Fricon investe €1,5 milhões até 2015
A empresa de Vila do Conde fechou 2013 com um volume de negócios de €18.700 milhões e 200 colaboradores em Portugal
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Rita Gonçalves
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A empresa portuguesa especialista em equipamentos de frio vai investir 1,5 milhões de euros até 2015 para aumentar a capacidade de produção da fábrica de Vila do Conde.
Através de capitais próprios, a Fricon tem vindo, desde 2010, a apostar na reorganização interna, na modernização das instalações e no crescimento produtivo. Até 2015, está previsto um investimento de 1,5 milhões de euros, “alocado a máquinas, equipamentos e desenvolvimentos próprios.
Enquadrado numa política de verticalização da produção, este investimento tem como objectivo reduzir a depedência e os riscos associados a fornecimentos externos, assegurando o fabrico da maioria dos componentes e contribuindo para a criação de postos de trabalho locais”, explica em entrevista ao HIPERSUPER Fernando Costa, director comercial.
A empresa com 38 anos de vida, que nasceu numa pequena aldeia do norte do País, pela mão de Artur Martins de Azevedo, opera, desde 1995, uma fábrica no Brasil, concretamente no Recife, que emprega 800 colaboradores.
“No Brasil, o consumo interno assume o relevo, muito devido a políticas proteccionistas que não favorecem a exportação. Mas, o país de língua lusófona é grande e a cultura de reinvestimento de activos no crescimento é idêntica à casa de origem portuguesa, somando uma parceria transatlântica em investigação e desenvolvimento bem-sucedida”, sublinha, Hércules Zurita, Business Developement Director da Fricon.
A empresa abriu há cerca de 18 meses uma delegação comercial em Madrid, que permitiu incrementar a oferta e reforçar o serviço pós-venda no país vizinho.
Mais eficiência, menos consumo
A empresa familiar exibe o seu logótipo em centenas de milhares de arcas para gelados da Olá, mas também outras da Unilever, um pouco por todo o Mundo. Jerónimo Martins, Sonae, Carrefour, Wal-Mart, Intermarché, Danone, Coca-Cola, Unicer e Heineken, entre outras, são alguns dos gigantes do sector alimentar que utilizam equipamentos das unidades portuguesa e brasileira para conservar, refrigerar e congelar os seus produtos.
“A confiança das grandes marcas de distribuição, adeptas da modernização, tem permitido avanços, como a utilização de gases ecológicos, tornando os equipamentos mais amigos do ambiente. Portugal é, aliás, um mercado consciente na procura de mais eficiência, com menos consumo”, revela, por sua vez, Helena Azevedo, administradora. O novo sistema VCC – Variable Capacity Compressor – que resulta de parcerias internacionais no âmbito da inovação tecnológica, permite “maximizar o rendimento dos equipamentos e reduzir o consumo energético e proteger o ambiente”.