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Do furto e das medidas de segurança

Por a 10 de Dezembro de 2014 as 8:44

Por Mariano Tudela, Vice-Presidente de Vendas da Checkpoint na Europa, Médio Oriente e África

Os valores da perda desconhecida atingiram no ano de 2013 os 614 mil milhões de dólares, representando 1,18% das vendas e colocando Portugal no Top 5 dos países da Europa com maior índice de furto, são os resultados do último Barómetro Mundial do Furto no Retalho, um estudo mundial levado a cabo pela The Smart Cube, com o apoio da Checkpoint Systems.

Ainda que parcialmente devido a perdas administrativas (28,7%), furto por trabalhador desonestos (17%) e fraude por fornecedor (4,3%), a verdade é que 50% dos valores da perda se devem ao furto em loja, o que leva os retalhistas a optarem cada vez mais por integrarem soluções de segurança que, a longo prazo, possam ser melhoradas e complementadas com ferramentas RFID.

Nos dias que correm, e em toda a Europa, as soluções que os retalhistas procuram com maior frequência são as antenas, as etiquetas e etiquetas duras EAS (Electronic Article (Surveilance), os keepers e similares, ao mesmo tempo que aumentou, ligeiramente, a utilização de câmaras de videovigilância – uma solução que não tem acolhido muitos adeptos visto que alguns clientes se sentem incomodados com os mesmos, assim como permitem apenas analisar o furto depois do mesmo já ter sido cometido, não actuando tão directamente como prevenção.

Contudo, os diferentes métodos implementados estão, directamente, relacionados com o tamanho da loja e os custos associados, o que leva, em parte, alguns dos retalhistas a colaborarem com os seus fornecedores de forma a implementar de maneira mais regular a etiquetagem na fonte (sobretudo nos produtos alimentares) – o mesmo estudo revela que 50% dos retalhistas estão dispostos a apostar nesta solução.

Com a necessidade de diminuição do furto e da melhoria da experiência de compra, os retalhistas devem adoptar soluções o mais integradas possível, ao mesmo tempo que discretas. É pois, neste sentido, que se tornam preponderantes as soluções de etiquetagem na origem, a formação dos funcionários, a gestão correcta dos stocks (que permite reduzir o tempo de espera de um cliente face ao artigo que procura, mas também compreender melhor o que acontece no inventário) e, até mesmo, a criação de cursos em Faculdades direccionados para este tipo de temas (algo que em Portugal ainda não se verifica).

De um modo geral, os valores do furto em Portugal desceram ligeiramente, contudo, a realidade da necessidade de incremento das soluções de segurança continuam a fazer parte da agenda dos retalhistas, o que provoca um aumento das inovações no sector e que se conseguem através de um conjunto de sinergias entre retalhistas, fornecedores e provedores que se espera continuem a evoluir nos anos que se aproximam.

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