On-Fi chega aos 6 milhões de visualizações no primeiro ano de existência

O projecto On-Fi foi lançado no Metro de Lisboa há pouco mais de um ano. Desde então, já se expandiu às 52 estações do Metro, ao Freeport, em Alcochete, e à praia de Carcavelos, disponibilizando internet gratuita, a todos os utentes, e oferecendo uma nova plataforma de publicidade aos anunciantes.

O sistema On-Fi permite, a qualquer pessoa, navegar na internet sem necessidade de registo ou de cedência de dados pessoais. O serviço de internet gratuita já chegou aos seis milhões de utilizadores, com um total de tempo de conexão equivalente a 40 milhões de minutos.

Os números foram positivos para a expansão do negócio, que está em fase de negociação para “vários acordos com diferentes tipos de espaços, incluindo um muito emblemático ainda antes do final deste ano” e que deve ser anunciado brevemente, como revela o Director Comercial e de New Business da On-Fi. Pedro Martins, em entrevista ao HIPERSUPER, fez o balanço do primeiro ano de vida do projecto e explicou a estratégia para 2015.

Durante o primeiro ano de existência, o projecto conseguiu veicular campanhas de dezenas de anunciantes de vários sectores, obtendo uma média de cerca de 7% dos utentes a clicar nas peças publicitárias e muitos a visualizarem-nas até ao fim. Marcaram presença como anunciantes na rede a McDonald’s, Santander Totta, Delta, Century 21, Caixa Geral de Depósitos, Holmes Place, TAAG, Chicco, Samsung, Cuca, Dacia, La Redoute, Fitness Hut e Medis. Depois da performance ilustrada com um “CTR (Click Though Rate) médio de 7% e a visualização integral das peças publicitárias, todos sem excepção estão a considerar investir ainda mais em 2015”, revela.

Para o alargamento do projecto, estão a ser contactados vários parceiros, que procuram “marcar presença em redes mais capilares”. Desta forma, as prioridades para a extensão do serviço passam por “espaços turísticos e de lazer, centros comerciais e outros espaços de grande aglomeração de pessoas, recorrência de visita e tempo de permanência”. O Director Comercial explica ainda que “as praias, por exemplo, são muito valorizadas pelas marcas, sazonalmente mas não só, e daí a aposta emblemática na praia de Carcavelos, que contamos estender a nível nacional”.

Segmentação, patrocínio e estudos de mercado

“A segmentação da On-Fi permite ajustar as campanhas ao estado de alma dos utentes, com destaque para a geo-referenciação. Cada vez mais as marcas usam esta ferramenta, veiculando mensagens e peças diferentes em função dos horários (restauração), dias da semana (por exemplo, “countdown” para um evento) e hotspot (retalho)”, explica o responsável. Além de campanhas ainda mais segmentadas, em 2015 será possível patrocinar hotspots da On-Fi e realizar estudos de mercado.

“O patrocínio contempla espaços de comunicação física nos locais”, onde a rede já está instalada, a ocupação “exclusiva” da plataforma mobile, “com três ou quatro momentos de comunicação ao todo, incluindo o encaminhamento para o site/portal do patrocinador, e uma divulgação exaustiva em outros hotspots, redes sociais e relações públicas”.

Como 2014 foi o ano de experimentação no mercado, a evolução para 2015 depende do número de novos projectos a concretizar. Para aumentar a eficácia da actividade, a empresa pretende realizar estudos de mercado, tirando partido dos “tempos mortos” dos inquiridos. No entanto, o objectivo não passa pela intrusão da plataforma e o estudo “funciona por convite”, sendo que a rapidez do preenchimento digital dos questionários ajuda na oferta de produtos que funcionam “por si ou com a publicidade”.

Para trabalhar a fidelização, “as peças publicitárias poderão ter mais do que um botão para clicar, cada um encaminhando para uma página de acolhimento diferente”. A estratégia pretende também angariar “prospects com mensagens à justa medida destes públicos-alvo”.

Neste momento, “está em curso uma campanha com 11% de CTR, logo após uma outra que alcançou 6%”. O Director Comercial considera que o serviço está “bem posicionado” em relação a outros suportes digitais, tendo a favor “os níveis de atenção que, no limite, levam a que não seja permitido conduzir ao telemóvel”. Ao contrário de há um ano atrás, o projecto está no “pipeline” de “anunciantes e agências de media, com vários produtos”, o que faz com que a equipa esteja “optimista para o verdadeiro primeiro ano do projecto”.