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“Combustível representa cerca de 25% do custo da gestão de frota”

Por a 11 de Abril de 2014 as 15:23

O sector da gestão de frotas “está muito focado na gestão de custos”. As mudanças surgem da “necessidade de reduzir o consumo de combustível” que representa “25% do custo total”, revela em entrevista ao HIPERSUPER Manuel Gomes Mota, Director-Geral da Frotcom Lusitana

Que balanço faz do desempenho do sector da gestão de frotas em Portugal no ano passado e qual a evolução face a 2012?

O ano passado, apesar de não ter sido um ano fácil, foi melhor que 2012. As repercussões que esta crise tem tido nas empresas levou a que os gestores olhassem para todos os seus custos com outro discernimento, optando muitas vezes por cortes em custos supérfluos como também na reorganização da sua estrutura de custos, procurando soluções de gestão de gastos. No caso do Frotcom e das soluções que apresenta estas são uma mais-valia para a gestão das frotas de veículos, onde confrontados com um aumento de encargos fiscais, aos quais as empresas não podem fugir, vêem nas soluções da Frotcom resposta para uma melhor gestão de trajectos, poupança em combustível e desgaste do veículo, e resposta automática a obrigações legais.

Desta forma, a evolução do sector da gestão de frotas tem sido equilibrada mas positiva, influenciada não tanto pela quebra de vendas de veículos mas mais pela necessidade de reajuste de custos das empresas.

Quais as principais perspectivas para 2014?

Para 2014 as perspectivas são moderadamente mais animadoras.

Os consumidores e até mesmo as empresas estão mais confiantes pelos sinais de recuperação que agora a economia nacional começa a dar, o que acaba por ser benéfico para todos. Acredito por isso que 2014 vai ser um ano de franca melhoria, sendo já visível os esforços para inverter a situação difícil por que passámos.

Quais as principais tendências deste sector em Portugal?

Este sector está muito focado na gestão de custos. As mudanças surgem da necessidade de reduzir o consumo de combustível, sendo que este significa cerca de 25% do custo total da gestão de frota, podendo mesmo ir aos 40% nas empresas de transportes. Outras medidas que se vão manter passam pela aquisição em vez do aluguer, de viaturas, reduzir a dimensão da frota e reavaliar os custos de monitorização de frotas. A avaliação dos custos totais de utilização dos veículos é o ponto mais significativo de escolha da melhor solução.

O que têm feito para contornar o actual contexto económico e dinamizar o negócio?

Tendo em conta a conjuntura actual, a Frotcom continua a investir no desenvolvimento de soluções inovadoras com o objectivo de ajudar as empresas nacionais a controlarem as suas frotas, de forma simples e eficaz, resultando num claro aumento da produtividade, margens e qualidade de serviço.

De forma a dinamizarmos o negócio, os nossos esforços continuam centrados no cliente e na qualidade da oferta de um serviço ímpar, direccionado para diferentes sectores e actividades, garantindo sempre um melhor planeamento do negócio dos nossos clientes e segurança reforçada.

Está em linha com as tendências verificadas junto dos principais países europeus?

A Frotcom é uma empresa 100% portuguesa, com vendas actualmente em mais de 10 países na Europa, pelo que estamos em linha com as principais tendências verificadas nos principais mercados europeus.

Confirma, por exemplo, que o renting está a tornar-se uma prática generalizada junto das PME e micro-empresas?

Há uns anos o renting já era o tipo de financiamento dominante entre as grandes empresas e nos dias que correm passou de facto a ser a opção mais interessante para as PME, na medida em que por um lado permite às empresas um maior controlo de custos, e por outro garante total eficiência das frotas.

Quais as vantagens para as empresas de cada uma das soluções para gerir frotas : leasing, renting, factoring e usados?

No Leasing as rendas baixas e condições especiais no seguro automóvel.

No Renting a frota passa a ser gerida por especialistas, os custos associados à gestão da frota estão perfeitamente definidos e os riscos inerentes ao negócio são assumidos pelas gestoras. No Factoring, por sua vez, é o financiamento e a cobertura de risco.

Este tipo de soluções ainda esbarra em Portugal com questões de mentalidade, como, por exemplo, a tendência das empresas para serem proprietárias das viaturas?

Não creio que seja uma questão de mentalidade, julgo que tem a ver com uma questão de gestão de custos. As empresas olham cada vez mais para os custos que as viaturas têm ou podem vir a ter, e as boas práticas de gestão levam a procurar as melhores soluções, que em alguns casos pode passar ou não pela compra dos veículos.

Quais os principais desafios deste mercado nos próximos anos?

Inovar, apresentar soluções mais competitivas e de resposta “in time” aos gestores de frotas para terem as melhores ferramentas, que os ajudam a tomar as melhores decisões e a desenvolver um planeamento mais assertivo.

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