e conservantes”. A procura de produtos de conveniência é, por isso, o factor que cruza estes dois focos do consumidor, pelo que “cerca de 35% das vendas” da empresa já se encontram na “Gama de Conveniência”, porém “as verdadeiras bandeiras que ajudam a manter o crescimento, mesmo num triénio que foi de crise” têm sido os produtos tradicionais. “Só produzimos Presunto, um produto natural e que tem sempre consigo uma forte ligação emocional. Por outro lado, a “democratização” do consumo (que em muitos casos veio da redução de gramagens), fez com que hoje tenhamos consumidores que não estavam neste produto, e isso é muito positivo”, revela o responsável. O mercado tradicional, que representa “cerca de 10% do volume de negócios” da Porminho, “mantem os adeptos e cujo volume de negócios está estável”.

Em 2015, as tendências enumeradas “irão manter-se”, nomeadamente, a procura de “produtos de conveniência e soluções económicas”. O mercado vai “assistir a um regresso do paradigma da qualidade e na aposta em marcas fortes”, revela o responsável da Iguarias, que prevê que a redução da oferta que “importamos” nos últimos anos, devido às dificuldades sentidas no mercado espanhol e que “empurraram algumas marcas” para o mercado nacional. A imagem, composição e ingredientes, e ainda a relação entre preço e posicionamento serão, os factores de decisão e distinção das marcas, que também pensam em ganhar mais visibilidade nos mercados internacionais.

 

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Contactless payment by phone, faceless person holding smart phone near terminal, customer paying for purchase with her cellphone, white cup with beverage on background.

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Pagamentos cashless vão ultrapassar os 1.6 biliões em 2024

Um estudo da Capgemini prevê que até 2028 os pagamentos instantâneos venham a representar cerca de 22% do volume total das transações non-cash em todo o mundo.

O estudo do Research Institute da Capgemini aponta para um setor em profunda transformação alavancada pelos pagamentos instantâneos e A2A (conta-a-conta). O World Payments Report 2025, prevê que até 2028 os pagamentos instantâneos venham a representar cerca de 22% do volume total das transações non-cash em todo o mundo.

“Ao longo das duas últimas décadas assistimos a um crescimento expressivo de tecnologias e soluções digitais tais como as wallets, os pagamentos peer-to-peer (P2P) e os pagamentos contactless, que além de se terem vulgarizado adquiriram uma nova preponderância no contexto dos pagamentos. Também a regulação teve – e continua a ter, um papel crucial no que diz respeito a estimular a inovação e a garantir a proteção dos consumidores. Desta evolução resultou um ecossistema de pagamentos que se apresenta hoje mais consistente, conectado, eficiente e seguro do que nunca”, indica o estudo.

Região da Ásia-Pacífico lidera

O número de transações non-cash efetuadas em 2023 ascendeu a mais de 1.4 biliões e está a caminho de superar os 1.6 biliões em 2024, destaca o estudo, acrescentando que esta tendência deverá manter-se e o número de transações non cash deverá vir a ultrapassar mais de 2.8 biliões até 2028.

Atualmente é na região da Ásia-Pacífico que as transações non-cash estão a crescer mais rapidamente (+ 20% YoY em 2024), e por comparação com a Europa (16%) e a América do Norte (6%). “A maioria dos quadros superiores do setor (77%) considera que o incremento do comércio eletrónico é o principal responsável pela forte e rápida expansão das transações non-cash”, indica.

Outra conclusão do World Payments Report 2025 é a de que as soluções de pagamento instantâneo conta-a-conta (A2A) estão a crescer em popularidade, ameaçando mesmo desafiar, proximamente, o domínio dos cartões de pagamento tradicionais, “estimando-se que estas novas soluções poderão vir a reduzir o crescimento futuro do volume de transações dos pagamentos com cartões entre 15% e 25%”. Dado que, as comissões interbancárias e os juros constituem uma fonte de rendimento essencial para as instituições financeiras, esta mudança poderá acarretar perdas de receitas muito significativas e impactantes nas contas dos operadores históricos do setor”, alerta.

