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Actividade promocional em Portugal é das mais intensas da Europa, diz Gustavo Núñez (Nielsen)

Por a 28 de Janeiro de 2015 as 16:42

Perante a conjuntura económica, os consumidores adoptaram medidas de poupança que em alguns casos praticamente se tornaram hábitos, principalmente em tudo o que tem a ver com as facturas energéticas, de acordo com a conclusão do mais recente Estudo Global de Confiança dos Consumidores, elaborado pela consultora Nielsen.

Um total de sete em cada dez das pessoas entrevistadas afirmam que, relativamente ao final de 2013, alteraram a sua forma de gastar para injectar mais poupança na economia doméstica.

“Diante desta política de contenção de despesas no lar, os portugueses optam geralmente por cortar no entretenimento fora de casa ou tentar poupar no supermercado comprando marcas mais baratas, tal como afirmam mais de 60% das pessoas entrevistadas. Também preferem comprar menos roupa (60%) ou reduzir a factura do gás e da electricidade (59%)”, revela o estudo.

Estratégias de oferta

No entanto, tudo indica que quando a situação económica melhorar os portugueses irão abandonar progressivamente esta contenção das despesas. “No supermercado, 36% dos consumidores irá continuar a comprar marcas mais baratas, face aos 61% que já o faz actualmente. Ainda assim, onde será mais visível esta mudança de atitude é no lazer fora de casa, o que irá beneficiar directamente o sector hoteleiro”.

De acordo com o Director-Geral da Nielsen Ibéria, Gustavo Núñez, “é preciso que as melhorias macro-económicas cheguem aos lares e que os portugueses não só ganhem confiança como também tenham mais rendimento disponível, apesar de em Portugal o nível de confiança ser geralmente bastante baixo. No caso particular do mercado de grande consumo, e à falta de uma melhoria real de remunerações e com um consumidor tão hipersensível ao preço, as estratégias de oferta irão insistir em proporcionar preços competitivos, tendo em conta o seu carácter oportunista e a escassa fidelidade às marcas, como se pode verificar com o nível de actividade promocional, que é dos mais intensos da Europa”.

 

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