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Trabalhadores motivados contribuem na poupança no retalho, por Mariano Tudela (Checkpoint)

Por a 1 de Outubro de 2014 as 14:55

Por Mariano Tudela, Vice-Presidente de Vendas da Checkpoint na Europa, Médio Oriente e África

A poupança e o lucro no sector do retalho mundial estão dependentes de diferentes factores, entre os quais a redução drástica da perda e o aumento claro do número de vendas.

Associamos com frequência estes dois factores fundamentais a soluções de segurança mais eficazes e eficientes, e a uma melhoria da experiência de compra por parte dos consumidores e que se revelam num incremento do lucro.

Contudo, um novo estudo do ECR Shrinkage and On-Shelf Availibility Group, em cooperação com a Universidade de Leicester, vem revelar a existência de uma variável incontornável para o lucro no retalho: os trabalhadores do sector.

Fundamentais ao bom funcionamento de qualquer empresa, este novo estudo revela, através de 18 variáveis combinadas com quatro claros indicadores da perda no retalho – a perda desconhecida, a perda causada pelo deteriorar da mercadoria, a perda de dinheiro e a diminuição de vendas por rupturas de stock – o papel cada vez mais preponderante dos funcionários na hora de aumentar as vendas e a poupança, permitindo projectar valores de lucro na ordem dos 380 milhões de euros ao ano a nível mundial.

Em constante evolução – com as vendas multicanal – e mudança – com as exigências cada vez maiores dos clientes –, o retalho mundial conta cada vez mais com uma clara necessidade de trabalhadores eficientes e altamente motivados na prossecução do objectivo comum para a empresa: o aumento dos lucros.

Para os retalhistas a gestão da sua empresa passa, sempre e necessariamente, pela gestão dos seus stocks, das suas perdas, dos seus lucros e, também, dos seus funcionários. Neste sentido, a confiança depositada nos gestores de loja é fundamental na hora de criar um ambiente de trabalho agradável, em que cada funcionário se sinta mais e mais motivado a ser eficiente, a evoluir dentro da própria empresa e com a própria empresa (ao invés de simplesmente se limitar a vê-la como uma forma de conseguir dinheiro), e a contribuir na geração de lucro e poupança.

Um funcionário motivado e valorizado é parte fundamental na hora de desenvolver novas estratégias de venda e lucro. Esta realidade fica fixada numa das análises do estudo que conclui que os 42% das empresas com mais episódios de ruptura de stock são também as mesmas em que a motivação e eficiência dos funcionários são mais baixas.

Colmatar esta simples necessidade de valorização e reconhecimento pode, de acordo com este novo estudo, não só criar um melhor ambiente de trabalho dentro da empresa (e até valorizá-la dentro do mercado de trabalho), mas também reduzir as perdas desconhecidas, as perdas de dinheiro, a ruptura de stock e a perda causada pelo deteriorar da mercadoria. Ora, em empresas como as que estão em análise, onde as perdas anuais se situam na ordem dos 3,12%, esta medida pode levar ao incremento de cerca de 380 milhões de lucro ao ano.

De um modo geral, este novo estudo deixa-nos um alerta: a necessidade de confluência de sinergias dentro das empresas é o principal factor na hora de gerar poupança e lucro. Não só é necessário estar atento às necessidades dos clientes e seu comportamento de compra, mas também gerir correctamente os stocks e inventários, manter e implementar soluções de segurança eficazes e eficientes desenhadas à medida de cada empresa/loja, e, fundamentalmente, criar equipas motivadas a seguir o objectivo comum de uma empresa melhor e mais lucrativa.

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