“O aumento contínuo das transações non-cash assinala um momento de viragem para bancos e prestadores de serviços de pagamento. Os dados revelam-nos que esta mudança, absolutamente inevitável, que está em curso, nos está a conduzir para um futuro que será, rapidamente, dominado por pagamentos instantâneos e abertos,” revela Jeroen Hölscher, gobal head of Payment Services da Capgemini, acrescentando que “o êxito do Pix no Brasil e do UPI na Índia, evidenciou que o sucesso depende da colaboração entre os setores público e privado”.

Instituições financeiras não estão preparadas

O estudo concluiu ainda que dois em cada três responsáveis do setor dos pagamentos “consideram que a expansão dos pagamentos instantâneos é essencial para impulsionar as transações non-cash”, e que os bancos precisam “de entrar na onda dos pagamentos instantâneos”. Mas a maioria dos responsáveis do setor dos pagamentos inquiridos no âmbito do estudo, revelaram-se preocupados com o aumento das fraudes, que consideram ser um grande obstáculo à ampla adoção dos pagamentos instantâneos.

O entreva está no facto dos bancos, além de não estarem capacitados com mecanismos de defesa suficientemente robustos, também estão preocupados com o ritmo dos fluxos de liquidez a que os pagamentos instantâneos obrigam. Atualmente, de acordo com os resultados apurados pelo inquérito que serviu de base ao estudo deste ano, só 25% dos bancos podem receber pagamentos instantâneos e 5% têm plena capacidade para os enviar e receber.

O World Payments Report 2025 baseia-se em duas fontes principais de informação – o Global Large Businesses Survey 2024 e o Global Banking and Payments Executive Surveys and Interviews 2024 – que abrangem 15 mercados. No âmbito deste estudo, o Research Institute da Capgemini entrevistou 600 diretores financeiros dos setores dos seguros, do retalho e automóvel, e investigou os fatores que influenciam as interrupções nos processos de pagamento, as expectativas dos diretores financeiros nas empresas, o seu nível de satisfação, os seus relacionamentos com os bancos, os desafios da gestão da tesouraria e dos serviços de pagamento emergentes. Os inquiridos também forneceram informações sobre o vencimento dos pagamentos instantâneos e a automação das contas a receber/pagar.

O Capgemini Research Institute é o centro de estudos da Capgemini focado nos estudos sobre o digital e é responsável pela publicação regular de estudos sobre o impacto das tecnologias digitais nos negócios tradicionais de grande porte.

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Black Friday 2024: Descubra como obter 100% de cashback na promoção antecipada da E-goi

Oferta antecipada garante 100% de cashback em planos e extras de contactos até 31 de outubro.

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A Black Friday 2024 está marcada para o dia 29 de novembro, mas a E-goi – plataforma de Automação de Marketing Omnichannel, já lançou uma oferta imperdível: 100% de cashback em todos os planos e extras de contacto adquiridos.

A proposta é simples: todo o valor investido em planos ou extras de contacto será convertido em saldo para uso na plataforma. Por exemplo, um investimento de 1.000 € resulta em 1.000 € de saldo, duplicando o poder de marketing do cliente.

As empresas que adquirirem os serviços da E-goi durante o período da promoção poderão preparar-se para a Black Friday, mas também para as festas de fim de ano e o Carnaval, tirando partido das diferentes funcionalidades da plataforma E-goi, como recuperação de carrinho abandonado e automação de marketing.

De acordo com Marcelo Caruana, Head de Marketing da E-goi, a antecipação da promoção visa permitir que as empresas utilizem os planos da plataforma para dinamizar as suas campanhas. “Não faria sentido esperar até novembro para comunicar isto, já que os nossos clientes precisam deste serviço para melhorar as suas vendas”, sublinha Caruana.

O cashback será aplicado a todos os planos e extras de contacto adquiridos durante o período de vigência da promoção, que se estende até ao dia 31 de outubro de 2024. Assim, espera-se que as empresas utilizem os serviços contratados já nesta Black Friday.

O saldo recebido em cashback poderá ser utilizado para qualquer serviço da plataforma — desde SMS Marketing, mensagens de voz com IVR até e-mails transacionais — representando uma oportunidade para implementar diferentes estratégias e explorar todo o potencial da E-goi.

