FMCG Homepage Marcas Newsletter

Tété coloca nas mãos dos ex-funcionários logística dos produtos

Por a 8 de Julho de 2014 as 17:17

Depois de dois anos consecutivos dedicados ao investimento e à restruturação do negócio, a Tété está apostada em expandir a rede de representantes.

A empresa de lactícinios criou, no final de 2012, a figura do ‘Representante’, que resulta da abolição do departamento interno de logística e distribuição.

“A maioria dos nossos colaboradores desse departamento tornaram-se empresários, com os quais temos contratos de representação da marca Tété, e que asseguram a logística diária dos nossos produtos. Este modelo de negócio tem corrido muítissimo bem, pelo que queremos replicá-lo e alargá-lo a outras áreas geográficas”, revela em entrevista ao HIPERSUPER Cristina Amaro, directora comercial da Tété.

A empresa concluiu recentemente um longo processo de ‘rebranding’, iniciado em 2012, que soma já um investimento total de 500 mil euros. “Todos os produtos, de forma transversal, foram alvo deste processo, cujo objectivo maior é, através de conceitos de simplicidade, subtileza e elegância, evidenciar a longa experiência da marca com mais de 50 anos”.

A área de produção está mais competitiva. A empresa investiu cerca de €250 mil para ganhar eficiência, passando a produzir as suas próprias embalagens e reduzindo o manuseamento humano dos produtos.

“Conseguimos reduzir a representatividade do custo do embalamento no centro de custos de produção. Actualmente, compramos uma quantidade representativa de material de embalamento, porque produzimos todas as embalagens, acabando por conseguir preços mais competitivos junto dos nossos fornecedores. Conseguimos reduzir, em alguns casos, o peso das embalagens para metade. Esta preocupação em reduzir o impacto ambiental da actividade é constante”, sublinha a directora comercial da Tété.

 CR Code: informação útil e actualizada

Para reter e chamar a atenção do consumidor a marca tem apostado numa comunicação simples. “Foi, aliás, no seguimento desta estratégia, que criámos um CR Code, presente em algumas das nossas novas embalagens, a partir do qual os consumidores poderão aceder a informação útil e actualizada sobre a marca. Por exemplo, o consumidor pode comprar um produto Tété e, através do QR Code, consultar receitas com esse produto, por exemplo. E, em breve, contamos disponibilizar, através da mesma tecnologia, outro tipo de informação acerca de cada produto, especialmente útil para consumidores mais exigentes em relação ao tipo de informação que pretendem”.

A Tété fechou o primeiro trimestre de 2014 com um aumento do volume de vendas na ordem dos 8% e espera encerrar este ano com um aumento médio de 5% face a 2013, ano em que a empresa cresceu 15%.

A produtora de queijos tem vindo a dar gás à estratégia de exportação e actualmente vende os seus produtos em quatro países: Guiné-Bissau, Espanha, Suíça e Moçambique.

“O trabalho para a exportação é longo, oneroso e muito trabalhoso. Iniciámos, há não muito tempo, a abordagem aos mercados externos e temos tido como estratégia o estabelecimento de parcerias com terceiros que, dentro do possível, têm resultado. As vendas resultantes da exportação ainda não são muito significativas, mas estão a crescer gradualmente. Esperamos que, no mínimo, até ao final do ano, mantenham o mesmo ritmo. Acreditamos na consolidação do negócio nos países onde já operamos, em detrimento da dispersão. No entanto, como referi, asseguramos as exportações através de agentes externos, pelo que a estratégia global é definida por nós e a local por eles”.

A fábrica labora diariamente entre 20 a 35 mil litros nas produções de queijos frescos, curados e requeijão, a partir de leite de vaca, cabra e ovelha. “No último ano, tivémos um aumento de 10% em consumo de leite e verificámos, como tem vindo a ser tendência, a um crescimento constante e significativo nas vendas de requeijão”.

Deixe aqui o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *