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Fitch revê em baixa previsão de crescimento do Brasil

Por a 19 de Setembro de 2013 as 20:57

A Fitch desceu a previsão de crescimento económico para o Brasil.

A economia brasileira vai crescer afinal 2,8% no próximo ano, descendo sete décimas face à estimativa inicial.

De acordo com o Global Economic Outlook, o Brasil deverá crescer, este ano, 2,5%, acelerando ligeiramente para os 2,8% nos dois anos seguintes, registando assim, em 2014 e 2015, o crescimento mais baixo dos chamados BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China.

“Os indicadores de confiança foram afectados pela incerteza na política interna, uma relação difícil entre abrandamento do crescimento e inflação elevada e os extensos protestos nas ruas nas principais cidades brasileiras”, escreve a Fitch no documento que mantém a previsão de crescimento para este ano nos 2,5%.

O investimento privado, afirma a agência, é a chave para o crescimento económico:

A inflação deverá ficar ligeiramente abaixo dos 6% no final do ano, baixando face aos 6,1% registados em Agosto.

No que diz respeito à zona euro, a Fitch reviu em baixa a estimativa para a recessão, de 0,6% para 0,4% este ano e manteve inalterada a previsão para os dois próximos anos – crescimento de 0,9% e 1,3% em 2014 e 2015.

A recuperação prevista para 2014 vai assentar “não só nas exportações para fora do continente, mas terá também uma importante componente que vem da procura interna, ajudada pelo fim da desalavancagem dos bancos, pelo abrandamento da austeridade orçamental e pela normalização das condições de financiamento”.

Ainda assim, a recuperação “continua frágil e o desemprego vai continuar acima dos 12% até 2015”, diz a Fitch, que salienta que existe uma série de condicionantes à recuperação na zona euro, que não pode ser dada como garantida.

A estimativa para o crescimento mundial passa a ser de 2,3%, apenas uma décima menos que os 2,4% da estimativa de Junho, de 2,9% para o próximo ano (revelando uma revisão em baixa de duas décimas), e manutenção da previsão de 3,2% em 2015. A ligeira revisão em baixa explica-se pela “deterioração dos dados provenientes dos Estados Unidos, mas também pela redução das expectativas dos indicadores em muitos mercados emergentes, que assim contribuem menos para o avanço da economia mundial”, conclui a Fitch.

 

Com Lusa

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