“Lançámos esta oferta antecipada porque acreditamos que um bom planeamento é fundamental para o sucesso na Black Friday”, afirma Caruana. “Queremos que os nossos clientes tenham a oportunidade de criar estratégias eficazes e criativas com o recurso ao multicanal.”

A oferta é válida para novas contas na E-goi e o cashback aplica-se apenas ao primeiro pagamento, seja ele mensal, trimestral, semestral, anual ou bianual. Para aproveitar a promoção, aceda ao site: Black Friday E-goi 2024.

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Fecebook GS1 Portugal

ESG

Congresso da GS1 Portugal discutiu a sustentabilidade e a transição digital

O 9º Congresso GS1 Portugal reuniu especialistas, empresas e líderes de diversos setores para debater o impacto dos pilares ESG na gestão e na sociedade.

A GS1 Portugal, organização responsável pela introdução do código de barras em Portugal há 38 anos, organizou o seu 9º Congresso, focado nos desafios da sustentabilidade e transição digital.

O evento reuniu especialistas, empresas e líderes de diversos setores para debater o impacto dos pilares ESG (Ambiental, Social e Governação) na gestão e na sociedade.

Na abertura do congresso, o secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, que destacou a importância dos pilares ESG na competitividade das empresas, enquanto Paulo Portas, ex-vice Primeiro Ministro e ex-ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, identificou o défice de capital como um dos maiores desafios para a economia portuguesa, e defendeu o investimento estrangeiro como fator crucial para o desenvolvimento económico do país.

Novos ângulos sobre o tema foram equacionados na entrevista conduzida por Pedro Pinto a António Bagão Félix, ex-ministro do Trabalho e Segurança Social e das Finanças, que trouxe à discussão questões cruciais sobre a gestão financeira e social no contexto atual. “Nos dias de hoje, é necessária muita coragem para escolher a moderação e não caminhar para os extremos” referiu. 

No painel ‘Sustentabilidade e Transição Digital: novos modelos de gestão empresarial’, foram abordadas as novas exigências para as empresas no contexto da transição digital, com o presidentede da APLOG, Afonso de Almeida a defender que cidades como Lisboa “terão de criar hubs para realizar distribuições de forma mais local”. “Os centros urbanos não suportam o crescimento atual dos movimentos de entregas e distribuição”, alertou.

Seguiu-se o painel ‘O consumidor perante a sustentabilidade: como passar da intenção para a ação?’, que trouxe à discussão as estratégias para envolver o consumidor na adoção de práticas mais sustentáveis. Rodrigo Tavares, professor catedrático convidado da NOVA SBE sublinhou que “o tecido empresarial português, composto maioritariamente por microempresas, exige que o debate sobre sustentabilidade não seja exclusivo das grandes empresas, devemos adaptar o discurso e as ferramentas de apoio às PME”.

O congresso foi encerrado com a apresentação de uma síntese das conclusões, por João de Castro Guimarães, diretor executivo da GS1 Portugal, que sublinhou a importância da colaboração entre empresas, governos e consumidores para acelerar a transição para uma economia mais sustentável. Destacou ainda, que essa transição deve integrar e gerir o impacto das dimensões ambiental, social e ética, de governance, (ESG) na sustentabilidade das empresas e das economias, enfatizando o poder dos standards para alcançar eficiência e crescimento de forma ágil.

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Bebidas

Produtores de Leite consideram inadmissível redução do apoio ao investimento no PEPAC

“Os cortes previstos, na ordem dos 50%, representam um rude golpe nas expectativas dos produtores de leite, na medida em que são urgentes investimentos na modernização das explorações leiteiras”, sublinha a Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite.

A mais recente reprogramação do Plano Estratégico da PAC (PEPAC) apresenta uma forte redução das verbas disponíveis para o investimento na Agricultura, situação que  a Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite considera inaceitável do ponto de vista do sector leiteiro.

“Os cortes previstos, na ordem dos 50%, representam um rude golpe nas expectativas dos produtores de leite, na medida em que são urgentes investimentos na modernização das explorações leiteiras”, sublinha em comunicado.

Para a FENALAC, “o setor precisa urgentemente de um pacote robusto de apoio à restruturação das unidades produtivas, permitindo a atualização dos equipamentos, o ajustamento às alterações climáticas e a redução de custos operacionais, nomeadamente as despesas com energia”.

