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Storytelling: 5 dicas para ter sucesso, por Rita Sampaio (Maquijig)

Por a 20 de Janeiro de 2014 as 13:00

Por Rita Sampaio, CEO do Centro de Empresas Maquijig*

Storytelling é a arte de contar histórias, sendo actualmente muito abordada no mundo da formação: a técnica utilizada para enriquecer conteúdos e envolver pessoas no meio corporativo.

É mais fácil interagir com a audiência por meio de uma narrativa, com emoção, do que debitar números e dados estatísticos que, por mais interessantes que possam ser, nunca conseguem prender tanto a atenção como uma boa história. Mas, para que o Storytelling tenha o resultado esperado, é preciso saber como contar essa história.

Esta técnica tem ajudado empresas e oradores no Mundo inteiro com provas dadas em mercados de todos os sectores. Porque tem tanto sucesso? Porque o ser humano gosta de uma boa história, e o lado humano dos profissionais deve ser sempre levado em conta.

A Maquijig deixa-lhe cinco dicas para contar uma boa história e interagir com a sua plateia, conseguindo o tão desejado efeito de feedback “UAU”:

1- Seja coerente: Um dos pilares do Storytelling é a coerência cognitiva. É ela que permite que haja congruência entre o discurso, os valores, a missão e a visão das corporações. Um bom exemplo de coerência cognitiva dá-se na integração de novos colaboradores: os personagens da história que esses novos colaboradores ouvem – e que são os antigos colaboradores – precisam agir, falar e pensar em consonância com aquilo que a empresa comunica, para que os novos possam aderir a esse universo de ideias.

2- Procure juntar a quantidade certa de razão e emoção: Em qualquer história, a lógica é fundamental. A trama da história é o que vai ajudar a disseminar os valores e a cultura de uma empresa. E, para conseguir os resultados esperados, não se pode prescindir da emoção, mas sem exagerar. Este aspecto do Storytelling é muito frequente quando é necessário transmitir os valores da empresa ou em actividades que envolvem a segurança do trabalho.

3- Fale sobre a realização de missões extraordinárias: “A saga do herói” é um aspecto da arte do Storytelling que caracteriza a necessidade de vencer desafios extraordinários. Contar como atingiu uma meta de vendas difícil, como conquistou um orçamento que precisou de muita negociação ou como venceu os desafios da implantação de um sistema, por exemplo, incentiva outros colaboradores a seguirem em frente.

4- Faça uma gestão equilibrada entre o medo e a esperança: Quando a equipa recebe uma missão muito difícil de ser cumprida, cabe ao líder saber equilibrar o medo e a esperança no seu discurso. O medo é bom, pois ajuda a manter o senso de cuidado e atenção nas actividades. Assim, o orador não se deve focar apenas no medo, pois a esperança permite que haja movimento, não paralisa. O Storytelling é uma técnica que conta uma história no presente, mas o líder pode referir-se ao futuro de forma positiva, para trazer esperança ao seu discurso. O ideal é juntar 70% de futuro com 30% do passado.

5- Promova o feedback correctamente: Existem quatro formas diferentes de dar feedback a um colaborador, mas apenas uma delas é a correcta. Pode-se contar uma mesma história de quatro formas diferentes, mas só uma é eficaz. É a chamada “Verdade Carinhosa”, que consiste em falar sobre a percepção que o líder tem acerca de um colaborador, de maneira equilibrada. É uma história com início, meio e fim, que fala sobre os todos os aspectos de uma acção do colaborador e sobre como o líder percebeu essa atitude. O bom líder prepara-se para falar a verdade de maneira gentil, inclusive quando a finalidade do feedback é corrigir um comportamento.

E quanto às outras três formas de feedback?

Existem três formas de feedback ineficazes. Uma é por meio da “Mentira Carinhosa”, quando os factos verdadeiros são omitidos em nome de manter uma relação intacta, evitando os pontos negativos do colaborador. A “Mentira Agressiva” também é extremamente danosa, pois destrói a auto-estima e manipula psicologicamente o colaborador e acontece quando apenas se frisa o impacto negativo de uma acção que o colaborador tenha feito. A última forma não eficiente de feedback é a “Verdade Agressiva” e acontece quando contamos uma história que, apesar de ser verdadeira, não é comunicada com carinho nem atenção. Este feedback tem o mesmo efeito de quando os pais discutem, descontroladamente, com seus filhos: a criança só entende a agressão, não entende o que fez de errado. Um feedback eficiente precisa ter não apenas conteúdo, mas formato contextualizado, para que possa ser compreendido adequadamente.

*A Maquijig é um centro de empresas que oferece um leque alargado de serviços aos clientes e membros de networking, entre estes Escritórios Virtuais, Coworking, Hot Desking e serviços de aluguer de espaços para formações e eventos

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