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BPI prevê uma deflação no retalho alimentar em 2015

Por a 11 de Novembro de 2014 as 17:40

O BPI publicou uma nota de análise sobre o sector de retalho alimentar português, na qual os analistas do banco apontam algumas tendências do mercado nacional.

Publicado pelo BPI, o documento foi citado pelo Jornal de Negócios, que deu conta das principais conclusões como o dever dos retalhistas em focarem-se mais na qualidade e não nos preços, já que a deflação é um dos principais riscos para o sector. Para o próximo ano, a perspectiva é “moderada, mas positiva” e, para os analistas “o online não é uma prioridade neste momento”.

Em 2015, prevê-se uma deflação no sector de retalho alimentar, mas a situação pode melhorar ao longo do ano. A taxa de inflação deve subir, segundo o BPI, assim como o volume de vendas, que vai aumentar em simultâneo com o recuo da taxa de desemprego.

Depois de analisar as principais distribuidoras, as conclusões dos analistas para as principais cadeias dão conta dos níveis em que podem melhorar para potencializar.

Segundo os dados publicados pelo Jornal de Negócios, relativos à análise, a eficácia da promoção, medida que o mercado do retalho alimentar tem adoptado em massa desde 2012, “atingiu um tecto e os volumes não estão a reagir às promoções”, registou o BPI.

A Jerónimo Martins e a Sonae têm os mais elevados ganhos de quota de mercado, desde 2011, com 230 pontos base e 90 pontos respectivamente.

Enquanto a Sonae é responsável por 70% do total de vendas, com uma política conservadora de preços, o Pingo Doce “não deve apostar em mais promoções e focar-se na rentabilidade”, aproveitando a relação de proximidade de espaços que tem com o consumidor.

Os analistas apontam que o Dia (Minipreço) “precisa de investir nas suas lojas e de aumentar a percepção da qualidade da sua oferta no mercado” e registam que, a curto prazo, a retalhista, em conjunto com os concorrentes Auchan e Leclerc são “potenciais candidatos a sair do mercado português”, além da possibilidade do Intermarché vir a fechar algumas lojas, também no curto prazo.

A análise partiu de reuniões com a liderança dos retalhistas alimentares em Portugal, e alerta para o reverter das tendências na cadeia para atenuar as situações que prevê ocorrerem a curto prazo, embora não afaste a possiblidade de uma “potencial saída de Portugal” no médio prazo.

 

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