O secretário-geral da FENALAC, Fernando Cardoso, reforça que “a implementação destes investimentos é fundamental para o desenvolvimento sustentável da fileira do leite, garantindo a sua competitividade, sendo de sublinhar que o PEPAC deve apoiar a atividade económica agrícola em detrimento da simples remuneração da propriedade”.

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Alimentar

Pescanova renova o seu preparado de arroz de marisco

A Pescanova renovou o preparado de arroz de marisco, que passa a ter 700g e traz uma porção extra de marisco.

O produto, sem glúten, combina uma mistura de mariscos ultracongelados “de alta qualidade” com duas bolsas de molho, sendo necessário apenas juntar arroz, apresenta a marca. A embalagem, ideal para quatro pessoas, permite ter uma refeição pronta em até 30 minutos.

“Para o método tradicional, basta aquecer duas colheres de azeite numa panela, refogar o peixe e o marisco por alguns minutos, adicionar 400g de arroz e deixar cozinhar por cerca de quatro minutos. Depois, junta-se o molho diretamente da bolsa e 1,2 litros de água, mexendo bem até dissolver o molho. Quando a mistura começar a ferver, coze-se em lume brando por cerca de 18 a 20 minutos, seguido de um repouso de cinco minutos”, indica a Pescanova. A receita pode ser enriquecida com um cálice de brandy ou aguardente durante a preparação, temperada a gosto com piri-piri. Antes de servir, pode ser polvilhada com coentros frescos.

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Alimentar

CONFAGRI diz que 3ª Reprogramação do PEPAC não incentiva a produção

A Confederação considera inaceitáveis os cortes do investimento apresentados na 3ª Reprogramação do PEPAC. Para Nuno Serra, secretário-geral da Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal, “não apostar no investimento é abdicar do futuro da agricultura e deitar a perder a possibilidade, atribuída pela Política Agrícola Comum, dos agricultores inovarem nas suas produções, melhorarem as suas práticas sustentáveis e serem mais competitivos nos mercados europeus e globais”.

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“Considerando, desde sempre, que o investimento no setor agrícola deve ser uma prioridade para o Governo, a CONFAGRI não pode aceitar o drástico corte nos valores apresentados na 3.a Reprogramação do PEPAC”, aponta no comunicado.

Para Nuno Serra, secretário-geral da Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal, “não apostar no investimento é abdicar do futuro da agricultura e deitar a perder a possibilidade, atribuída pela Política Agrícola Comum, dos agricultores inovarem nas suas produções, melhorarem as suas práticas sustentáveis e serem mais competitivos nos mercados europeus e globais”.

Por esse motivo, a CONFAGRI escreve que foi “com grande desapontamento” que recebeu o modelo do PEPAC apresentado pelo Governo, já na sua 3a Reprogramação, e constatou “que continua a não incentivar a produção, facto este que trará consequências dramáticas para o caminho da autossuficiência alimentar”.

A Confederação defende que Portugal necessita de uma estratégia de produção e crescimento “e isso não está refletido nesta proposta do Governo”.

“As políticas públicas devem ser usadas para quem faz uma gestão ativa e produtiva do território, discriminando positivamente quem produz e contribui positivamente para o PIB Nacional”, aponta.

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ESG

Bonduelle obtém certificação B Corp em Portugal

O Grupo Bonduelle obteve em Portugal, a certificação B Corp, uma das mais completas do mercado atual. O país junta-se assim a uma lista de nove nações onde a empresa exibe esta certificação.

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O Grupo Bonduelle alcançou a certificação B Corp em Portugal. Depois de a ter obtido nos Estados Unidos e em Itália no ano passado, este ano novas entidades Bonduelle acabam de se juntar ao grupo, entre elas Portugal, França, Países-Baixos, Dinamarca, Bélgica, Espanha e Alemanha.

A empresa destaca que 80% das suas vendas já estão certificadas pela B Corp, posicionando-a num “restrito grupo de companhias internacionais certificadas através de um rigoroso processo” e aproximando-a do objetivo de certificar 100% das suas operações até 2025.

