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50 mil toneladas de carne misturada com cavalo à venda na Europa

Por a 11 de Abril de 2013 as 15:08

A autoridade de saúde holandesa anunciou que cerca de 50 mil toneladas de carne bovina produzidas no país, vendidas em toda a Europa e de cuja lista Portugal faz parte, “podem ter sido misturadas com carne de cavalo”.

De acordo com autoridade de saúde holandesa (NVWA), a carne foi vendida entre 1 de Janeiro 2011 e 15 de Janeiro de 2013 e cerca de 370 compradores em toda a Europa foram advertidos, através dos seus governos, pelo “sistema de alerta rápido para a alimentação”.

Contactada pela agência Lusa, fonte da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) confirmou a recepção do alerta rápido do sistema europeu de segurança alimentar deste caso, explicando que empresas portuguesas constam da lista de “contactos comerciais” mantidos desde 2011 com a holandesa Selten.

A ASAE já está “no terreno e na fase da recolha de informação e de investigação” para apurar junto das empresas se o contacto comercial se materializou em negócio ou não.

A ASAE iniciou “imediatamente as ‘démarches’ necessárias para averiguar a situação”, explicando que, caso “tenha havido negócio”, irá apurar os lotes em questão para fazer a “recolha das respectivas amostras” com vista ao despiste deste alerta.

“A NVWA confia na responsabilidade dos compradores (clientes do grossista) para que retirem do mercado, como medida de precaução, os produtos produzidos a partir de carne da Selten”, acrescentou a comunicado.

De acordo com as estimativas da autoridade holandesa, podem estar em causa 50 mil toneladas de carne, não havendo, no entanto, sinais que indiquem “perigo para a saúde pública”.

A investigação, que começou após o escândalo europeu da carne de cavalo, mostrou que a origem da carne vendida pela empresa é “pouco claro ou desconhecido”.

No site, a Selten apresenta-se como uma “empresa que opera internacionalmente, especializada em corte e desosso de carne bovina”, que empregava cerca de cem pessoas e entrou com pedido de falência.

Com Lusa

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