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Portugal é excepção numa Europa pessimista. Sobe índice de confiança dos consumidores

Por a 28 de Janeiro de 2015 as 8:45

A sombra do pessimismo regressou à Europa embora Portugal se tenha erguido numa das grandes excepções ao aumentar o índice de confiança dos consumidores até aos 55 pontos (+ 2 p.p.) no último trimestre de 2014.

É o segundo trimestre consecutivo em que o país regista uma subida, de acordo com a conclusão do mais recente Estudo Global de Confiança dos Consumidores, elaborado pela consultora Nielsen.

Segundo este estudo, Portugal é uma das doze excepções do Velho Continente onde a confiança aumentou em relação ao terceiro trimestre, enquanto em duas dezenas de mercados este índice retrocedeu. Na realidade, a confiança passou de 78 para 76 pontos.

Este aumento da confiança dos portugueses está relacionado com a evolução positiva do desemprego no País. “No terceiro trimestre de 2014, últimas informações disponíveis, a taxa de pessoas desempregadas em Portugal caiu até aos 13,1 %, o que representou a sexta descida consecutiva e o nível mais baixo desde o terceiro trimestre de 2011. Tudo isto permite que a confiança em Portugal tenha melhorado substancialmente num ano, passando dos 44 pontos do último trimestre de 2013 para os já referidos 55 do fecho de 2014”.

Este número, no entanto, “não é suficiente para os portugueses deixarem de encarar com preocupação o mercado de trabalho”, sublinha a mesma fonte. Mais concretamente, “nove em cada dez pessoas considera que as perspectivas profissionais para os próximos doze meses são más ou não muito boas, face aos 10% que se mostra confiante que irá viver um bom ano a nível profissional”.

Perder o emprego, preocupação principal

A segurança no emprego é, efectivamente, a principal preocupação dos portugueses relativamente aos próximos seis meses. 18% das pessoas entrevistadas no último Estudo Global de Confiança dos Consumidores da Nielsen assim o revela, empatadas com outras 18% que referem como inquietude principal a conciliação entre trabalho e vida pessoal.

Esta preocupação com a situação profissional constata-se na percepção dos portugueses em relação ao momento actual vivido pelo seu País, já que 81% afirma que Portugal continua em recessão face a 19% que considera já ter deixado para trás esse estado. E parece que a recessão irá continuar a acompanhar os portugueses em 2015, pois apenas uma em cada dez pessoas considera que a situação será ultrapassada ao longo dos próximos doze meses.

Também não são muito optimistas em relação à sua situação pessoal financeira. Duas em cada dez pessoas consideram efectivamente que em 2015 o estado das suas finanças será positivo, face a 75% que encara os próximos doze meses com pessimismo.

 

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