O processo de certificação transformou mobilizou todos os colaboradores para a realização de ações concretas que contribuem para a sua evolução integral. Entre estas, estão a integração da sustentabilidade e bem-estar dos colaboradores como prioridade, com um objetivo de 75% de satisfação até 2025; a promoção da agricultura regenerativa, com o objetivo de ter 80% dos agricultores parceiros a adotarem estas práticas até 2030 através do apoio da Bonduelle Farm Academy, lançada em novembro de 2023; a gestão de resíduos – com mais de 90% dos resíduos não perigosos, com exceção dos vegetais, enviados para reciclagem.

“Há anos que estamos empenhados em inovações sustentáveis. Esforçamo-nos diariamente para implementar práticas responsáveis que melhorem não só os nossos produtos, mas também a comunidade e o ambiente. Juntos vamos construir um futuro melhor”, sublinha Pedro Mendonça, administrador-delegado da Bonduelle Portugal.

A B Corp analisa a atividade e o impacto de uma empresa na sua totalidade. É um movimento internacional que reúne mais de 8.900 empresas certificadas de todas as dimensões, de todos os sectores e em mais de 90 países. As empresas são avaliadas em cinco áreas-chave de impacto – Governança, Trabalhadores, Comunidade, Meio ambiente, Clientes – e devem responder a um questionário com mais de 200 perguntas.

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ESG

Jornadas FENAREG vão debater a modernização e o futuro do regadio

As 15ª Jornadas FENAREG | Encontro Regadio 2024 vão decorrer a 26 e 27 de novembro, no Fundão.

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Organizado pela FENAREG (Federação Nacional de Regantes de Portugal), em colaboração com a Associação de Beneficiários da Cova da Beira, o encontro nacional do Regadio em Portugal, contará, a 26 de novembro, com uma conferência, no Hotel Alambique, no Fundão.

‘Água que Une uma Região’ e ‘Resiliência Hídrica. É Possível’ são os temas das duas mesas redondas daquele dia. Vão ser ainda debatidos o projeto de aproveitamento hidroagrícola da Cova da Beira, o Plano Rega e o investimento e estratégia para o regadio no Horizonte 2030.

No dia 27 vai decorrer a assembleia geral da FENAREG uma sessão técnica sobre ‘Sistemas de Rega: Uso Eficiente da Água’ e a visita ao aproveitamento hidroagrícola da Cova da Beira e à Barragem da Meimoa.

A FENAREG destaca a importância das jornadas, numa altura em que a gestão e armazenamento da água e da resiliência hídrica ganham “uma preponderância crescente”, e “a urgência da modernização do regadio” impõem-se como esforço nacional, “estando em curso a reprogramação do PRR no contexto do regadio público nacional e a elaboração de um novo plano de armazenamento e de distribuição eficiente da água para a agricultura”.

A Federação confirma a presença de entidades gestoras dos aproveitamentos hidroagrícolas de todo o país, “que representam mais de 95% do regadio coletivo público”, autoridades do setor e agricultores da região. As inscrições já estão abertas e podem ser efetuadas aqui

Fundada em 2005, a FENAREG representa o setor do regadio a nível nacional nas instituições nacionais e internacionais dedicadas à gestão da água para rega. Agrega 96% das organizações do setor do regadio em Portugal, reunindo 30 associações, que gerem 3.515 hm3 e 40 GWh/ano responsáveis por abastecer 135.000 hectares de regadio, num total de 27.000 agricultores regantes.

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Retalho

Campanha ‘Amiga-me’ regressa ao Intermarché

A campanha decorrerá de 10 de outubro a 6 de novembro de 2024, informa a insígnia alimentar do Grupo os Mosqueteiros.

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Está de regresso uma nova edição da campanha solidária ‘Amiga-me’ do Intermarché, dedicada à doação de alimentos para animais resgatados. A campanha decorrerá de 10 de outubro a 6 de novembro de 2024, informa a insígnia alimentar do Grupo os Mosqueteiros.

