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Margem de erro de Porter foi de €100 milhões

Por a 18 de Abril de 2013 as 12:52

Os vinhos tintos são os eleitos da população portuguesa e estrangeira e esta tendência vai manter-se nos hábitos de consumo, conclui uma análise aos dados do consumo de vinho da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa).

A análise revela ainda que o consumo de vinho per capita, em Portugal, actualmente 42 litros por ano, tem vindo a baixar devido a factores “como a crise financeira, a introdução de leis relativas à alcoolemia, a mudança radical no estilo de vida dos portugueses e, até mesmo, à própria dieta mediterrânica”.

“No início da década de 90, o consumo em Portugal era de 65 litros por pessoa e, em 2005, essa medida caiu para os 45, o que significa que passados oito anos o consumo per capita teve uma diminuição de apenas 3 litros, tendência que está prestes a estabilizar”, explica Vasco d’Avillez, presidente da CVR Lisboa.

Os mercados externos com maior consumo per capita são França, Espanha, Itália e Portugal. Nestes quatro países, “os consumos de vinho per capita são muito semelhantes, assim como os hábitos de consumo, onde o vinho serve de aperitivo ou acompanhamento à refeição”.

Apesar dos valores de consumo interno de vinho terem vindo a baixar ao longo dos anos, este mercado tem atingido valores de vendas nunca antes vistos, devido à exportação que, em 2012, ultrapassou €700 milhões.

O mercado do vinho em Portugal vale mais de €1.000M, dos quais apenas cerca de €300M são para consumo interno.

“Ainda assim, segundo relatório do INE (ABR/2013), o único sector económico em que Portugal é excedentário é o do vinho, onde o seu nível de auto-suficiência é superior a 100%”.

Em 2003 e 2004, Michael Porter esteve em Portugal a fazer um estudo sobre o mercado de vinho, onde previu que, em 2012, este mercado teria os valores que tem actualmente, isto é, 1 bilião de euros.

“A margem de erro de Porter foi de cerca de €100M , visto que a sua previsão era de que, em 2012, o mercado interno atingisse o valor de €400M e o externo de €600M”, conclui o presidente da CVR Lisboa.

 

 

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