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Medronho tem mais benefícios para a saúde do que se pensa

Por a 10 de Dezembro de 2014 as 17:28

Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) quer ver o medronho nacional, aproveitado exclusivamente para a produção de aguardentes e licores, fora das garrafas e consumido fresco ou incluído noutros alimentos.

O Departamento de Química (DQ) da UA descobriu propriedades no fruto, como “a capacidade de evitar os radicais livres responsáveis por doenças como o cancro, de controlar os níveis de colesterol e de melhorar a saúde da pele e dos ossos”, revela o comunicado da academia.

Além das propriedades antioxidantes, a caracterização química detalhada do medronho realizada pelos investigadores destaca a presença de ácidos gordos insaturados, nomeadamente ómega 3 e 6, fitoesteróis e triterpenóides, compostos com importante actividade biológica. “Os ómegas 3 e 6 são ácidos gordos essenciais que têm de ser obtidos a partir da dieta uma vez que o nosso organismo não os sintetiza”, explica Sílvia Rocha. A investigadora no QOPNA, juntamente com os investigadores Armando Silvestre, do CICECO, e a aluna de Mestrado Daniela Fonseca, lembra que esses compostos “têm demonstrado um papel importante no controlo dos níveis de colesterol, na saúde da pele e dos ossos e uma relação inversa entre o consumo de ómega 3 e a perda de funções cognitivas”.

Desafiados pela Cooperativa Portuguesa de Medronho, os investigadores têm o objectivo de colocar o fruto na roda alimentar dos portugueses. O desenvolvimento de produtos naturais, saudáveis, de produção local e práticos, em conformidade com as actuais tendências do mercado alimentar e que contenham o ingrediente, que abunda de norte a sul do País, foi formalizado há um ano atrás.

O trabalho desenvolvido em colaboração entre as unidades de investigação Química Orgânica, Produtos Naturais e Agro-alimentares (QOPNA) do DQ e o Centro de Investigação em Materiais Cerâmicos e Compósitos (CICECO) da universidade, já resultou na incorporação da polpa do medronho em vários alimentos comuns, sejam biscoitos, iogurtes, barras energéticas ou bombons. O passo seguinte da equipa de químicos de Aveiro será o do eventual isolamento dos compostos do fruto que possam ser promotores de saúde humana e a sua adição a alimentos funcionais.

 

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