Durante este período, os clientes do Intermarché de todo o país terão a oportunidade de apoiar várias associações de proteção animal através da aquisição de vales solidários que serão convertidos em refeições para os animais. Os interessados em colaborar nesta iniciativa solidária deverão solicitar a sua participação na linha de caixa, indicando quais os produtos da campanha que pretendem adquirir. Cada produto tem um código associado, que será registado e adicionado à compra do cliente, como qualquer outro artigo. Os produtos angariados através da venda dos vales donativo serão atribuídos, no final da campanha, às associações de proteção animal parceiras do Intermarché, informa em comunicado.

No final da ação, será ainda oferecido um vale em compras Intermarché no valor de 250€, à instituição correspondente à loja com maior número de donativos recebidos. Esta iniciativa pretende incentivar a participação ativa das lojas e dos clientes, promovendo um espírito de comunidade e solidariedade. Desta forma, não só se reconhece o esforço da loja, como também se proporciona uma ajuda adicional significativa à instituição apoiada, reforçando o impacto positivo da campanha.

Ao longo dos últimos quatro anos, a campanha ‘Amiga-me’ já permitiu a doação de mais de 475 mil refeições, correspondendo a mais de 62 toneladas de produtos angariados.

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Bebidas

Vinho do Porto vai estar em destaque em França

França, o principal país em vendas de Vinho do Porto DOP em quantidade e o segundo em valor, será palco de diversas iniciativas de promoção e formação, que começam a 9 de outubro e se prolongam até o final de novembro de 2024.

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O Vinho do Porto vai estar em destaque em França, num conjunto de ações promovidas pelo Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, I.P. (IVDP, IP), que visam reforçar a sua presença num mercado estratégico. França, o principal país em vendas de Vinho do Porto DOP em quantidade e o segundo em valor, será palco de diversas iniciativas de promoção e formação, que começam a 9 de outubro e se prolongam até o final de novembro de 2024.

As atividades arrancam a 9 de outubro, em Paris, com um almoço de harmonização no restaurante L’ Écrin do Hôtel de Crillon, detentor de uma Estrela Michelin. Esta ação, que é dirigida à imprensa francesa especializada, influenciadores e bloggers, pretende oferecer uma experiência exclusiva, onde os participantes serão convidados a degustar diferentes estilos de Vinho do Porto, acompanhados por pratos que realçam a sua versatilidade gastronómica.
Segue-se, a 10 de outubro, a Festa dos Cocktails, no restaurante Le Camondo, Museu Nissim de Camondo, em Paris. Esta festa de cocktails flair proporcionará aos influenciadores digitais e jovens uma oportunidade única de explorar a modernidade do Vinho do Porto em criações inovadoras de cocktails. O evento será realizado num ambiente descontraído e moderno, estimulando o apelo do Porto a uma nova geração de consumidores, informa o IVDP.

No guião das ações a realizar no mercado francês está também uma viagem à Região Demarcada Douro, ao Porto e Vila Nova de Gaia, entre 15 e 18 de outubro, destinada a jornalistas especializados em vinho. Durante estes dias, terão a oportunidade de visitar algumas das mais emblemáticas quintas e caves da região aprofundar o seu conhecimento sobre o processo de produção do Vinho do Porto e as suas características únicas.

Já em novembro, de regresso a França, para uma formação para professores de escolas de hotelaria, a decorrer nas Academias de Dijon e Besançon. Destinada a professores e futuros profissionais da restauração, irá permitir dotar os participantes do conhecimento técnico e prático sobre o Vinho do Porto. Estas formações são parte de um esforço contínuo de educação junto aos futuros profissionais do setor, preparando-os para a excelência na restauração e no serviço de vinho, informa.

“A França continua a ter um papel crucial na estratégia de promoção e desenvolvimento dos vinhos da Região Demarcada do Douro, sendo o maior mercado em termos de quantidade e o segundo em valor para a DOP Porto. Todas as iniciativas neste país refletem a aposta constante do IVDP, IP no conhecimento e na aprendizagem, com ações direcionadas a consumidores, profissionais e futuros embaixadores do Vinho do Porto. Estas ações reafirmam o compromisso da Região Demarcada do Douro com o mercado francês, reforçando a imagem do Porto como um vinho de excelência, com uma herança histórica rica e, ao mesmo tempo, inovador e versátil” refere Gilberto Igrejas, presidente do IVDP, IP.

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